O Vaticano disse no Comitê das Nações Unidas contra a Tortura que os casos de pedofilia envolvendo membros do clero estão em “declínio

O Vaticano investigou nos últimos dez anos 3.420 casos de sacerdotes que supostamente abusaram sexualmente de menores, e destes 884 foram destituídos e afastados, disse nesta terça-feira (6) o representante permanente do Vaticano na ONU, Silvano Tomasi, em Genebra.

Tomasi, que compareceu hoje pelo segundo dia diante do Comitê da ONU contra a Tortura, reiterou que apesar da Santa Sé não ter jurisdição penal em casos de pedofilia cometidos em outros países, tem obrigação de afastar os sacerdotes que foram considerados culpados.

Ontem (5), o Vaticano disse no Comitê das Nações Unidas contra a Tortura que os casos de pedofilia envolvendo membros do clero estão em “declínio”, fato que deve ser reconhecido.

“A tendência mostra que as medidas adotadas nos dez últimos anos pela Santa Sé e as igrejas em nível local deram resultados positivos e continuaremos nesta direção”, afirmou Tomasi.

O representante da Santa Sé acrescentou que a pedofilia “é um problema muito grave em nível mundial, com milhões de casos relatados a cada ano, principalmente dentro das famílias, em todas as profissões e contextos, e nossa preocupação é proteger as crianças.

“A igreja deve fazer sua própria limpeza dentro de casa”, reconheceu Tomasi.

[b]Fonte: EFE[/b]

Comentários