O Vaticano recordou nesta terça-feira que “a eutanásia não é aceitável em nenhum caso”, ao criticar a Igreja Anglicana por sua posição sobre a eutanásia passiva nos casos de bebês doentes e prematuros.

“Não é possível eliminar a vida de um inocente, seja de forma direta ou indireta. Em nenhum caso a eutanásia é aceitável. Isso vale para os doentes em fase terminal como para as crianças que nascem com graves incapacidades”, declarou o cardeal mexicano Javier Lozano Barragón, ‘ministro da Saúde’ do Vaticano, citado pelo Il Corriere della Sera.

No último domingo, o bispo inglês de Southwark, Tom Butler, anunciou, em nome da Igreja Anglicana, que “em algumas circunstâncias pode ser justo parar ou suprimir um tratamento, quando se sabe que é provável ou certo que a pessoa vai morrer”.

Para Butler, “há algumas ocasiões nas quais a compaixão do cristão o faz passar por cima da regra de que a vida deve ser inevitavelmente respeitada”.

O cardeal mexicano aproveitou a ocasião para reiterar a posição oficial da Igreja Católica, que defende “a vida desde que tenha sido concebida para seu fim natural e não admite a eutanásia, nem aquela praticada ativamente, nem a passiva, ou seja, se omitir de atuar com o objetivo de pôr fim a uma vida”, disse.

A questão dos bebês prematuros com graves incapacidades foi objeto de uma batalha judicial no Reino Unido pelo caso da menina Charlotte Wyatt, atualmente com três anos.

Nascida prematuramente quando a m?e tinha seis meses de gestaç?o, ela pesava apenas 450 gramas e seus pais foram contra a opinião dos médicos que a mantiveram viva.

A menina sobreviveu, mas permanece em estado semivegetativo: é surda, quase cega, alimentada com sondas e respira graças a um aparelho.

Fonte: Último Segundo

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