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Sinos muito barulhentos: tribunal condena paróquia italiana

O rumoroso e freqüente toque dos sinos do campanário de uma igreja, na região italiana da Ligúria deu ensejo ao pagamento de uma multa salgada.

A ação foi impetrada por uma mulher que mora há poucos metros da igreja. O Tribunal de Chiavari lhe deu ganho de causa e obrigou a paróquia a pagar à mulher, um ressarcimento de 60 mil euros.

Além da multa, o juiz Pasquale Grasso condenou a paróquia a reduzir ao mínimo o uso dos sinos, em respeito à lei de poluição sonora.

A “vítima” do excessivo rumor dos sinos é uma professora aposentada, que vive na localidade de Lavagna. Em 2003, ela entrou com uma causa civil contra a paróquia de Nossa Senhora do Carmo, solicitando ressarcimento pelo contínuo e excessivo rumor dos sinos.

O Tribunal pediu uma consulta técnica que apurou o efetivo dano biológico provocado pela “poluição sonora” do constante e alto repicar dos sinos.

Além do dano biológico, o magistrado reconheceu à professora também um dano moral, porque devido ao problema, ela não podia convidar amigos e parentes a visitarem sua casa.

Fonte: Rádio Vaticano

Furacão prova que Deus é democrata, diz Michael Moore

O documentarista e ativista político de esquerda Michael Moore, de “Fahrenheit 911”, meteu os pés pelas mãos –de novo. Fez piada com o Furacão Gustav, ao dizer que a chegada do fenômeno meteorológico no mesmo dia do começo da Convenção Republicana “é prova de que Deus existe”.

Com a reação negativa à piada de mau gosto, ele esclareceu os comentários em uma “carta aberta a Deus”, que postou em seu blog –a graça tem a mesma qualidade do comentário.

O problema é que não está sozinho. O ex-presidente do Partido Democrata, Don Fowler, havia dito antes que o “timing do furacão só demonstra que Deus está do nosso lado”. O vídeo foi parar no YouTube, e o político se desculpou.

A prática de falar borracha, como se dizia lá em Interlagos, não é privilégio da esquerda norte-americana. Logo depois de 11 de Setembro, o reverendo de ultradireita Jerry Falwell disse que era o ataque um castigo divino às pessoas que fazem abortos e aos homossexuais.

Fonte: Blog do Sérgio Dávila

Ensino religioso ganha espaço na rede pública

Na rede pública da cidade de São Paulo, todas as escolas incluíram trechos da Bíblia em seu material didático em 2002, com a adoção da cartilha Deus na Escola, produzida pela Secretaria Municipal de Educação com a participação de várias entidades religiosas.

As 7 da manhã, o portão é aberto e as crianças da 1ª à 4ª série entram na escola. Depois do chocolate quente, sentam-se em filas, no pátio. Uma professora pára na frente da turma e pergunta:

– O que fazemos de gostoso todas as manhãs?

– Acolhimento! – gritam, em coro, os cerca de 300 alunos.

– Então, todo mundo de mãozinha para cima.

Basta a professora puxar, “Pai-Nosso que estais no céu…”, e a turma toda acompanha. De olhos fechados, as crianças rezam o Pai-Nosso sem dificuldade, algumas com as palmas das mãos juntas na altura do peito, outras com as mãos abertas e para o alto. Depois de entoar duas orações e uma música sobre o amor, sobem enfileiradas para a sala de aula. “Quando cheguei a esta escola, elas tinham um comportamento muito violento, que traziam de casa”, diz a diretora Patrícia Bonilha. A solução foi o “acolhimento” no início de cada turno. “Melhorou muito. Ele proporciona equilíbrio, você consegue aquietar o ambiente, principalmente no período da tarde, quando as crianças chegam cheias de adrenalina”.

A cena lembra um ritual tradicional de qualquer colégio católico. Mas ocorreu na escola municipal Walter Carretero, de Sorocaba, interior de São Paulo. Na rede da cidade, todas as escolas incluíram trechos da Bíblia em seu material didático em 2002, com a adoção da cartilha Deus na Escola, produzida pela Secretaria Municipal de Educação com a participação de várias entidades religiosas. “Percebemos uma mudança de comportamento nos alunos de toda a cidade. No modo como tratam os professores, a família e os amigos”, diz a advogada Maria Lúcia Amary. Ela foi uma das autoras do programa, que dá orientações sobre como as escolas devem trabalhar os valores cristãos nas disciplinas escolares.

