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Lula diz a bispos que combate à exclusão ‘já produz frutos concretos

Em carta enviada ao presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana (MG), saudando os bispos pela abertura nesta quarta-feira da 46ª Assembléia da CNBB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que se sente alegre ao completar cinco anos de seu governo e constatar que “o combate à miséria, à fome e à exclusão, objetivo central do nosso programa de governo, vai avançando e já produz frutos concretos”.

Lula disse que não faria, na carta, nenhuma avaliação “à ligeira”, e que isso cabe ao povo e às instituições democráticas do país.

O presidente ainda disse ter “muito apreço pela atuação e pelo perfil de relacionamento que estabelecemos ao longo desses anos em que a Igreja, no seu papel de profecia, alerta, adverte, denuncia e estimula as ações pela justiça, mantendo sua autonomia e independência”.

Veja a íntegra da carta do presidente Lula ao presidente da CNBB:

“Meu caro Dom Geraldo Lyrio,

“Prezados Senhores Cardeais, Arcebispos, Bispos e demais integrantes da 46a Assembléia Geral da CNBB

“Uma vez mais tenho a satisfação de me dirigir aos Senhores nesta ocasião em que a CNBB realiza sua 46ª Assembléia Geral. Fico pensando em como foi importante a iniciativa tomada em 1952 de criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Aquela geração de Bispos, tendo como um dos inspiradores o inesquecível Dom Hélder Câmara, teve de fato uma atitude profética. Sem dúvida, o exercício dessa ação colegiada, concretizada na CNBB, permitiu à Igreja Católica, ao longo de mais de 50 anos, uma atuação muito concreta em defesa da vida, dos direitos humanos e do exercício livre e ativo da cidadania que marcou a vida do Brasil e do povo brasileiro.

“Como já disse em ocasiões anteriores, tenho muito apreço pela atuação e pelo perfil de relacionamento que estabelecemos ao longo desses anos em que a Igreja, no seu papel de profecia, alerta, adverte, denuncia e estimula as ações pela justiça, mantendo sua autonomia e independência. Tenho consciência de que não cabe a nenhum Governo ou forma de poder tentar domesticar ou reduzir o papel das Igrejas e Comunidades Religiosas. Eventuais discordâncias e diferenças de compreensão da realidade fazem parte natural da vida democrática e permitem avanços e correções de rota para o bem do País e de seu Povo.

“Agora que completamos 5 anos de Governo, é tempo de agradecer a Deus pelo que foi possível realizar nesse período. Não quero aqui fazer à ligeira nenhuma avaliação; cabe ao Povo e às Instituições democráticas do País fazê-lo. O único sinal que não posso deixar de mencionar é minha alegria em verificar que o combate à miséria, à fome e à exclusão, objetivo central do nosso programa de Governo, vai avançando e já produz frutos concretos. Ao mesmo tempo, quero olhar para frente e reiterar que nos próximos dois anos e meio estaremos absolutamente tomados pelo propósito de lutar para que a Sociedade Brasileira atinja um patamar de justiça e desenvolvimento sustentável em que a vida, tal como pregado na última Campanha da Fraternidade, encontre plenitude e dignidade.

“Quero desejar que Deus ilumine as mentes e corações de cada um dos Senhores nestes dias e que as decisões desta Assembléia sejam as mais sábias de fecundas para a vida do nosso Povo.

“Com respeito e fraternidade,

“Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República Federativa do Brasil”

Fonte: O Globo

Explosão destrói igreja e deixa sete feridos nos Estados Unidos

Pelo menos sete pessoas ficaram feridas ontem quando uma explosão, aparentemente causada por um acúmulo de gases, destruiu uma igreja na comunidade de Oconomowoc, no estado de Wisconsin (Estados Unidos).

Fontes da Polícia disseram que a explosão ocorreu depois que um grupo de trabalhadores esteve no local fazendo consertos de esgotos.

