Organização da Jornada Mundial da Juventude afirma que a dívida da igreja com seus credores atualmente é de R$ 43,2 milhões.

A Arquidiocese do Rio de Janeiro vai receber ajuda financeira do Vaticano para quitar dívidas deixadas pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizada em julho.

Em nota divulgada ontem, o comitê organizador do encontro informou que o papa Francisco “propôs contribuir com a ajuda financeira para saldar parte dos últimos investimentos da JMJ Rio2013”.

O comitê não divulgou os valores do repasse a ser feito pelo Vaticano. De acordo com os organizadores do evento, a cifra ainda não foi definida, nem houve decisão sobre como será feita a transferência do dinheiro para o Brasil.

Realizada entre os dias 23 e 28 de julho no Rio, a JMJ deixou uma dívida de R$ 90 milhões. Em agosto, a Arquidiocese vendeu por R$ 46 milhões um prédio em São Cristóvão, bairro da zona norte da cidade, onde funciona o Hospital Quinta D’Or.

O prédio pertencia à Casa do Pobre de Nossa Senhora de Copacabana, entidade ligada à igreja, e estava alugado à Rede D’Or desde a inauguração do hospital. Para amortizar a dívida, o imóvel foi vendido à própria Rede D’Or.

De acordo com a organização da JMJ, após a negociação do prédio em São Cristóvão, a dívida da igreja com seus credores atualmente é de R$ 43,2 milhões.

“Cumpre ressaltar que há um esforço local para saldar estes compromissos financeiros. Os contratos que ainda estão em aberto estão sendo renegociados, e os valores pendentes devem ser quitados o mais breve possível”, informou o comitê, que mencionou a arrecadação de R$ 536 mil com uma campanha de doações iniciada no último mês de outubro.

Na nota os organizadores afirmam que não houve qualquer aporte de dinheiro público na realização do evento. “A participação da administração pública se deu exclusivamente para assegurar o funcionamento dos serviços públicos essenciais durante o evento, sem qualquer repasse financeiro”.

A nota ressaltou que o papa Francisco reconheceu “o grande trabalho” realizado pelo comitê organizador.

“Para ele, esta foi sua primeira viagem internacional e primeiro retorno a América Latina após o início de seu pontificado. Aqui, encontrou uma igreja jovem, viva e atuante.”

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

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