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Cristãos começam a voltar para Mosul

Gradativamente, cristãos da cidade de Mosul estão voltando para casa.
A tensão dos recentes ataques contra eles está diminuindo, permitindo o retorno deles à cidade iraquiana.

Jawdat Ismaeel, funcionário local da Migração, disse que o êxodo de cristãos da cidade acabou, segundo a agência de imprensa Associated Press.

Em outubro, uma grande quantidade de ameaças de morte contra a comunidade cristã de Mosul levou metade dos cristãos da cidade, cerca de 13 mil cidadãos, a fugir da violência local.

Acredita-se que extremistas sunitas estavam por trás dos episódios de violência, na tentativa de pressionar os cristãos a saírem da região. No entanto, mais de 200 pessoas já retornaram aos seus lares.

Os atos de violência foram condenados pelo governo do primeiro-ministro Nouri Maliki, que chegou a oferecer 1 milhão de dinares iraquianos a cada família que retornasse a Mosul. Além disso, o Departamento de Migração concedeu aos funcionários públicos e estudantes cristãos uma licença até o fim de outubro para suas faltas tanto no trabalho quanto na escola.

Fonte: Portas Abertas

Igreja vai testar homossexualidade em seminários

A Igreja Católica deve testar todos os candidatos a padre para evitar a ordenação de suspeitos de homossexualidade “profundamente enraizado”, de acordo com uma reportagem publicada neste sábado pelo jornal britânico The Independent.

A recomendação teria sido formulada pela Congregação para a Educação Católica do Vaticano em um documento batizado de Manual de Regras para o Uso da Psicologia na Admissão e na Formação de Padres.

O líder da congregação, cardeal Zenon Grocholewski, teria afirmado em entrevista coletiva durante a semana, que mesmo homossexuais celibatários devem ser excluídos da Igreja.

De acordo com o Independent, o líder católico polonês teria classificado o homossexualidade de “um tipo de desvio, de irregularidade” e que por isso representaria uma “ferida no exercício do sacerdócio”.

“O candidato não precisa necessariamente praticar o homossexualidade. Ele pode não ter pecados, mas se tem um tendência profundamente enraizada, não pode ser admitido para o ministério eclesiástico”, disse o cardeal, segundo a reportagem do Independent.

“Paternidade espiritual”

A explicação para o afastamento de gays, segundo Grocholewski, seria “a natureza do sacerdócio, no qual se desempenha uma paternidade espiritual”.
“De certa forma, quando nos perguntamos por que Cristo reservou o sacerdócio aos homens, falamos na sua paternidade espiritual, e sustentamos que o homossexualidade é um tipo de desvio, um tipo de irregularidade”, afirmou.

“Por isso, é um tipo de ferida no exercício do sacerdócio, na formação de relações com os outros.”

Essa não é a primeira vez que a Igreja recomenda a exclusão de homossexuais. Em 2005, o Vaticano divulgou que seminaristas gays deveriam ser afastados.

A reportagem do Independent cita ainda duras críticas do grupo britânico gay pela igualdade de direitos Stonewall.

“É uma tragédia (ainda mais) neste momento em que a Igreja sente a escassez desesperada de vocações à Igreja”, afirmou Ben Summerskill ao jornal britânico.

Fonte: BBC Brasil

Bispo britânico quer ordenar homens casados

Um dos principais representantes da Igreja Católica na Grã-Bretanha, o bispo Malcolm McMahon, da cidade de Nottingham, afirmou que homens casados deveriam ter direito ao sacerdócio, de acordo com uma reportagem publicada pelo The Sunday Telegraph neste domingo.

Segundo o semanário, McMahon é considerado um dos possíveis sucessores do cardeal Cormac Murphy-O’Connor, que deve entregar o cargo no ano que vem, na liderança da Igreja na Grã-Bretanha.

McMahon afirmou ao Telegraph que em certos casos, a suspensão do voto de celibato, vigente desde o século 11 é uma “questão de justiça”.

“É uma questão de justiça para aqueles homens que querem ser sacerdotes e ter uma esposa. O casamento não deveria separá-los da sua vocação, mas eles têm de ter se casado antes de serem ordenados”, disse o líder católico.

Os católicos já abriram exceções para sacerdotes anglicanos casados, que foram admitidos pela Igreja, após abandonarem o Anglicanismo por serem contrários à ordenação de mulheres.

‘Vida em família’

O episódio teria causado problemas no clero, com alguns padres se queixando de injustiça, segundo o bispo britânico.