Brian Manthey, porta-voz da empresa WE Energies, que abastece gás a localidade, disse que recebeu uma ligação de um dos funcionários, que lhe informou que tinha sentido cheiro de gás e que era provável que um duto tivesse se rompido.

Um dos trabalhadores de emergência enviados pela WE Energies ao local ficou ferido pela explosão. Três homens, uma mulher e dois bombeiros ficaram levemente feridos.

A igreja, construída no início do século passado, virtualmente desapareceu como resultado da explosão, informou Kenneth Herro, vereador do condado de Waukesha, onde se encontra Oconomowoc, uma localidade de 12.500 habitantes 45 quilômetros ao oeste de Milwaukee.

Fonte: EFE

China oculta repressão a protestos de muçulmanos

Protestos da minoria muçulmana uigur, na província de Xinjiang, foram reprimidos e abafados pelo governo chinês. Eles aconteceram nos últimos dias 23 e 24, mas só foram revelados ontem.

A Rádio Free Asia (Ásia livre), financiada pelo governo americano, noticiou que 600 pessoas se manifestaram contra a repressão religiosa e a falta de autonomia na cidade de Khotan, em Xinjiang. Centenas teriam sido presas, segundo a emissora, e a cidade está fortemente vigiada pelo Exército.

Nem a TV estatal chinesa nem os jornais oficiais tocaram no assunto na última semana. Apenas uma nota no site da Prefeitura de Khotan reconhece os distúrbios.

“Um pequeno número de elementos tentou incitar separatismo, criando distúrbios em um mercado e até tentando criar uma revolta”, diz o site.

A manifestação na Província do Noroeste chinês, a 4.000 km de Pequim, reuniu, em sua maioria, mulheres muçulmanas que protestavam contra a proibição do uso do véu e pediam mais autonomia para a região, rica em petróleo e gás.

Uigures contactados pelo jornal “The New York Times” disseram não querer falar sobre o assunto. Mas cidadãos da etnia han, majoritária na China, contaram que os protestos reuniram pelo menos 500 pessoas.

A tensão em Xinjiang aconteceu dez dias após os violentos protestos em Lhasa, capital do Tibete, depois da prisão de vários monges budistas.

Tibetanos e uigures são as duas minorias étnicas mais controladas e com menos autonomia da China -em ambas, a religião é tratada como um problema pelo regime chinês.

“Celebrar feriados religiosos, estudar textos religiosos ou demonstrar a religião usando véu ou outros símbolos são proibidos nas escolas públicas. O governo chinês impõe vetos em quem pode ser um clérigo, que versão do Corão pode ser utilizada e onde encontros religiosos podem ser realizados”, acusa, em nota, a ONG Human Rights Watch.

Terrorismo

No mês passado, as autoridades chinesas anunciaram que conseguiram abortar um atentado organizado por terroristas uigures contra a Olimpíada de Pequim. Mas jamais deram maiores detalhes do caso.

No início dos anos 90, uigures em Xinjiang organizaram grandes protestos, atacando e assassinando autoridades chinesas. O governo chinês diz que 162 pessoas foram mortas, em eventos sucedidos por uma violenta repressão na Província.

O governo chinês já acusou grupos uigures de ter conexão com a rede terrorista Al Qaeda.

Há 16 milhões de uigures, etnia muçulmana que fala turco, metade deles na China. Nas décadas de 30 e 40, foi declarada ali a República do Turquistão Oriental, mas desde 1949, a região é dominada pela China.

Fonte: Folha de São Paulo

Rússia: Membros de seita ortodoxa atacam o líder

Os membros de uma seita ortodoxa russa que regressaram à superfície, após cinco meses de refúgio num abrigo subterrâneo, agrediram violentamente, quarta-feira, o líder da seita, provocando-lhe um traumatismo craniano.