A transmissão de valores é um dos principais argumentos para a inclusão do ensino religioso nas escolas. Seus defensores consideram que a espiritualidade é um conhecimento fundamental para o desenvolvimento. “Em tempos de violência e degradação familiar, a escola deve ser um espaço para a construção do indivíduo”, afirma Maria Lúcia. “Na formação do caráter de uma pessoa, ficam faltando valores fundamentais de vida e respeito se ela não tem uma religião.”

Nem todos concordam com essa linha. Para a educadora Roseli Fischmann, professora da Universidade de São Paulo (USP), a escola deve ser capaz de ensinar o respeito mútuo sem depender da religião. “Na cabeça da criança, as noções de ética, direito e respeito não podem estar vinculadas a um Deus. Senão, o que vai acontecer se ela brigar com um colega que tem um Deus diferente do dela? Ou se, um dia, questionar sua religião?” Roseli faz parte de um grupo de educadores e sociólogos que evoca o princípio do Estado laico (sem religião) para criticar a entrada da fé nas escolas públicas. Para ela, cabe à família decidir se quer ou não transmitir sua religiosidade ao filho. “A espiritualidade não é parte necessária da formação escolar. Eu dei educação religiosa para meus filhos, mas há pais que não querem isso e eles têm esse direito”.

Há, portanto, duas correntes de pensamento antagônicas, cada uma com fortes argumentos. Será possível conciliá-las? Segundo o último censo do IBGE, 93% dos brasileiros se dizem religiosos. É provável que boa parte deles se sinta contente com a ajuda da escola na transmissão de seus valores aos filhos. Mas aí começam as dificuldades. De acordo com o IBGE, os brasileiros se dividem em 43 denominações religiosas. Os católicos representam 74% da população, seguidos pelos evangélicos, com 15%. Os que não têm religião são 7% do total – mais que o dobro da fatia que representa os adeptos de outras crenças, 3%. Como trazer Deus para as salas de aula de forma respeitosa a todas as linhas religiosas – incluindo os ateus e agnósticos?

Fonte: Revista Época

Jonas Brothers: evangélicos com discurso família agradam ao público

Por onde eles passam, deixam multidões de meninas simplesmente histéricas. E quanto mais histéricas elas ficam, mais eles exibem os chamados “anéis de pureza”. Compromisso de manter a virgindade até o casamento.

Nós estamos falando dos Jonas Brothers que falam com exclusividade ao Fantástico.

A pirâmide em Cleveland, Ohio, é a catedral do rock. Tem preciosidades dos anos 50 até os dias de hoje. Em meio aos turistas, três garotos pararam o museu. Kevin, 20 anos. Joe, 19. E Nick, 15. Os Jonas Brothers!

No ano passado, os irmãos Jonas venderam o equivalente a US$ 12 milhões em discos.

Tudo começou quando Nick, o mais novinho, tentou se lançar como cantor. Tinha apenas 6 anos. O projeto não deu muito certo. Mas uma gravadora acabou descobrindo que os três irmãos, juntos, poderiam ser irresistíveis. E que garota resiste ao charme de Joe? Ao olhar tímido de Nick! E à simpatia de Kevin?

De tão famosos, eles foram doar roupas da banda para o hall da fama do museu do rock, como já fizeram Prince e Mick Jagger.

Os Jonas Brothers estão em turnê pelos Estados Unidos para divulgar o terceiro álbum, “A little bit longer”.

No imenso gramado em Cleveland, as fãs esperaram um dia inteiro no sol quente de verão para ver os Jonas.

Um ônibus acompanha a caravana dos Jonas Brothers pelos Estados Unidos. Elas deixam mensagens como “eu te amo” e também pedidos de casamento.

“Eu quero me casar com o Joe”, diz ofegante, Jessica, do alto dos seus 7 anos.

O som pop dos Jonas agrada em cheio ao público adolescente. Mas parte do sucesso pode ser atribuída à fórmula: garotos lindos, com bons valores da tradicional família americana. Eles condenam o uso de drogas e álcool. Valorizam a família.

