A decisão foi dada pelo ministro Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Herman Benjamin, na sexta-feira, 3 de outubro.

Na última sexta feira (03), o ministro Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin determinou que fosse tirado do ar um vídeo publicado pelo pastor Silas Malafaia no qual ele critica duramente a presidente, e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) por causa de seu recente discurso na ONU no qual ela criticou o combate a extremistas islâmicos. A decisão determina que o Google suspenda imediatamente a veiculação do vídeo.

No discurso, que abriu a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, a presidente criticou o combate aos extremistas do grupo Estado Islâmico em países como Síria e Iraque. A fala da presidente foi criticada no vídeo por Silas Malafaia, que condenou o fato de Dilma defender o diálogo com o grupo, condenando a intervenção bélica liderada por Washington contra os extremistas.

– Lamento a omissão da fala da Presidente Dilma com os assassinatos em massas de cristãos em 2013, que morreram 115 mil, e agora um grupo terrorista facínora que ‘tá’ cometendo massacres a Presidente diz que deve haver diálogo (sic) – critica Malafaia no vídeo.

– O Estado Islâmico não é uma nação. É um grupo terrorista dos mais cruéis que assassina cristãos na Síria e no Iraque, cometendo genocídio, tanto é que as nações do mundo, numa coalizão, querem combatê-los – ressaltou Malafaia.

Após mostrar cenas fortíssimas do assassinato de cristãos em países onde os radicais islâmicos atuam, Silas Malafaia usa o vídeo protestar contra a candidatura de Dilma à reeleição.

– Essa mulher, nem pra ganhar para síndico de prédio merece, que dirá para presidente da nação onde 90% da população é cristã. Isso é uma afronta, uma vergonha. Onde é que estão os líderes evangélicos e católicos? – questiona o religioso.

Ao determinar que o vídeo fosse tirado do ar, o ministro afirmou que a sua veiculação degrada a imagem da presidente da República Dilma Rousseff e que contém “imagens violentíssimas de verdadeiros atos de guerra praticados por supostos grupos extremistas”.

Segundo o G1, em sua decisão, o ministro concluiu que, ao tentar vincular a declaração da candidata a um suposto apoio a grupos islâmicos terroristas, Malafaia degrada a imagem de Dilma e incita hostilidade entre grupos de religiões diferentes.

– Há grande distância entre o uso informativo, para fins eleitorais, de falas e discursos de pessoas, algo mais do que legítimo, e a distorção ou infidelidade proposital às palavras e ao pensamento de quem se ataca, algo ilegítimo e ilegal – afirmou Herman Benjamin.

[b]Fonte: G1[/b]

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