De acordo com o vice-governador da região de Penza (a cerca de 700 quilômetros a Sudoeste de Moscovo), Oleg Melnitchenko, houve uma luta entre os membros da seita e o seu líder, o auto-proclamado profeta Piotr Kouznetsov.

Dessa contenda, resultou um «traumatismo craniano aberto» do líder da seita, Kouznetsov, segundo noticiou a agência de notícias russa Interfax.

Três dos últimos 14 membros da seita, incluindo um bebê de 20 meses, saíram do abrigo subterrâneo onde se encontravam desde há cinco meses e no qual esperavam o fim do mundo.

Os três elementos, uma mãe com duas crianças, foram convencidos por Kouznetsov, que foi transportado de um hospital psiquiátrico onde estava internado, a abandonar o abrigo.

A seita estava refugiada, desde Novembro de 2007, num abrigo subterrâneo, para se proteger do fim do mundo que, no seu entender, ocorreria em Maio de 2008.

A seita ameaçava fazer-se explodir caso a polícia tentasse retirá-los à força.

Fonte: Lusa – Portugal

David Ortiz: uma vida dedicada aos judeus messiânicos

O pastor David Ortiz, um judeu messiânico cujo quatro dos filhos mais velhos estão servindo nas forças de defesa israelenses (exército), tem vivido em Ariel com a família, enquanto pastoreia uma pequena congregação de judeus que reconhecem a vinda de Cristo.

Ariel é uma cidade grande administrada pela Autoridade Palestina em West Bank. Para os judeus é a capital de Samaria, enquanto que para os árabes muçulmanos é apenas outro assentamento israelense não desejado.

Por muitos anos ele vem testemunhando sobre Jesus para os árabes muçulmanos em West Bank.

Por causa do seu ministério e de sua postura pessoal ele já recebeu um tiro e foi espancado, enquanto o Hamas emitiu um fatwa (pronunciamento legal do islã) contra ele para o crime de conduzir um muçulmano na fé em Jesus.

Com base nisso, ele vem recebendo rejeição e hostilidade aberta por parte de judeus ortodoxos radicais.

No último dia 20 de março, um pacote foi entregue na casa dos Ortiz. Parecia convidativo, mas assim que Ami Ortiz, o filho de 15 anos do pastor David, abriu o pacote uma bomba poderosa foi detonada ( leia mais).

Apesar da sobrevivência milagrosa de Ami ele necessita de orações urgentes por cura. O corpo de Ami ficou bastante queimado e foi severamente atingido.

Saúde extremamente debilitada

Estilhaços atingiram o pescoço dele; ambos seus braços estão quebrados; ele perdeu dois dedos do pé; um olho foi perfurado e não foi recuperado; enquanto dez pedaços de parafusos de metal quentes penetraram os pulmões dele. Ami está em um coma medicalmente induzido.

Esta família está pagando um preço muito alto pela fidelidade deles para com o evangelho. A bomba era tão poderosa que causou um dano extenso na estrutura da casa. Autoridades estão investigando o caso. Os responsáveis ainda não foram identificados.

• Por favor, ore pela plena recuperação de Ami Ortiz, pela vida de seus pais David e Leah e demais membros desta família.

• Ore pela igreja messiânica em Ariel; para que seus membros testemunhem o amor de Cristo e mantenham relações cordiais com os vizinhos.

• Ore pela paz entre judeus e muçulmanos na região e para que eles encontrem o verdadeiro amor pregado por Jesus Cristo.

Fonte: Portas Abertas

Organizações internacionais unidas em oração pela China

Organizações cristãs influentes que defendem a liberdade religiosa e trabalham com os cristãos perseguidos e igrejas ao redor do mundo lançaram ontem uma campanha de oração global pelo país sede dos Jogos Olímpicos de 2008.

As sérias violações registradas nos últimos meses têm chamado a atenção do mundo para o desrespeito aos direitos humanos praticados no país.