Nick descobriu que tem diabetes e faz campanha de conscientização sobre a doença. São evangélicos e usam um certo anel da virgindade. Um voto de só fazer sexo depois do casamento.

Quando perguntado sobre o anel, Kevin fica sério. Nick avisa: ‘Vamos só falar de música, ok?’

Hora de mudar de assunto. Quando os Jonas Brothers vão ao Brasil?

“Brasil?”, Nick se empolga.

“A nossa babá por muitos anos foi a Tia Sara”, dizem. Uma babá brasileira, de São Paulo.

Meninos crescidos, é claro, já não têm babá, mas Kevin diz que, com Tia Sara, aprendeu muito sobre a cultura e o futebol do Brasil.

Joe conta que eles torcem para encontrar as fãs brasileiras numa turnê no Brasil, ano que vem!

Os três vão para o camarim e reaparecem no palco no estilo Jonas Brothers. Terninhos bem cortados, acrobacias no palco, para delírio das fãs dos Jonas.

Fonte: Site do Fantástico

Islã medieval era superpotência científica, dizem especialistas

Uma sociedade multicultural, relativamente tolerante, na qual especialistas de todo o mundo civilizado trocam informações, formulam teorias ousadas e desenvolvem novas tecnologias. Bem-vindo ao Islã durante a Idade Média – uma cultura que deixava a Europa no chinelo em matéria de ciência.

Ainda há debates sobre como os domínios muçulmanos viraram superpotências científicas do século 8 ao século 15 de nossa era, e também sobre as causas de seu declínio superior, mas é indiscutível que eles deram passos fundamentais para alicerçar a ciência que até hoje é praticada no Ocidente.

“Nesse período, floresceu no mundo islâmico uma ciência com contribuições originais em várias áreas do conhecimento, sobretudo em matemática, astronomia e afins, e sem rival durante muitos séculos”, escreve o pesquisador português João Filipe Queiró, do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra. “No milênio a seguir ao século 8 estão identificados mais de mil cientistas islâmicos ativos. Como fontes, conhecem-se milhares de manuscritos e instrumentos científicos, mas muitos mais permanecem ainda hoje por analisar, ou sequer por catalogar”, afirma Queiró.

A explicação inicial para o avanço científico do Islã é militar. Após a morte de Maomé, que consolidou o domínio muçulmano na Arábia no século 7 da Era Cristã, o avanço dos exércitos islâmicos tomou conta de grande parte dos antigos centros de cultura do Velho Mundo, da Índia, no Oriente, às terras gregas do Império Bizantino, chegando até a Espanha, no Ocidente.

Com isso, os guerreiros do Islã se viram senhores de toda a herança cultural e científica dessas áreas. Mas, no lugar de substituí-la por sua própria cultura, eles iniciaram um intenso processo de assimilação, traduzindo para o árabe grande parte do legado dos filósofos, matemáticos e protocientistas gregos e indianos, por exemplo. Acredita-se que muitos textos da Antigüidade grega só sobreviveram porque, quando os cristãos reconquistaram a Espanha muçulmana, retraduziram essas obras do árabe para o latim.

Números práticos

Mais importante ainda, no entanto, foi o papel que o Islã desempenhou na transmissão do sistema numérico indiano, com os algarismos que conhecemos (de 0 a 9), para o Ocidente. Antes, era preciso literalmente usar letras (os numerais romanos ou gregos) para fazer contas, um método incômodo que, além de tudo, não contava com o número 0. Como a matemática tornar-se-ia a base de todo o desenvolvimento da ciência nos séculos seguintes, os pesquisadores muçulmanos podem ser considerados os responsáveis por lançar a pedra fundamental desse processo.

E, falando em “algarismo”, nunca é demais lembrar que a palavra, assim como “algoritmo”, deriva do nome de Mohamed ibn Musa al-Khwarizmi, pesquisador da Era de Ouro islâmica que nasceu no atual Uzbequistão no 780. “Álgebra” também deriva de al-jabr, presente no título de uma das obras de al-Khwarizmi, conta Queiró. “A expressão significa algo como ‘reconstrução’, e refere-se à operação de adicionar uma mesma quantidade a ambos os membros de uma equação”, afirma o pesquisador português.

