Depois de dizer no mês de abril, quando foi preso, que tinha contatos íntimos com o padre Júlio Lancelotti (foto), um jovem ouvido nesta quarta-feira como testemunha pela polícia de São Paulo negou que tenha mantido relação sexual com o padre. A informação é da Globonews.

O padre Lancelotti é investigado pela polícia por suposto abuso de ex-internos da Febem (atual Fundação Casa). O religioso denunciou que era vítima de extorsão por parte do ex-interno Anderson Marcos Batista, 25 anos. As investigações correm em segredo de Justiça.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada no dia 17 de outubro, ele disse que a extorsão começou logo após Batista sair da Febem, local onde conheceu o padre. O jovem teria pedido ajuda para refazer sua vida, conseguir local para morar e trabalho.

Há sete anos, o religioso arranjou moradia, ajudou no aluguel e Anderson foi incluído em uma frente de trabalho da prefeitura. Mas a extorsão teria começado quando Anderson disse que queria ter uma bicicleta. Segundo o padre, da bicicleta foi para uma moto, depois para um carro.

Nos últimos três anos, as quantias que começaram com R$ 300, R$ 500, começaram a ficar muito elevadas, chegando a R$ 10 mil, R$ 20 mil, R$ 40 mil. O padre gastou todas as suas economias e pediu empréstimos a amigos para juntar os valores que Anderson pedia.

O religioso diz também que a mulher de Anderson o ameaçou usando o próprio filho. Dizia que se ele não conseguisse os valores pedidos pela quadrilha, iria a imprensa denunciá-lo por pedofilia e que seu filho iria confirmar.

Fonte: Terra

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