Portas Abertas, Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês), Christian Solidarity Worldwide, Voz dos Mártires e a Comissão de Liberdade Religiosa da Aliança Evangélica Mundial, que representa milhões de cristãos evangélicos, são alguns Parceiros da Liberdade Religiosa (RLP, sigla em inglês) signatários da Declaração de Zurique.

Em uma declaração conjunta, as organizações disseram que embora a China tenha feito um “progresso importante” durante as últimas décadas, ainda terá que “remover muitos obstáculos à expressão plena da fé”.

Avanço

“Apesar dos muitos obstáculos, a Igreja na China se multiplicou nas últimas décadas”, lembra Johan Compajen, da Portas Abertas. “O que parecia impossível no passado aconteceu, participamos dessa corrente de oração ao lado dos irmãos e irmãs chineses que estão dispostos a pagar o preço por Jesus”, explicou.

“Se continuarmos orando, podemos ser surpreendidos dentro de 30 anos”, disse ele.

Mervyn Thomas, da Christian Solidarity Worldwide, diz que “ainda há um longo caminho para se obter e manter a liberdade religiosa na China, visto que ela ainda é desconhecida de muitos cristãos chineses.”

“Porém, cristãos do mundo inteiro têm orado por muitos anos pelos irmãos chineses e eu acredito que nós estamos começando a ver o impacto dessas orações hoje”, complementou ele.

Desafio

“A convocação à oração é para que possamos reconhecer algum progresso na atitude da China em relação à liberdade religiosa e também quanto ao papel que os cristãos desempenham em todos os níveis de sociedade chinesa”, disse ele.

A Anistia Internacional, uma organização secular, não está otimista com a situação na China. Em um relatório, o grupo detalhou quase 24 casos de prisão de defensores de direitos humanos durante os preparativos para os Jogos Olímpicos.

“A sanção severa contra ativistas se aprofundou, não diminuiu por causa da Olimpíada de Beijing e não parece que vai mudar”, advertiu Irene Khan, diretora geral da Anistia Internacional.

Pontos para orar:

– A repressão aos líderes cristãos chineses aumentou. Muitos estão presos sem qualquer acusação ou sob a acusação de conspiração contra o regime ou a economia. Ore para que eles sejam soltos de forma milagrosa.

– O Comitê Olímpico de Beijing limitou a entrada de Bíblias no país: apenas uma por pessoa, para uso pessoal. Ore para que milhares de exemplares e materiais de apoio ao evangelho cheguem aos cristãos locais.

– Ore para que as igrejas locais ( que não têm muito material de estudo da Bíblia) não caiam na armadilha de falsas interpretações da Palavra de Deus.

– Muitos chineses nunca ouviram falar de Jesus. Ore para que os visitantes estrangeiros da Olimpíada consigam deixar sementes de fé no país.

– Ore para quebrar as barreiras impostas pela cultura materialista chinesa. Ore para que o Senhor abra os corações do povo para entender a graça e o amor do Senhor ( para alguns povos é difícil entender uma relação franca, de amor e sem troca, como deve ser a nossa relação em Cristo).

– Peça por mais líderes cristãos, preparados, capacitados e ungidos na sabedoria de Deus para toda a boa obra.

– A mídia internacional tem destacado apenas a repressão aos monges do Tibet, enquanto milhares de cristãos estão presos, torturados e são privados de gêneros de primeira necessidade. Ore para que essa situação se torne visível ao mundo e seja completamente transformada.

– Ore para que haja uma efetiva liberdade religiosa na China e para que o povo não seja escravizado dentro deste sistema híbrido capitalista, que oscila entre práticas econômicas liberais e rígidas regras que remontam aos tempos do pleno comunismo.

Fonte: Portas Abertas

Grupo vai “abraçar” o STF para pedir liberação de pesquisas com células-tronco

Entidades que apóiam as pesquisas com células-tronco embrionárias prometem fazer um “abraço simbólico” no prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, para pedir a liberação desses testes. O protesto, marcado para o próximo sábado (5), é capitaneado pela ONG Movimento em Prol da Vida.