Fundadores de observatórios astronômicos e universidades, os governantes islâmicos também impulsionaram avanços na astronomia e na cartografia, alguns de natureza prática diretamente ligada à religião muçulmana. “É o caso da determinação, em cada local, da qibla, a direção sagrada de Meca, necessária para as orações e para a orientação das mesquitas. Esse problema é muito interessante do ponto de vista matemático”, escreve Queiró.

A questão é complicadinha porque é preciso levar em conta o formato de esfera da Terra, o que impede que a direção de Meca vista a partir do Brasil, digamos, seja apenas uma linha reta. Usando trigonometria e geometria esférica, os pesquisadores do Islã aprenderam a contornar o problema. No século 16, navegadores portugueses usaram os escritos muçulmanos para corrigir seus cálculos e conseguir viajar do Recife a Lisboa, por exemplo.

Os pesquisadores do Islã também tiveram avanços consideráveis na óptica (foram os primeiros a descrever corretamente o fenômeno da refração, ligado à mudança do comportamento da luz ao passar do ar para a água, por exemplo) e na medicina. Foram pioneiros ao afirmar, por exemplo, que a visão era processada pelo cérebro a partir da luz que chegava até os olhos (antes, achava-se que os olhos ativamente “lançavam raios” até os objetos para enxergá-los).

Por que parou? Parou por quê?

É um bocado difícil explicar por que esse desenvolvimento todo acabou diminuindo a partir do século 16, enquanto o Ocidente avançou. Para o físico americano de origem turca Taner Edis, que trabalha na Truman State University (EUA), a explicação mais provável é que a revolução científica não teria sido completa no Islã. Ele diz que, nos domínios islâmicos, é mais correto falar em “protociência” na Idade Média. “Eles misturavam ciência de verdade com crenças um bocado esquisitas em alquimia, por exemplo”, disse Edis à revista eletrônica Salon.

Para ele, o que faltou foi a separação total entre instituições religiosas e científicas no mundo muçulmano, que deu liberdade de pesquisa para os cientistas do Ocidente. O debate entre os especialistas sobre o tema, no entanto, ainda prossegue.

Fonte: G1

Pesquisa revela que jovens se interessam mais por religião

Pesquisa do instituto alemão Bertelsmann Stiftung mostra que 65% dos jovens brasileiros de 18 a 29 anos disseram ser profundamente religiosos, outros 30% se declararam religiosos, e apenas 4% responderam não ter religião.

Todos os dias, antes do sol nascer, o estudante universitário Yuri Youssef Hassan, 21 anos, se ajoelha em adoração a Alá. Em Santo André, Rebecca Rink Orefice D’gostino, 17, e Jorge Pezzin Cardoso, 16, rezam antes de sair de casa para a escola. Noutro canto da cidade, Camila Santos de Carvalho, 20, também faz prece. Em São Bernardo, Jaqueline Rocha Ramos, 22, que já está desperta às 6h, também faz sua oração e se prepara para um dia inteiro devotado a Deus.

Eles fazem parte da terceira população jovem mais religiosa do mundo. É o que informa levantamento realizado em 21 países pelo instituto alemão Bertelsmann Stiftung. Segundo o estudo, 65% dos jovens brasileiros de 18 a 29 anos disseram ser profundamente religiosos, outros 30% se declararam religiosos, e apenas 4% responderam não ter religião.

Professor de teologia da Universidade Metodista de São Paulo, Nicanor Lopes explica que a pluralidade de credos no País é um incentivo para os mais novos. “A liberdade religiosa no Brasil é uma conquista do final do século 19 e veio com o movimento republicano. Por natureza, a cultura brasileira estimula a experiência religiosa e as famílias costumam cultivar e difundir essa prática”, afirma.

Essa liberdade religiosa tem reflexo em vários jovens. Membro do Instituto das Missionárias da Imaculada Padre Kolbe, no Riacho Grande, em São Bernardo, Jaqueline Rocha Ramos, conheceu o trabalho de missionárias aos 14 anos e precisou de cinco anos para decidir pela vida consagrada. Hoje ela é noviça e está preparada para assumir os votos de ‘castidade, obediência e pobreza’.

