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Jesus celebrou Santa Ceia reclinado em almofadas, sugere arqueologia

Refeição com apóstolos provavelmente aconteceu em móvel em U, o chamado triclínio. Inconsistências nos Evangelhos não deixam claro se grupo celebrou a Páscoa. A reconstrução da ceia, feita por historiadores e arqueólogos, baseia-se nos costumes no século I d.C. no Império Romano, inclusive na Palestina de Jesus.

Esqueça a boa e velha mesa: ao contrário do que achava Leonardo da Vinci, a Santa Ceia provavelmente aconteceu em torno de um triclínio, um móvel baixinho e em forma de U que era o mais empregado em celebrações da Antigüidade. E, tal como os convivas dos banquetes gregos e romanos, Jesus Cristo e os apóstolos provavelmente comeram pão e vinho reclinados sobre a mesa.

A reconstrução da ceia, feita por historiadores e arqueólogos, baseia-se nos costumes prevalentes durante o século I d.C. em todo o Império Romano, inclusive na Palestina de Jesus. Achados arqueológicos em Pompéia e outros locais do Império mostram que os convidados de uma refeição entravam numa sala especial e logo se deparavam com o triclínio, que ficava com sua parte aberta voltada para eles, como um U invertido.

Essa abertura permitia que os alimentos e bebidas fossem trazidos para a “mesa” e distribuídos nela. Em volta dos braços do triclínio, os convidados se dispunham numa ordem hierárquica: o lugar de honra era o meio do “braço” esquerdo. Almofadas ou “tatames” especiais eram usados para acolchoar o chão em volta do triclínio. Para comer, os convivas se reclinavam sobre seu braço esquerdo e manuseavam alimentos e bebidas com a mão direita.

Ao longo do tempo, conforme os costumes se transformavam, a arte cristã passou a representar a Santa Ceia com mesas e cadeiras. Em várias comunidades cristãs, surgiu o costume de realizar banquetes que celebravam a morte e ressurreição de Jesus, os chamados ágapes, em que todos se sentavam à mesa para comer e beber.

Páscoa judaica?

Algumas contradições entre os quatro Evangelhos deixam no ar uma dúvida sobre as circunstâncias exatas da Santa Ceia: teria ela acontecido como o banquete que celebra a Páscoa judaica, o chamado Seder? Os três primeiros Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) dão a entender que sim, enquanto o de João parece dizer que não. A refeição festiva da Páscoa judaica é o começo das celebrações da libertação dos israelitas do domínio do Egito, e foi para celebrar a Páscoa que Jesus e seus discípulos viajaram até Jerusalém.

Se a Última Ceia foi realmente um Seder, dá para ter uma idéia mais claro do cardápio consumido por Jesus e seus discípulos: o pão necessariamente teria sido feito sem fermento, conforme a tradição judaica; além do vinho, haveria carne de cordeiro e ervas amargas. No entanto, não há menção ao cordeiro (animal de forte simbolismo religioso para os antigos judeus) nos textos bíblicos sobre a Santa Ceia.

Além disso, o evangelho de João diz que Jesus foi crucificado no dia da preparação para a Páscoa, ou seja, na véspera da grande festa judaica — tanto que os líderes judeus teriam pedido para que o corpo dele fosse retirado da cruz antes do início das celebrações. (O cadáver exposto transmitiria impureza ritual, “contaminando” o ambiente sagrado da Páscoa e do sábado judaico.) Se essa interpretação estiver correta, a Última Ceia foi apenas uma refeição festiva, sem ligação direta com as refeições pascais judaicas.

Fonte: G1

Milhares de peregrinos acompanham reconstituição da última ceia em Jerusalém

Milhares de peregrinos cristãos vindos de todo o mundo acompanharam ontem com devoção a véspera da crucificação de Cristo em Jerusalém, onde é reconstituída a última ceia com seus discípulos e a oração no Jardim do Getsêmani.

As comemorações da Quinta-feira Santa se iniciaram pela manhã com uma missa pontifical no Santo Sepulcro, na qual foi realizada a cerimônia do Lava-pés de 12 membros da comunidade cristã, semelhante à feita por Jesus com cada um de seus discípulos.

O Evangelho destaca que o Lava-pés que antecedeu a Santa Ceia representa uma mostra do amor fraterno, que começa pelos mais necessitados.

Ao meio-dia a Basílica – onde amanhã, Sexta-feira Santa, será encerrada a procissão da Via-Sacra – fechou suas portas por alguns minutos, reabrindo-as posteriormente, seguindo uma tradição que lembra a véspera da crucificação de Cristo.