A manifestação está marcada para às 10h30, em frente ao STF. No mesmo dia, devem ocorrer protestos também em São Paulo e no Rio. O objetivo é fazer com que o STF defina logo qual o futuro das pesquisas com célula-tronco no Brasil.

No dia 5 de março, o Tribunal adiou essa decisão: um pedido de vista do processo feito pelo ministro Carlos Alberto Menezes Direito suspendeu temporariamente o julgamento.

Segundo a ONG, a data do protesto foi escolhida por marcar o período de um mês desde o adiamento da decisão. A organização espera reunir cerca de 200 pessoas, entre portadores de doenças neurodegenerativas e seus amigos e familiares, representantes de entidades que apóiam a causa, atletas com necessidades especiais e motociclistas.

Eles estarão “de mãos dadas pedindo ‘sim às pesquisas e não à protelação”, diz o grupo, em nota. “As pesquisas com células-tronco embrionárias significam esperança de cura e melhoria de vida para milhares de pessoas”, afirma.

No Rio, a manifestação começa às 9h, na calçada do Copacabana Palace, na avenida Atlântida. Pessoas que apóiam a causa vão distribuir material sobre o assunto no local. Em São Paulo, haverá uma caminhada para pedir a liberação das pesquisas. A concentração começa às 13h, em frente ao Teatro Municipal, no centro.

O julgamento interrompido diz respeito à ação que pede a exclusão do artigo 5º da Lei de Biossegurança. O artigo permite a utilização em pesquisas de células-tronco embrionárias fertilizadas in vitro e não utilizadas.

A regulamentação prevê que os embriões usados estejam congelados há três anos ou mais e veta a comercialização do material biológico. Também exige a autorização do casal.

A ação foi proposta em 2005 pelo então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, que defende que o embrião pode ser considerado vida humana.

Fonte: Folha Online

Semana de Oração completa 100 anos

“Orai sem cessar” é o chamado da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que em 2008 comemora seu centenário desde a primeira celebração, nos Estados Unidos. A Semana terá lugar de 4 a 11 de maio.

Ainda que milhares de cristãos ao redor do mundo orem pela unidade há exatos cem anos, a proposta quer significar um renovado encorajamento à oração”, diz o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) na apresentação da cartilha da Semana.

Há 100 anos, o padre anglicano Paul Wattson, de Graymoor, Estado de Nova Iorque, inaugurava uma oitava de oração pela unidade dos cristãos, celebrada pela primeira vez de 18 a 25 de janeiro de 1908.

Em 1966, a Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, da Igreja Católica, uniram-se na promoção da Semana de Oração.

No Brasil, a celebração da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos completa 25 anos, a mesma idade do Conic, que, desde a sua fundação, a promoveu em terras brasileiras.

A Semana de Oração de 2008 encerra em si uma quádrupla comemoração: o centenário da prática comum de oração, os 25 anos do Conic, o processo de preparação para os festejos do centenário da Conferência de Edimburgo, Escócia, e o processo de organização da Campanha da Fraternidade Ecumênica, agendados para 2010.

A Conferência de Edimburgo, ou Congresso Missionário de Edimburgo, de 1910, é considerada, simbolicamente, o marco de nascimento do movimento ecumênico moderno. O encontro colocou em destaque a superação das divisões entre os cristãos.

“Não queremos simplesmente comemorar. Desejamos também refletir sobre o significado dessa caminhada. São anos de busca do melhor modo de estar a serviço do projeto de Deus. Não se faz um trabalho sólido nessa área por decreto: é algo que tem que amadurecer no coração das pessoas e das igrejas”, destaca a cartilha da Semana, editada pelo Conic.

A Semana de Oração pela Unidade desafia cristãos de diferentes denominações a celebrarem em conjunto, partilhando púlpito, igrejas e experiências.