Antes disso, porém, completou os estudos, fez curso técnico, de inglês, trabalhou como secretária e namorou. Ela confessa que havia prazer em realizar todas essas atividades, mas não se sentia realizada.

Como todo jovem, também surpreendeu a família. “Os pais têm um projeto para o filho, mas eu segui outro rumo. Eles não entendiam porque eu queria isso”, diz a noviça, que é filha única.

Jaqueline já viajou para a Europa e para distantes regiões do Brasil para se reunir com jovens religiosos. Foi na viagem à Polônia, depois de visitar o campo de concentração de Auschwitz – símbolo do extermínio de judeus promovidos pelos nazistas – que ela decidiu pela vida abnegada.

Os contrariados pais ainda moram no bairro Assunção, em São Bernardo, na mesma casa onde a noviça um dia também morou. Hoje entendem a decisão da filha.

Respeito

Outro que se dedica à religião é Yuri Youssef Hassan. “Todo ano quando vou para à Arábia Saudita passo pela Inglaterra e percebo que lá eles são muito mais preocupados com a aparência do que no Brasil”, diz, em alusão à imagem pejorativa que muitos fazem de muçulmanos como ele.

Realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Censo Demográfico de 2000 apontou que 73,6% dos brasileiros são católicos, 15,4% evangélicos e 1,3% espíritas. Seguidores da umbanda e do candomblé são 0,3% da população e 1,8% cultuam outras religiões. Os que não possuem credo representam 7,4% do contingente.

Fonte: Diário do Grande ABC

Europa deve ajudar os cristãos perseguidos na Índia

Mario Mauro, vice-presidente do Parlamento Europeu, ergueu a voz esta semana para pedir que a União Européia apóie os cristãos que estão sendo vítimas do fanatismo hindu na Índia.

Em um comunicado difundido de Rímini (Itália), onde participa de reunião organizada pelo movimento Comunhão e Libertação, Mauro declarou que “a liberdade religiosa é o teste que serve para medir o respeito das demais liberdades e direitos do homem”.

Mauro comentou que “uma vez mais nos encontramos diante de um ataque contra as comunidades cristãs, o enésimo episódio de uma perseguição que parece não terminar nunca”.

Segundo o vice-presidente do Parlamento Europeu, “a perseguição dos cristãos no mundo representa um dos mais ferozes desafios contemporâneos à dignidade da pessoa”.

Por este motivo, continua dizendo Mauro, “a promoção de nossos ideais de liberdade e de justiça tem de converter-se cada vez mais no caráter da União Européia contra quem se refugia na ideologia para fundamentar seu projeto de poder”.

Fonte: Portas Abertas

Cerimônias em igrejas são cada vez mais rápidas

Com tantos noivos na fila de espera, os padres têm realizado casamentos expressos. As bênçãos, o “sim”, a troca de alianças e o beijo dos noivos se dão, às vezes, em menos de meia hora. Portanto, a cena do padre perguntando se alguém tem algo contra a união é coisa de novela. Não dá tempo para isso.

Em média, são realizados cinco casamentos por sábado, começando às 17h. Na Igreja da Cruz Torta, são seis. O primeiro casal deve estar na igreja às 16h. A cerimônia, que custa R$ 900, dura cerca de 25 minutos. Isso se a noiva não atrasar. “Se atrasar, tem que cortar a entrada de damas e evitar as fotos”, explica a funcionária da secretaria da Igreja da Cruz Torta.

Mesmo nas cerimônias mais caras, como a da Nossa Senhora do Brasil, em que os noivos têm que pagar R$ 2 mil , o ritmo dos padres lembra o dos funcionários das redes de “fast food”. Também são cinco casamentos por dia. Às vezes seis, quando alguém resolve se casar às 22h.

Tudo é tão corrido que se tornou comum convidados dos casamentos “trombarem” na porta das igrejas.

– Uma vez uma noiva se atrasou, e a que seria a próxima chegou antes e quase entrou no horário da outra. O fotógrafo que avisou que ela estava no casamento errado – lembra a relações públicas Diany Mallagoli, da Coral Música Lumem Celebração de Eventos.