As ruas de pedra da cidadela antiga de Jerusalém se encheram de peregrinos de várias religiões cristãs, que se amontoavam junto a sacerdotes que os serviam de guias para acompanharem de perto a jornada pascal na qual Jesus instituiu a Eucaristia e o amor fraternal.

Do centro da Cidade Santa os peregrinos se dirigiram à tarde ao Cenáculo para a cerimônia da última ceia, acompanhando uma procissão de frades franciscanos que terminou com um emocionado “Pai Nosso” recitado em vários idiomas.

Os franciscanos também leram em italiano, espanhol, árabe, francês, inglês, alemão, hebraico e latim várias passagens do Evangelho nos quais eram descritos os fatos ocorridos durante o jantar pascal hebreu que aconteceu em uma quinta-feira.

O Cenáculo é um local sagrado, disputado pelo Vaticano e que está sob controle do Estado de Israel desde que este o ocupou em 1948; só é aberto aos católicos duas vezes ao ano, na Quinta-feira Santa e em Pentecostes.

“É o local onde Jesus celebrou a última ceia, onde é lembrado o mandamento do amor, a Eucaristia, e aqui Jesus aparece para os apóstolos após sua ressureição”, explica a salesiana Mercedes Mateos, coordenadora de uma irmandade em Jerusalém.

O simbólico oratório foi seguido no fim da tarde por uma missa na Basílica da Agonia, junto ao Jardim do Getsêmani, onde Jesus se retirou para orar antes de ser entregue por seu discípulo Judas e detido pelos guardas do templo.

Ali a noite é lembrada com uma prece silenciosa conhecida como “Hora Santa” ou “oração do jardim”, onde oito oliveiras milenares de tronco retorcido são fiéis testemunhas da passagem do tempo.

O frei franciscano Jesús Baraona, destaca a grande convergência de peregrinos latino-americanos.

“Vimos muitos vindos do Brasil, México, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, de todo América Latina. Este é o lugar mais significativo do cristianismo, onde foi santificado Jesus Cristo”, explica.

Fonte: EFE

Crucificações e autoflagelos marcam a Sexta-Feira Santa nas Filipinas

Ao menos 30 pessoas pediram para ser crucificadas hoje em vários povoados do norte das Filipinas, enquanto dúzias de flagelados percorrem as ruas com as cabeças cobertas e as roupas ensangüentadas por ocasião das celebrações da Sexta-Feira Santa.

Em San Pedro Cutud, onde as crucificações se transformaram em um acontecimento anual que atrai milhares de turistas, 20 pessoas estavam dispostas a percorrer os dois quilômetros com a cruz nas costas para depois serem pregadas nela.

Um dos mais conhecidos é o carpinteiro Ruben Enage, 47, que hoje será crucificado pela 22ª vez desde 1985.

Enage tinha prometido cumprir a penitência 20 vezes quando se salvou milagrosamente, segundo ele, de uma queda de um andaime, mas cada vez que tentou deixá-lo após cumprir a promessa alguém de sua família caía doente.

“Continuarei fazendo até que meu corpo possa resistir a dor dos pregos de 15 centímetros nas palmas das minhas mãos e pés”, afirmou Enage nesta Semana Santa.

Embora as crucificações mais conhecidas sejam as de San Pedro Cutud, as mesmas paixão e penitência também são vividas em outras cidades do país, como em San Fernando ou em Santa Lúcia.

A hierarquia eclesiástica das Filipinas tinha pedido aos católicos que se abstenham este ano das freqüentes crucificações e flagelações de penitentes para não transformar em um circo a Semana Santa.

Filipinas adverte sobre riscos à saúde com crucificação

O ministério da Saúde das Filipinas recomendou que os penitentes católicos que participam dos rituais de flagelo e crucificação da Semana Santa se vacinem contra o tétano.

Durante a Sexta-feira Santa, dezenas de devotos católicos encenam a crucificação de Jesus Cristo, um evento que virou atração turística em várias partes do país.

De acordo com o correspondente da BBC em Manila Frances Harrison, o governo recomenda que os fiéis chequem o estado de seus chicotes antes de se auto flagelar.

Segundo as autoridades, o uso de chicotes em más condições de higiene aliado à atmosfera quente e empoeirada pode causar tétano e outras infecções.

Ainda segundo o governo, os pregos utilizados para prender os penitentes na cruz devem ser desinfetados. Geralmente os fiéis deixam os pregos de molho no álcool durante o ano.