Fonte: ALC

Filme contra o Islã demonstra a força da intolerância na Holanda

Slotervaart, um bairro com a reputação de “problemático”, situado a oeste de Amsterdã, na Holanda, tem sido objeto de uma vigilância reforçada depois da difusão na Internet do filme “Fitna”, realizado pelo deputado populista de direita Geert Wilders.

Há várias semanas, a polícia, com os assistentes sociais, vinha planejando estratégias de intervenção destinadas a acalmar a cólera que poderia ter sido provocada por este curta-metragem, cujo objetivo declarado é denunciar a intolerância do Alcorão.

“Nenhuma ocorrência foi registrada, mas uma centelha ainda poderia provocar o incêndio”, declarou um porta-voz da polícia do distrito de Amsterdã/Amstelveen no dia que se seguiu à sua exibição. “Tudo dependerá possivelmente da cobertura do evento pelos canais de televisão estrangeiros”. Visíveis em quase todas as varandas dos alojamentos exíguos do Slotervaart, instaladas ao lado da roupa que seca com dificuldade e dos tapetes para oração muçulmanos, antenas parabólicas permitem captar as estações de rádio árabes e turcas. “Mas, atenção: aqui nós não estamos no Bronx nem nos subúrbios de Paris”, comenta com bom humor Simon, um antilhano que entregava pizzas até abrir uma loja que fica aberta durante a noite.

Há alguns meses, carros haviam sido incendiados no Slotervaart. Depois da morte suspeita de um jovem marroquino, enfrentamentos com a polícia haviam agitado bairro durante várias noites. Contudo, se este bairro passou a ser o centro das atenções a partir de 2004, foi pelo fato de ser o local onde morava Mohamed Bouyeri, o assassino do cineasta Theo Van Gogh. Por influência de uma mesquita radical, este jovem rapaz nascido na Holanda foi doutrinado pelo fundamentalismo religioso e assassinou numa rua muito movimentada o sobrinho-bisneto do célebre pintor, autor de um filme crítico em relação ao Islã. Neste momento, com a estréia deste curta-metragem de Geert Wilders, a Holanda tem a impressão de estar revivendo, de uma forma diferente, os fatos que precederam aquele crime que tanto os revoltou.

Do outro lado de Amsterdã, no seu vasto escritório decorado de branco, o sociólogo Paul Scheffer não esconde sua preocupação em relação à “grande confusão” que reina em seu país. Na sua opinião, a mídia trata mal a questão do Islã, que em geral costuma ser considerada por um ângulo puramente conflituoso. “Para solucionar os problemas, talvez seja necessário antes vivermos situações de conflito”, diz Scheffer com esperança.

Mas ele deplora que a Holanda esteja misturando as questões de religião, imigração, delinqüência e terrorismo, e esteja vacilando entre o radicalismo de Wilders e a atitude ambígua do governo democrata-cristão de Jan Peter Balkenende. Este último havia estudado a possibilidade de mandar proibir a exibição de “Fitna” para evitar uma repetição do caso das caricaturas dinamarquesas de Maomé. “Wilders nem sequer existiria sem as ameaças dos radicais, e os radicais precisam de Wilders”, deplora Paul Scheffer. Sobre Balkenende, diz o sociólogo: “ele disse que a liberdade religiosa é indispensável, mas esqueceu-se de acrescentar que ela é inseparável da liberdade de expressão”.

Já em 2000, o sociólogo, um simpatizante da esquerda trabalhista, questionava o funcionamento da sociedade holandesa por favorecer uma espécie de “desenvolvimento em separado”. Esperava-se dos cerca de 850.000 muçulmanos (que correspondem a 6% da população) que eles encontrassem “naturalmente” o seu lugar dentro do sistema dos “pilares” político-religiosos. Enquadrados pelos imames (sacerdotes), ajudados por subvenções que lhes garantiam escolas, locais para praticarem o seu culto e direitos sociais, os muçulmanos deveriam supostamente encontrar o seu caminho sem interferirem no bom andamento da vida pública. Enquanto o liberal Frits Bolkestein havia preconizado que o poder público levasse em conta “o grau de ódio” dos holandeses para com os turcos e os marroquinos, Paul Scheffer havia fustigado um sistema de “vasta tolerância e de integração reduzida, próprio para aumentar as desigualdades e a alienação e que estava ameaçando a paz social”.