Quem quiser um casamento com exclusividade tem que estar disposto a desembolsar R$ 4 mil numa cerimônia, às quintas-feiras, na Nossa Senhora do Brasil. Outras opções com menos noivas são o Mosteiro de São Bento e a Igreja São Pedro e São Paulo, que realizam apenas dois casamentos por sábado. Um às 18h e outro às 19h30. A diferença é que na São Pedro e São Paulo paga-se R$ 2 mil e, no Mosteiro, R$ 6 mil – valor tão alto quanto os sonhos de algumas noivas.

Fonte: O Globo Online

Conde de Sarzedas, a 25 de Março evangélica

Quase todos os 500 metros da rua são ocupados por comércio relacionado à religião. Há uma só igreja, mas quatro galerias, entre elas o Shopping Lojas Evangélicas. Só a chamada Conde de Sarzedas tem 44 lojas de produtos religiosos.

Camisetas, broches, adesivos, CDs e DVDs, brincos, peças para cama, mesa e banho, livros, chaveiros, enfeites de casa, calças, bonés, bolsas, cintos, pastas, ursos de pelúcia, equipamentos de som. Vendas no varejo e no atacado, tudo em uma mesma rua do centro da capital. 25 de Março? Não exatamente. No papel, é Conde de Sarzedas. Mas pode chamar de 25 dos evangélicos, já que as roupas têm mensagens religiosas, a música é gospel, os vídeos registram cultos, os filmes mostram histórias bíblicas.

Além dos produtos comuns, vitrines exibem itens especializados, como púlpitos, óleo de unção, becas, ternos, gravatas e salvas – sacos de pano usados para coletar doações nas igrejas. Na Livraria Evangélica Gentil, há versão bilíngüe da Bíblia (inglês/português).

Quase todos os 500 metros da rua são ocupados por comércio relacionado à religião. Há uma só igreja, mas quatro galerias, entre elas o Shopping Lojas Evangélicas. Só a chamada Conde de Sarzedas tem 44 lojas de produtos religiosos. “Quando começamos, a rua já era referência. Mas não existe obrigatoriedade de ser evangélico (para vender no local)”, diz a gerente do imóvel, Maria das Graças. “Aqui passa o Brasil e o mundo. Quando tem congresso cristão, vem todo mundo à Conde”, diz Brother Simion, dono de loja na galeria que leva o nome da rua. Roqueiro, vende modelitos que em nada destoariam da moda indie de quem circula na boêmia Rua Augusta. Todos, porém, têm inscrição religiosa, para diferenciar.

Convertida, a cantora Mara Maravilha também abriu comércio no local. Vende, sobretudo, roupas infantis. A pastora Fabiana Nardini, de 33 anos, comercializa óleos de unção com essências em vidros decorados. “É a única rua do Brasil só de artigos religiosos”, resume.

A dentista Cristina Ferramenta, de 47 anos, diz visitar a rua uma vez por mês há cerca de três anos. “Venho comprar CD, pasta para o grupo de irmãs, coisas para a igreja”, diz ela. “Aqui é como a Rua da Consolação para as luminárias”, define o estudante de Direito Reginaldo Celestino, de 39 anos.

Assim como na 25 original, as datas comemorativas são um impulso às compras. “Em Dia das Mães vende muita Bíblia. No final do ano, triplica. É um consumo tremendo”, diz Cristina Bergaro, gerente de uma das duas lojas da Gentil, que comercializa, segundo ela, cerca de 2 mil Bíblias por mês.

Lá também é possível encontrar comércio irregular. “Só vendo produto evangélico”, diz um camelô que oferece DVDs.

Quem não é da religião se adapta. Glória Almeida abriu um restaurante ali há cerca de nove anos. Batizou-o de Irmã Glória. “Não sou evangélica. Eles que deram o nome. Todo mundo aqui se chama de irmão, irmã. Aí começaram com irmã, irmã, irmã, e ficou.”

Comércio religioso surgiu na rua na década de 50

Quem conta da melhor maneira a história da Conde de Sarzedas é Araci Miranda, de 77 anos, há 54 vendendo discos e outros artigos religiosos na rua. Ela afirma que sua loja, a gravadora Deus é Amor, foi a primeira evangélica a abrir no local. “A igreja foi construída na mesma época, por coincidência. Aí o povo começou a se aglomerar na igreja e começaram (a abrir mais lojas religiosas). Isso foi dois ou três anos depois”, diz Araci. De lá para cá, a rua se tornou referência gospel da cidade. Uma transformação que não agradou à pioneira. “Para mim não foi bom, porque a concorrência aumentou muito e são desleais. Muitos não são evangélicos, mas têm loja aqui só para vender.”

