O Vaticano critica a organização de freiras por não defender o direito à vida desde sua concepção até a morte natural.

O Vaticano decidiu nomear um bispo para reorganizar o grupo religioso Leadership Conference of Women Religious (Conferência de Liderança de Mulheres Religiosas), que reúne a maioria das ordens religiosas femininas dos Estados Unidos, por considerá-las muito liberais.

A Congregação para a Doutrina da Fé, dirigida pelo cardeal americano William Levada, ordenou uma reforma da organização, que reúne 50.000 religiosas, e designou o arcebispo de Seattle, Peter Sartain, para supervisionar a tarefa.

A decisão foi tomada ao fim de uma investigação de três anos em consequência das posições adotadas pela maioria das freiras americanas da organização a respeito de temas como a homossexualidade e o sacerdócio feminino, ensinos que não são compatíveis com a doutrina católica, segundo a cúpula do Vaticano.

“A Santa Sé reconhece com gratidão as grandes contribuições das religiosas americanas, que estão presentes em várias escolas, hospitais e instituições de assistência a pessoas incapacitadas”, afirma um comunicado.

“Não se trata de um julgamento sobre a fé e a vida religiosa das congregações”, destacou a Rádio Vaticano nesta quinta-feira.

O Vaticano critica a organização de freiras por não defender o direito à vida desde sua concepção até a morte natural, um tema chave do debate público, como o aborto e a eutanásia, que interessa de forma particular o Papa Bento XVI.

Apesar do comunicado e da emissora de rádio não terem mencionado, as religiosas apoiaram o programa de saúde do governo de Barack Obama, apesar das críticas dos bispos e dos setores mais conservadores da Igreja no país.

[b]Fonte: AFP[/b]

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