De acordo com a reportagem do jornal britânico, nos últimos 30 anos, estima-se que cerca de 150 mil homens tenham desistido do sacerdócio para se casar, e muitos deles estariam dispostos a voltar à batina, desde que casados.

McMahon disse acreditar que padres casados enriquecem a Igreja.

“Eles trazem experiências reais de vida em família. Acho que são excelentes para pregar para mulheres.”

Em 2006, o papa Bento 16º vetou planos que permitiriam o casamento de padres, ao reafirmar a importância do celibato. Um arcebispo chegou a ser excomungado por ter ordenado quatro homens casados.

Essa não é a primeira vez que o nome de McMahon está envolvido em questões polêmicas para a Igreja.

Em 2001, uma reportagem afirmou que o religioso defendia pessoalmente a ordenação de mulheres. No entanto, dias depois, o bispo afirmou ter sido mal interpretado.

Fonte: BBC Brasil

“Pastor” não aceita fim de namoro homossexual e parte para a agressão

“Pastor” de igreja “evangélica” é preso em Porto Velho acusado de agredir com uma chave de rodas um garoto de programa com o qual mantinha um relacionamento amoroso.

De acordo com a vítima, que é um garoto de programa, o motivo da agressão foi pelo fato de o “pastor” não aceitar o fim do relacionamento.

O caso foi registrado na tarde da última sexta-feira, no conjunto Vitória Régia, bairro Teixeirão, zona Leste da cidade. A vítima, de iniciais S.S.L., 28 anos, sofreu lesões na testa, no ombro e no braço esquerdo.

Conforme registro na Delegacia Central, a vítima declarou que manteve caso amoroso com o acusado de iniciais C.F.R, 24 anos, por aproximadamente cinco meses. O garoto de programa relatou que, por diversas vezes, tentou pôr fim ao relacionamento, porém, sempre foi impedido pelo acusado, que não aceitava a separação.

Na tarde da última sexta-feira, uma garota procurou o “pastor” para informá-lo que ela mantinha relacionamento há algum tempo com o rapaz. O acusado não aceitou a situação e foi tirar satisfação com ‘garoto de programa’. Então o convidou para entrar em seu veículo para dar um “passeio” e saber o motivo pelo qual teria o trocado por outra pessoa.

A vítima disse que ainda tentou se justificar que não queria mais manter seu relacionamento com o suspeito. Foi quando o “pastor” tentou impedir que a vítima descesse de seu veículo, travando as portas. O garoto teve que quebrar a maçaneta da porta para escapar de seu agressor. Antes da fuga, porém, teria sido agredido a golpes de chave de roda.

Fonte: Impacto Rondônia

Diocese anglicana anuncia sua separação da Igreja Episcopal Nacional

A Diocese de Quincy, no estado de Illinois (EUA), anunciou neste sábado sua cisão da Igreja Episcopal Nacional, após uma longa controvérsia sobre a bíblia e suas divergências sobre os homossexuais e outros assuntos.

Esta é a terceira diocese que se separa da matriz eclesiástica americana neste ano.

No próximo fim de semana, a Diocese de Fort Worth, no estado do Texas, também submeterá à votação se continua vinculada à Igreja Episcopal Nacional ou vai seguir o exemplo das outras três dioceses.

A disputa pela ordenação de homossexuais divide a confissão anglicana desde 2003, quando a Igreja Episcopal ordenou seu primeiro bispo gay, Gene Robinson.

A Igreja também teve que enfrentar outra grande controvérsia quando designou Barbara Harris como a primeira bispa, em 1989.

As três dioceses que anunciaram sua ruptura são mais afins às idéias promovidas pela Província Anglicana do Cone Sul, com sede na Argentina.

Segundo o jornal “The New York Times”, a Igreja Anglicana tem 77 milhões de fiéis nos EUA, incluindo os membros da Igreja Episcopal americana, cujas raízes se assentam na obra missionária da Igreja da Inglaterra.

Fonte: EFE

Papa critica visão “unilateral” sobre Pontificado de Pio XII

O papa Bento XVI lamentou ontem que nos últimos anos a atenção tenha se concentrado “de maneira excessiva” e “unilateral” sobre “uma única problemática” do Pontificado de Pio XII (1939-1958).

Bento XVI fez esta reflexão ao receber ontem os participantes do congresso organizado pela Pontifícia Universidade Gregoriana e Lateranense sob o título de “A herança do Magistério de Pio XII e do Concílio Vaticano II”.