De início, a gravadora de Araci estava instalada em uma casa no começo da rua. A Conde foi um acaso. “Conseguimos uma casa velha para alugar.” Mais tarde, mudou-se para o final dela, em um imóvel próprio, onde está até hoje. “Ficou sendo uma das últimas e, quando o povo chega aqui, já não tem mais dinheiro, não tem mais cheque, não tem mais cartão”, reclama. “Tá difícil de se manter. Tem perigo até de fecharmos.”

A Conde de Sarzedas existe com esse nome pelo menos desde 1894. Segundo o Dicionário de Ruas da Prefeitura, foi chamada assim em homenagem a Bernardo José de Lorena, conde de Sarzedas, fidalgo português e capitão-general de São Paulo entre 1788 e 1797.

Fonte: Estadão

Debate sobre aborto de bebês anencéfalos gera polêmica no Acre

O Brasil reascendeu a discussão sobre a autorização ou não para a interrupção da gravidez em casos de bebês anencéfalos, isto é, sem cérebro. Diante da polêmica, o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza até quatro de setembro uma audiência pública para a ouvir a opinião os diversos segmentos da sociedade sobre o assunto.

Já em 2004 a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde (CNTS) recorria ao STF pedindo que a antecipação do parto nesses casos específicos deixasse de ser caracterizada como crime de aborto. Durante a audiência pública os ministros do Supremo ouvem setores como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), a Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, a organização não-governamental Católicas pelo Direito de Decidir e a Associação Médico-Espírita do Brasil (AME).

Enquanto o tema é debatido pela classe política e lideranças das instituições em Brasília, os acreanos se posicionam sobre o assunto e também se dividem, em se tratando de uma discussão que envolve a ciência, a vida e a religião. O padre católico André Ficarelli Ficarelli é enfático em dizer que ninguém tem direito sobre a vida do outro.

Segundo ele, a Igreja Católica é contra o aborto porque se baseia nas palavras do evangelho, onde Jesus defende a vida. “O Deus da esperança sempre pregou a vida, seja da pessoa sadia, do doente ou do paralítico”, afirma. O padre explica que a sociedade de hoje se sente acomodada com o que vai gerar trabalho, provocar gastos e não vai produzir.

Citando a frase bíblica: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”, Ficarelli defende que todo ser inocente tem que ser aceito com responsabilidade e como uma vida importante pelos pais e pela sociedade. “O homem não deve ter o poder de decidir sobre quem vive ou quem morre”, conclui.

Ciência se ampara na defesa da vida da gestante

Já o médico obstetra, Edvaldo Amorim, gerente do Setor de Obstetrícia da Maternidade Bárbara Heliodora, mantém a mesma opinião do restante da classe, ou seja, de que a vida da mãe deve ser preservada, especialmente quando se trata de uma gravidez de risco em função de o feto não ter cérebro. “Nesse caso a gravidez não oferece previsão de vida para a criança, que se chegar aos nove meses, já nasce com morte cerebral”, explica.

O médico diz que a equipe da Maternidade do Estado não possui uma estatística oficial sobre o número de casos de nascimento de bebês anencéfalos na unidade, mas que as ocorrências são freqüentes. Segundo ele, nesta ultima semana foi realizada uma cesariana de um bebê anencéfalo de oito meses, cuja mãe corria risco de morte se a intervenção não fosse feita.

Os médicos da equipe já sabiam do diagnóstico da criança, assim como a mãe, que levou a gravidez até onde foi possível. De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Genética Clínica, a cada três horas nasce uma criança anencéfala no Brasil, um total de oito bebês por dia.

Os que defendem o veto desse tipo de permissão chegam a comparar o aborto de feto com anencefalia com a prática da eutanásia, que também é proibida no Brasil. A opinião deles se assemelha à crítica feita pelo padre católico, André Ficarelli, de que na realidade, o que se quer é a eliminação de uma vida que incomoda, que é cara e que é um estorvo.

Fonte: Página 20

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