Inicialmente tachado de “racista”, o sociólogo foi se tornando uma referência para um grande número de dirigentes de todas as tendências políticas, que acabaram se convencendo de que a sua sociedade estivera equivocada ao se considerar invulnerável. A idéia – que foi evidenciada por vários inquéritos – segundo a qual uma parte da comunidade muçulmana vem se radicalizando, seguiu o seu caminho: o país, onde a vertente sunita permanece majoritária, contaria alguns milhares de elementos radicais, além de 20.000 a 30.000 pessoas “favoráveis às vertentes extremistas”, segundo explica o professor Afshin Ellian. Este jurista nascido em Teerã, professor na Universidade de Leyde, conta com a proteção de um esquema de segurança em tempo integral: ele denunciou os radicais muçulmanos que recusam as leis holandesas.

Segundo um recente relatório do Conselho da Europa – contestado pelas autoridades de Haia, a capital política do país -, a Holanda se tornou o país mais avesso ao Islã em toda a Europa. O movimento de reação por parte da sociedade foi desencadeado pelo gesto de Mohamed Bouyeri e pela cólera de Ayaan Hirsi Ali. O assassino de Theo Van Gogh havia enfiado no coração da sua vítima um punhal junto com uma mensagem dirigida à co-roteirista do filme, Ayaan Hirsi Ali, uma refugiada de origem somali que se tornara deputada. A jovem mulher havia se transformado no alvo de críticas por ter “polarizado” o debate holandês ao julgar que o Islã, segundo ela uma religião monolítica, era incompatível com uma sociedade laica. Ela foi então obrigada a deixar a Holanda, depois de ver a ministra da imigração, Rita Verdonk, tentar retirar-lhe a sua nacionalidade holandesa. Ameaçada de morte, ela vive atualmente em Washington.

“De fato, os dois principais partidos, o democrata-cristão e o trabalhista, ficaram satisfeitos por vê-la ir embora, em 2006”, afirma Afshin Ellian. Para o escritor Ian Buruma, nascido na Holanda e autor de “Alguém matou Theo Van Gogh” (cuja edição francesa é publicada por Flammarion, 2006), “ao longo dos últimos séculos, ninguém sacudiu tantas coisas na Holanda quanto Ayaan Hirsi Ali”.

Em todo caso, o debate que foi instaurado por este episódio está longe de estar encerrado. Ele provocou não só uma focalização das atenções em torno do Islã, como também em relação aos casamentos forçados, aos crimes de honra e às agressões contra os homossexuais, todas essas sendo realidades que até então eram mantidas sob silêncio. Alguns dias atrás, as polícias de Amsterdã e de Nilmegen puseram para funcionar um plano contra aquilo que elas chamam de “crimes de ódio”: os ataques (numerosos) contra gays, por parte de jovens magrebinos (originários dos países da África do Norte), além dos atos de violência contra estrangeiros em razão da sua religião.

Em Slotervaart, Hussein, 19 anos, um estudante em mecânica, não conheceu nem “Mo” Bouyeri nem a sua vítima. Mas, em contrapartida, este jovem rapaz de origem marroquina tem uma opinião formada a respeito de Geert Wilders: “uma barata”. O que diz o rapaz do fim que precisa ser reservado ao cineasta? “O desprezo, ou ainda…” Então, Hussein, rindo, faz um gesto com a mão, imitando a lâmina que corre de uma orelha para a outra.

