A Igreja Maná, que conta centenas de milhares de fiéis em Angola, viu suas atividades proibidas no país, por “violação da lei e da ordem pública”. A decisão foi atuada a partir de um decreto-lei do Executivo.
A “Igreja Maná”, de origem portuguesa e instituída em 1984, em Lisboa, pelo autodenominado “Apóstolo Jorge Tadeu”, deixou de ter sua existência reconhecida pelo governo angolano, apesar de contar cerca de 600 mil fiéis e mais de 500 casas e templos.
A decisão de revogar o reconhecimento oficial a essa Igreja foi tomada depois do encerramento de um processo instaurado pelo Ministério da Justiça, no curso do qual foram detectadas “sistemáticas violações” da lei angolana e da ordem pública.
Em maio do ano passado, eclodiu uma das principais polêmicas em que a “Igreja Maná” se viu envolvida: o bispo José Luís Gambôa foi suspenso, por alegado desvio de fundos que teriam sido doados pela petrolífera Sonangol, com o objetivo de construir uma escola. O bispo confirmou que a soma fora, efetivamente, transferida da conta da Igreja para sua conta pessoal, alegando que o fizera para evitar que o dinheiro fosse enviado para Portugal. “A soma foi arrecadada aqui em Angola, e aqui deve ser gasta” _ argumentou.
A “Igreja Maná” está implantada em Angola nas províncias de Benguela, Huila, Huambo, Namibe, Moxico, Malange, Lunda-Sul, Cabinda, Bengo, Cunene e Luanda. No mundo, a Igreja está presente em 20 países, uma dezena deles africanos, e tem como objetivo levar a palavra de Cristo a todos os povos de língua portuguesa.
Fonte: Rádio Vaticano