O pontífice, embora sem dizer abertamente, se referia às acusações ao papa Eugenio Pacelli feitas por alguns historiadores e judeus de que o antigo chefe da Igreja Católica foi condescendente com o nazismo e não se pronunciou enquanto acontecia o Holocausto.

Esta polêmica volta à tona após 50 anos da morte do papa Pacelli e devido ao seu controverso processo de beatificação.

“Nos últimos anos, quando se falou de Pio XII, a atenção se concentrou de maneira excessiva sobre uma única problemática, tratada na maioria das vezes de maneira unilateral”, disse Bento XVI.

Segundo o pontífice, isto “impediu uma aproximação mais adequada com uma figura de grande espessura histórico-teológica”.

O papa não se referiu no discurso ao processo de beatificação de Pio XII, e se limitou a lembrar a “valiosa herança” que o antigo pontífice deixou e que “a Igreja utilizou e utiliza como um tesouro”.

Sobre o magistério de Pio XII, Bento XVI destacou as “sábias normas sobre a formação dos sacerdotes” emanadas pelo pontífice e baseadas no “amor pessoal a Cristo, singeleza e sobriedade do estilo de vida, lealdade aos bispos e disponibilidade diante dos fiéis”.

Também ressaltou como o papa Pacelli encarou os problemas das diversas profissões, aconselhando juízes, advogados e operadores sociais, assim como indicando aos médicos “as normas deontológicas que deviam ser respeitadas durante sua atividade”.

Fonte: EFE

Ladrão arrependido envia carta de desculpas e dinheiro à vítima

O dono de uma loja de comida indiana de Bristol, no sudoeste da Inglaterra, recebeu uma carta de desculpas e 100 libras (US$ 160) de um ladrão que roubou esse estabelecimento em 2001.

O dono do estabelecimento, Imran Ahmed, de 27 anos, não conseguiu acreditar quando leu a surpreendente carta, informa a rede publica britânica “BBC”.

O texto do arrependido ladrão começa com as seguintes palavras: “Queridos senhores, escrevo esta carta para consertar algo que fiz no passado”.

O ex-ladrão lembra que roubou 400 cigarros da loja e ressalta que envia 100 libras como indenização por esse crime.

“Naquela época – confessa -, consumia muitas drogas e minha vida era uma confusão. Agora, não tomo mais drogas e me esforço para levar uma vida decente e honesta”.

Em comoventes linhas, o ex-ladrão explica que, como parte de sua recuperação, tenta corrigir os erros cometidos no passado.

“Lamento o dano que lhe causei no passado e, sinceramente, lhe apresento minhas desculpas”, conclui a carta.

Ahmed comentou que a mudança de atitude do enigmático remetente é algo “muito bom” e adiantou que doará as 100 libras para uma organização beneficente de luta contra as drogas.

Fonte: EFE

Igreja “demite” padre que tem 20 anos de casamento

Oziel ao lado da esposa, Cledna: “Não considero o que a arquidiocese decide. Quem faz o padre é o povo”, diz ele, que defende idéias consideradas radicais pela igreja, entre elas, celibato opcional.

Oziel Luís dos Santos era casado desde 1987 e pai de cinco filhas. Nada incomum, não fosse o fato de ele já ter sido ordenado padre. Nesta sexta-feira, mais de 20 anos depois do matrimônio, a Arquidiocese de Goiânia comunicou a demissão de ordens de Oziel com documento que o proíbe oficialmente de celebrar qualquer ritual em nome da Igreja Católica.

A decisão da arquidiocese aconteceu após longo processo no Tribunal Eclesiástico, espécie de Supremo Tribunal Federal (STF) da Igreja. Antes da decisão, pelo menos uma dúzia de cartas havia sido encaminhada à residência de Oziel. Mesmo assim, ele resolveu não comparecer às audiências. “Não considero o que a arquidiocese decide. Quem faz o padre é o povo”, diz Oziel ao Diário da Manhã.

Em nota divulgada ontem, a arquidiocese comunicou que a partir de hoje a sentença oficial da demissão será enviada a todas as capelas, comunidades e paróquias de Goiânia. A decisão será lida em público durante três domingos consecutivos e fixada em murais de aviso. Por meio da assessoria, a arquidiocese comunicou que a única intenção do ato é informar a todos que Oziel não tem nenhuma autoridade concedida pela Igreja.