Perdão

Os penitentes entoam o ritual da crucificação como uma forma de pedir perdão pelos pecados ou agradecer pelas graças recebidas.

Segundo o jornal filipino Manila Times, na cidade de San Fernando, no norte do país, foram improvisados três calvários, onde 23 pessoas, entre elas duas mulheres, devem ser crucificadas.

Ainda de acordo com o correspondente da BBC, algumas pessoas repetem a penitência todos os anos. Segundo ele, um vendedor de peixes será crucificado pela 15ª vez para agradecer pela recuperação da mãe, que contraiu tuberculose.

Com cabelos longos e barba, calçando sandálias e com uma coroa de espinhos, o homem será amarrado à cruz com um tecido e em seguida será pregado. Os pregos são enfiados nas cartilagens, evitando os ossos, diz o correspondente.

Fonte: BBC Brasil

Segredo sobre filme contra o Corão preocupa governo holandês

O sigilo em torno do conteúdo e data de lançamento de um filme sobre o Corão, realizado por um político holandês de direita, está complicando a vida dos serviços de segurança do país, disse o ministro da Justiça ao Parlamento da Holanda na quarta-feira.

Segundo o ministro Ernst Hirsch Ballin, o governo teria melhores condições de avaliar possíveis riscos caso soubesse quando o político populista Geert Wilders pretende lançar o filme e qual é o conteúdo, segundo a agência de notícias ANP.

Wilders considera o Corão um livro fascista que estimula a violência e diz apenas que pretende lançar neste mês o curta-metragem de 15 minutos na internet, já que as emissoras holandesas o recusaram.

Alvo constante de ameaças de morte por parte de militantes islâmicos, Wilders recusou-se a exibir o filme para autoridades de combate ao terrorismo, alegando que só permitiria isso se tivesse garantias de que a obra não seria proibida.

O governo teme o mesmo tipo de reação vista no mundo islâmico quando jornais dinamarqueses publicaram caricaturas do profeta Maomé, em 2006.

Por causa do lançamento do filme, a Holanda elevou neste mês para “substancial” o nível de ameaça à segurança nacional.

Fonte: Reuters

Muçulmanos lembram o aniversário do nascimento do profeta Maomé

Enquanto muitos cristãos celebraram ontem a Quinta-feira Santa, os muçulmanos lembraram o aniversário do nascimento do profeta Maomé há quatorze séculos, que no Egito se transformou em uma grande romaria, mas sem imagens.

Apesar de as ruas egípcias amanhecerem quase desertas com lojas, colégios e edifícios públicos fechados, conforme foi avançando o dia, foram recuperando seu burburinho habitual com muitas famílias que aproveitaram o dia festivo para passear ao ar livre e comer fora de casa.

A oração muçulmana do Asr (da tarde) marcou o início da romaria na qual fiéis, procedentes de todos os cantos do Egito, e de outros países muçulmanos, desfilaram pelas ruas do bairro islâmico do Cairo, em desafio às normas da ortodoxia muçulmana que não contempla tais excessos.

Como uma irmandade, os participantes da procissão, todos eles sufis, se agruparam segundo sua procedência, levando cartazes de diferentes cores, enquanto entoavam cantos religiosos que eram aclamados e aplaudidos pela multidão reunida para ver o desfile.

Muitas mulheres uivavam durante a passagem das confrarias, enquanto as crianças se ocupavam em recolher as balas que muitos atiravam e alguns idosos lançavam perfume na multidão.

O destino final da comitiva era a mesquita El Hussein – que faz referência ao neto de Maomé – muito venerado pelos egípcios, onde uma multidão de espectadores esperava por eles.

“Todos eles (os que desfilam) querem mostrar seu respeito a Maomé e se reunirão no túmulo de Hussein para pedir a Deus que seja piedoso com ele”, disse à Agência Efe, Mohammed Adel Abdel Halim, dono de um comércio situado em frente da mesquita, onde se afirma que está enterrada a cabeça do neto do profeta.

Halim declarou que o melhor desta festa é que “está aberta a todas as religiões”, enquanto apontava para os numerosos turistas que olhavam curiosos o que estava passando na rua.

Depois do desfile, os fiéis entraram na mesquita El Hussein para rezar, embora, após a oração, a festa prosseguirá até altas horas da noite.

O aniversário do nascimento do profeta Maomé, conhecido como Mawled Al Nabawi, é celebrado no dia 12 do mês Rabi Al-Awal, que é o terceiro mês do calendário muçulmano.

