As igrejas que trabalham pela paz entre a onda de violência que se instalou no Quênia após as eleições presidenciais de dezembro vão receber, de 30 de janeiro a 3 de fevereiro, a visita pastoral e solidária de uma delegação ecumênica internacional enviada pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI).
A violência desencadeada no país africano entre grupos étnicos em conflito causou a morte de mais de 700 pessoas e obrigou outras 250 mil a buscar refúgio em outros lugares. Igrejas do Quênia lutam para alcançar a paz e a reconciliação do país.
A visita da delegação ecumênica internacional tem o propósito de expressar a solidariedade das igrejas de todo mundo com as do Quênia nesta fase tão dolorosa que o país enfrenta. A equipe visitante vai se informar no país africano sobre a melhor forma de a comunidade internacional de igrejas apoiar as igrejas locais nos seus esforços de pacificação e reconciliação. O Conselho Nacional de Igrejas do Quênia é o anfitrião da visita.
As cenas de violência e destruição “refletem um país que dificilmente se reconheceria como sendo o Quênia”, disse o secretário-geral do CMI, pastor Samuel Kobia, que é cidadão desse país. Ao mesmo tempo em que expressa esperança de que o Quênia supere a situação atual, Kobia vê a visita como “uma forma de dizer que nos sentimos parte da mesma família e que onde quer que uma parte dela sofra, todos sofremos com ela”.
O programa da visita incluirá reuniões com líderes religiosos, tanto cristãos como de outras religiões, com autoridades do governo e líderes da oposição, com comunidades locais e organizações da sociedade civil em Nairobi, Kisumu, Eldoret, Nakuru e Kakamega. O programa está sujeito a mudanças, de acordo com as condições que encontrarem pela frente.
A visita do grupo, denominado “Cartas Vivas”, é parte da Década do CMI para a Superação da Violência (2001-2010), uma iniciativa que promove alternativas pacíficas à violência. A Década culminará com uma Convocação Ecumênica Internacional pela Paz, que terá lugar em começos de maio de 2011.
Fonte: ALC