Celibato opcional

Além de “desconsiderar a decisão da arquidiocese”, Oziel defende idéias radicais para a Igreja Católica. A primeira delas é o celibato opcional. A razão deste é simples: conhecer a realidade do fiel para aconselhá-lo com sabedoria. “Creio que meu trabalho diário, minha vivência com a minha esposa, me fazem mais apto do que qualquer padre que vive em celibato, longe da sociedade.”

A segunda é a ordenação das mulheres. “Quem sustenta a Igreja hoje são as freiras e elas não têm o destaque que merecem.” Para propor tamanha revolução, a esposa, Cledna Maria de Castro Santos, também é inspiração. “Se houvesse o celibato opcional, ela poderia me ajudar na condução da comunidade. Ela já me auxilia tanto hoje!”

A própria Cledna conta ao DM que conheceu Oziel ainda padre. Porém, diz que só casaram quando o sacerdote pediu afastamento da arquidiocese. “Ele saiu da paróquia em um dia e nos casamos em outro.” O padre conta que na época chegou a conversar com o então bispo Dom Washington Cruz, que o aconselhou a enviar uma carta a Roma. “Falei que não iria me desfiliar, falei que não era Roma que ia me fazer padre, mas Deus.”

Apesar de ainda celebrar missas, casamentos e batizados depois do próprio casamento, ele conta que nunca o fez dentro de um templo. “Se alguém me convidar para ir em casa, qualquer lugar, eu vou e faço no maior prazer.” Para batizados e casamentos, o ex-padre recomenda que o fiel procure um representante “legítimo” da própria Igreja. “Eu peço para conversar com o padre. Mas tem tanta gente que me diz que foi maltratado na Igreja e me pede para eu realizar o casamento!”, conta ele.

Fonte:Diário da Manhã – GO

Especialistas tentam decifrar o mistério do Santo Graal

Um congresso internacional em Valência, na Espanha, reúne, desde sexta-feira, os maiores especialistas do mundo sobre o cálice sagrado.

A relíquia, venerada por todos os papas, está na Espanha desde o ano 258. Guardado em uma capela especial na Catedral de Valência, o cálice de 17 cm de altura virou tema de debates e enigmas.

Apesar do respaldo do Vaticano, muitos especialistas questionam se o cálice é o mesmo usado por Cristo, principalmente porque está decorado com ouro e pedras preciosas.

“É compreensível esta desconfiança. Porque a todos nós vêm à mente as cenas pobres com os discípulos sentados no chão, e Jesus com um humilde cálice de barro. Mas não foi assim”, disse à BBC Brasil o professor de história de Universidade de Valencia e historiador da catedral valenciana, Vicente Martínez.

“O filho do carpinteiro escrevia em hebreu, era chamado de rabi (mestre em hebraico) e esteve com famílias com posses como a de Lázaro. É só consultar o evangelho”, afirmou.

‘Parte sagrada’

A relíquia sagrada em si seria apenas a parte superior do cálice. Uma copa alexandrina de ágata que os arqueólogos consideram de origem oriental criada entre os anos 50 e 100 antes de Cristo. As asas e à base de ouro com pedras preciosas são do século 16.

O catedrático valenciano diz que pode haver dúvidas de que seja o mesmo usado na última ceia, mas afirma que há cada vez mais informações que confirmam o fato.

“A tradição israelita que ainda permanece é a de manter um cálice especial de benção para as ceias de Páscoa. Os Evangelhos dizem que Jesus celebrou os ritos de Páscoa em uma sala decorada e com pompas.”

“Os apóstolos puderam conservar o cálice da primeira eucaristia, e se esse permaneceu intacto todo esse tempo pode ser porque o sagrado mistério o protege”, disse Martínez.

Aniversário

A data do I Congresso Internacional do Santo Cálice, coincide com o 1750º aniversário da chegada da relíquia à Espanha.

O cálice teria sido enviado de Roma pelo mártir São Lourenço para que ficasse protegido, já que o santo sofria uma perseguição, na época, que o levaria à morte.

Dos mais de 150 especialistas que participam do congresso, alguns, como a investigadora americana e professora da Universidade de Colorado Janice Bennet, já têm teorias próprias.

Ela lançou o livro São Lourenço e o Santo Graal em que relata como o santo teria cuidado do cálice e o mandado à Espanha.

Outros, como o antropólogo e historiador alemão Michael Hessemann, relacionam o cálice com lendas medievais, o que daria origem aos enigmas do Santo Graal.