Maomé nasceu por volta do ano 570 depois de Cristo no oásis do Hiyaz, no centro ocidental da atual Arábia Saudita (perto de Meca), onde fundou e presidiu o Islã, até sua morte no ano 632.

Fonte:EFE

Eslovênia: UE respeita liberdade de expressão e de religião

A presidência eslovena da União Européia lembrou ontem que a UE respeita os princípios de liberdade de expressão e de religião, após a mensagem atribuída ao líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, que criticou os europeus.

Os membros da UE “respeitam o Islã e a igualdade perante as religiões”, e também apóiam o diálogo inter-religioso e intercultural, afirmaram fontes da Presidência rotativa da UE, atualmente presidida pela Eslovênia.

Em um novo vídeo atribuído a Bin Laden, divulgado na quarta-feira, a Al-Qaeda ameaçou a UE por sua atitude durante a chamada “crise das caricaturas” de Maomé publicadas em 2005 na Dinamarca e por seguir a política dos EUA.

As fontes da presidência rotativa insistiram que a UE, em sua prática da liberdade de expressão, considera que essa liberdade vem acompanhada de responsabilidades, por isso “deve se exercer com sensatez e respeito a crenças e religiões”.

Acrescentaram que, o entendimento e o respeito mútuo não poderão se realizar por meio da violência, “mas por meio de um diálogo pacífico, sob a proteção da liberdade de expressão”.

A UE celebra em 2008 o Ano Europeu do Diálogo Intercultural, uma iniciativa tratada pelos ministros comunitários do Exterior na reunião informal que celebrarão no final de mês em Brdo (Eslovênia).

Fonte: EFE

Pastor Zaur Balaev deixa a prisão, após anistia presidencial

O pastor Zaur Baleaev ganhou de volta sua liberdade após uma anistia concedida pelo presidente Ilham Aliev para marcar o festival de primavera de Novruz, no Azerbaijão. Segundo informações do Fórum 18, ele já deixou a 10ª colônia penitenciária de Baku.

Ilya Zenchenko, líder da União Batista do Azerbaijão, comemorou a liberação: “Nós agradecemos a Deus e a todos os que oraram e apoiaram Zaur”, disse ele ao Fórum 18. “Mas há muito trabalho a ser feito para defender a liberdade religiosa no Azerbaijão.”

Balaev foi anistiado por um decreto publicado no site presidencial, no último dia 18 de março, pelo presidente Ilham Aliev – que perdoou ainda 58 prisioneiros e reduziu a pena de outro.

De acordo com o Fórum 18, o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter foi um dos que intercedeu pela liberação de Zaur Balaev. Ele, inclusive, chegou a escrever ao presidente Aliev no dia 15 de fevereiro.

Desde que foi preso, o pastor Zaur Balaev sofreu dois ataques cardíacos e uma crise renal. Ele ficou confinado em uma cela sob condições terríveis, sem ventilação e sem vaso sanitário. Campanhas de oração foram feitas em prol da saúde dele. (relembre).

Liberdade

“Nós ganhamos – é uma grande alegria voltar a ser livre”, disse o pastor Zaur Balaev. Logo depois de deixar a prisão ele viajou por seis horas até a aldeia onde fica sua casa, em Aliabad, no noroeste do país.

Acusações infundadas

Balaev foi preso em maio do ano passado e condenado a dois anos de prisão no dia 8 de agosto de 2007, apesar de testemunhas declararem a inocência do pastor.

Ele, na época com 44 anos, foi sentenciado com base no artigo 315, que pune o uso da violência contra oficiais do Estado no exercício de suas funções com até três anos de prisão.

A primeira denúncia contra foi a de “condução ilegal de atividades religiosas sem a devida autorização estatal”, por causa do uso de músicas altas para atrair os jovens.

Na ocasião, o pastor havia sido preso sob a acusação de resistir à prisão e de soltar um cachorro para agredir os policiais que invadiram o culto presidido por ele no dia 20 de maio.

Depois que o advogado dele questionou a existência do cão, Zaur foi acusado de ter espancado cinco policiais e ter danificado a porta de uma viatura policial, apesar de ser baixinho e franzino.

Desde que Zaur Balev foi preso e condenado diversos outros protestantes foram ameaçados caso continuassem com as atividades cristãs.

Futuro da congregação

O Comitê Estatal para o Trabalho com Organizações Religiosas se recusou a dizer se de agora em diante a congregação que Balaev pastoreia poderá adorar sem obstrução e sem a obtenção de autorização estatal.