No bairro onde ele mora, os prédios, de cor marrom, são de tamanho humano e os espaços verdes foram preservados. Mas estamos muito longe dos canais românticos e das casas nobres de arquitetura romana do centro da cidade. Falando num holandês desajeitado, Hussein resume as contradições e as frustrações de uma geração: da mesma forma que 71% dos jovens de origem marroquina, interrogados por uma vasta pesquisa pública a respeito das relações entre os estrangeiros – os “alóctones”, como dizem aqui – e os “autóctones”, ele se diz “antes feliz”. Ele gosta “até que bastante” do seu bairro. Mas ele denuncia a escola, que “causa tédio”, além da “condescendência” dos serviços de assistência social, a “hipocrisia” dos patrões que relutam a lhe dar um emprego, e ainda o esquema de vigilância constante que vem sendo mantido pela polícia desde os incidentes dos últimos meses.

Esses atos de violência, que ocorrem raramente no país, impressionaram os meios de comunicação. Elas motivaram as autoridades a agirem: 200 famílias, quase todas estrangeiras, deverão em breve deixar o seu alojamento social. Elas são motivos de queixas por causarem “constrangimentos”, segundo a expressão politicamente correta em vigor. O que, no caso, significa “barulho, sujeira e destruições”, conforme detalham os serviços municipais.

“A sociedade precisa reagir com prudência”, rebate Sadik Harchaoui. Este trintão nascido no Marrocos preside o Forum, um “instituto dedicado ao desenvolvimento multicultural”, baseado em Utrecht. Ao percorrer o país no momento em que o debate provocado por Geert Wilders está envenenando a vida pública, ele constatou com espanto sobretudo a moderação do “muçulmano médio”: “A atitude da maioria dos muçulmanos é tranqüila, patriótica, leal”.

Paul Scheffer, por sua vez, diz estar em busca “das modalidades ideais de convivência às quais aspira a maioria de todos os que vivem aqui”. Em todos os debates dos quais ele participou nos últimos oito anos, ele diz ter ficado impressionado com dois momentos excepcionais: o dia em que uma holandesa estava chorando porque não reconhecia mais o seu bairro, que passara a abrigar uma mesquita. E aquele em que uma marroquina se disse angustiada com a idéia de ver o seu filho “se perder numa sociedade tão esquisita”. Ele gostaria de colocar, um dia, estas duas mulheres frente a frente.

Adotando uma posição radicalmente oposta, Geert Wilders reclama a suspensão total da imigração, o fim da construção de mesquitas (já foram construídas cerca de 500 em todo o país) e o cancelamento das subvenções concedidas às escolas corânicas (atualmente existem 42). Ele quer também que os delinqüentes muçulmanos sejam condenados a perder a sua nacionalidade holandesa. “Ele é louco demais”, diz Hussein.

Fonte: Le Monde

Portugal: Igreja Católica acusa o Governo de “facilitismo”

A igreja contesta o fim do divórcio litigioso e acusa o Governo de querer desagregar as famílias. O fim do divórcio litigioso está causando nova discordância entre a Igreja Católica e a maioria socialista. A igreja fala em “facilitismo” e acusa o Governo de querer desagregar as famílias.

O amor é uma construção permanente, não é algo que se sente num dia e noutro não. Não há relação de amor sem maus momentos. É esta a posição da igreja.

O PS quer reduzir para um ano, ou até menos, o período de separação de fato para um divórcio ser decretado. Na quinta-feira, o Parlamento aprovou um projeto-lei do Bloco de Esquerda que reduz de três anos para um ano a separação de fato.

Os socialistas vão ainda mais longe e agendaram para meados de Abril a discussão de um projecto-lei para acabar definitivamente com os divórcios litigiosos.

A igreja assume publicamente a divergência e acusa o Estado de querer fomentar no País uma cultura individualista e de desagregação das famílias.

Este conflito entre Igreja Católica e Socialista já não é novo. O último grande desacordo foi em 2007, altura da despenalização do aborto.

Fonte: TVI – Portugal

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