O catedrático de arqueologia da Universidade de Zaragoza Antonio Beltrán, por sua vez, dará uma visão científica, apresentando um informe sobre as últimas técnicas de investigação que podem dar mais pistas sobre a origem do cálice.

O congresso contará ainda com especialistas israelenses que discutirão a criação e o trajeto da relíquia desde a Palestina, no século 1 a.C., passando por Roma (o cálice teria sido usado também por São Pedro), a custódia de São Lourenço e a etapa espanhola, onde teria passado por perseguições de muçulmanos e teria sido guardado por reis e religiosos até chegar a Valencia em 1424.

As conclusões serão apresentadas neste domingo na Universidade Católica de Valencia.

Fonte: BBC Brasil

Freira desafia Igreja e distribui preservativos

Entidades ligadas à Igreja Católica desafiam o Vaticano, orientam em material didático uso de camisinhas como método de prevenção ao HIV e distribuem preservativos para quem as procura.

Uma dessas Organizações Não-Governamentais (ONGs) é a Aids: Apoio, Vida, Esperança (Aave), de Goiânia, criada e comandada pela freira Margaret Hosty.

Reportagem publicada no início desta semana no jornal O Globo, do Rio de Janeiro, informa que pastorais também orientam o uso do preservativo. No caso de Goiânia, a pastoral da Aids do Centro-Oeste é coordenada pela irmã Margaret. Na noite de quinta-feira, o arcebispo metropolitano de Goiânia, dom Washington Cruz, por meio de nota, contesta a matéria de O Globo e diz que o fato de a freira dirigir as duas entidades gera confusão.

“É incompleta e induz os fiéis à confusão matéria publicada no jornal O Globo. Não há nenhum tipo de confronto entre a orientação oficial da Igreja e as atitudes dos agentes da referida pastoral. A Igreja não aceita, não propaga e não acha conveniente a distribuição de preservativos como o meio mais seguro de evitar o contágio do HIV. A irmã Margaret Hosty é coordenadora da pastoral e também dirige uma ONG que atende a soropositivos e promove a luta de combate à aids. O fato de ela fazer parte dessas duas organizações cria certa ambigüidade em relação ao que ela disse.”

A ONG se declara, em seu site, ligada à Arquidiocese de Goiânia e à pastoral da área da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na nota, dom Washington informa que “a Pastoral da Aids não incentiva e nem dá suporte à distribuição de preservativos”. Ele diz ainda que a ONG “tem outros compromissos com as políticas públicas de Saúde do governo.”

O Vicom informa que a distribuição de camisinhas na Aave é feita apenas para quem procura e porque a ONG recebe verbas da União e é obrigada a cumprir diretrizes. Como responsável pela pastoral, a freira concorda com a idéia da Igreja Católica, informa dom Washington: “Irmã Margaret comunga com a posição da Igreja e acredita que a distribuição de preservativos não é eficaz para se evitar a expansão do contágio pelo HIV.”

Prevenção

A vice-presidente da entidade, Flávia Pires, diz que o trabalho se restringe à assistência aos portadores do vírus. A Aave oferece cursos de informática, culinária, artesanato, entre outras atividades e serviços assistenciais, “para possibilitar a auto-sustentabilidade do portador”, diz. Ela confirma que o nome da ONG aparece em folhetos que orientam o uso da camisinha, mas que esse não é o foco da Aave.

Ela afirma que a linha de atuação coordenada pela entidade é de apoio ao público portador do HIV. São 308 famílias cadastradas. Algumas têm mais de um portador. “Nós levamos informação como meio de prevenção.” A prevenção à transmissão do HIV nas relações sexuais, no entanto, só é feita por meio de preservativos. Outra maneira de se prevenir seria a abstenção.

Em abril deste ano, a CNBB admitiu pela primeira vez a possibilidade de apoiar ações governamentais antiaids, centradas no uso de preservativos. O texto “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”, da confederação, não traz, no entanto, qualquer menção a camisinhas. “A Pastoral da Aids se realiza em cinco direções: prevenção, intervenção, recuperação, ressocialização, acompanhamento e apoio das políticas governamentais para combater esta pandemia.”

O texto orienta a prevenção com base em critérios éticos da Igreja Católica, o que exclui o uso da camisinha como método para evitar a transmissão de doenças, entre elas a aids.

Fonte: Diário da Manhã – GO

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