Por 13 anos o pastor Balaev tentou obter o registro para manter a igreja legalizada. Dentre os inúmeros exemplos de perseguição sofridos ao longo dos anos está a recusa de funcionários do governo em conceder certidões de nascimento aos filhos de membros da igreja. Os nomes de batismo deles foram considerados inaceitáveis por funcionários de Zakatala.

Ficha limpa

Apesar da alegria dos batistas pela libertação de Balaev, eles lembram que o pastor ficou com um antecedente criminal em sua ficha policial. “Zaur recebeu um certificado de que foi perdoado, enquanto o veredicto original ficou parado”, ressaltou Elnur Jabiev, secretário da União Batista.

A Suprema Corte do país ainda não respondeu à última apelação de Balaev, e os batistas ainda consideram levar o caso ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo, uma vez que o julgamento foi marcado por diversas violações aos direitos civis.

Fonte: Portas Abertas

Funcionário de livraria cristã é detido após visita de ex-muçulmano

O empregado de uma livraria cristã no Egito foi submetido a um interrogatório policial na última segunda-feira, 17, depois de ter sido detido durante o fim de semana por forças de segurança que também confiscaram livros, discos e exemplares de um jornal cristão.

Jan Fletcher, diretor executivo da ONG “Defensores dos Perseguidos”, disse que a detenção ocorreu um dia depois que Mohammed Hegazy entrou na livraria, aparentemente para comprar livros.

Hegazy é o primeiro muçulmano egípcio convertido a solicitar ao Tribunal Administrativo do Egito a mudança de sua afiliação religiosa no cartão de identidade nacional dele.

A petição dele foi negada pelo juiz Muhammad Husseini, em janeiro, que considerou ser contra a lei islâmica um muçulmano deixar o islamismo (leia mais).

Loja Cristã de Livros do Nilo

Shenouda Armia Bakhait foi detido no sábado, dia 15 de março, depois que a polícia invadiu “violentamente” a Loja Cristã de Livros do Nilo, no Cairo.

O líder da União de Mocidade Cristã Egípcia (ECYU, sigla em inglês), correu ao local e disse que dois oficiais seniores e oito policiais encapuzados “invadiram violentamente” a loja ao meio-dia sábado.

“O senhor Shenouda foi interrogado por mais de cinco horas pelo promotor e presidente do tribunal”, disse o presidente da ECYU, David Joseph, cujo nome egípcio é Nagy Atia, em uma declaração.

Joseph disse que, com base na lei egípcia, o funcionário da livraria deveria ter sido solto imediatamente, sem sofrer nenhuma lesão física. Se houvesse alguma base para a acusação, ele poderia ter sido mantido detido por quatro dias, tempo que permitiria uma investigação.

Contudo, diz ele, os interrogadores o detiveram durante a noite, com planos para continuar o interrogatório no dia seguinte. “Eles também pediram um relatório ao Escritório de Segurança Nacional egípcio sobre as atividades do senhor Shenouda e da livraria cristã.
Autoridades egípcias alegaram que poderiam deter o senhor Shenouda por até 40 dias, sem acusações, com base nas”leis de emergência do Egito”, disse Joseph.

Não se sabia nada sobre o paradeiro do senhor Shenouda até a libertação dele, no dia 17 de março.

A Loja Cristã de Livros do Nilo abriu em 2006 em um local que foi a primeira livraria do Cairo, em 1890. Cristãos reclamaram da pressão crescente de militantes islâmicos sobre os cristãos nessa nação que é predominantemente muçulmana.

Fonte: Portas Abertas

Estátua de Virgem Maria ‘chora’ no México

Milhares de católicos mexicanos estão visitando a vila de Pedro Escobedo desde domingo para ver uma imagem da Virgem Maria que, eles acreditam, estaria “chorando”.

A estátua, que tem cerca de meio metro de altura, está na capela da cidade há dois anos.

Os fiéis vem se reunindo em torno da imagem, tirando fotos e fazendo promessas.

Segundo residentes da vila, as supostas lágrimas foram detectadas quando a estátua retornou de uma peregrinação de bicicleta ao povoado vizinho de Soriano.

Os moradores teriam sido alertados por um menino de oito anos de idade depois que já tinham voltado para casa, mas ninguém sabe a identidade do menino.

A diocese de Queretaro disse que vai criar uma comissão especial para estudar o caso, mas que ainda não pode classificar o evento como um milagre.

Fonte: BBC Brasil

Opiniões do pastor de Barack Obama refletem tradição negra

Muitos eleitores norte-americanos ficaram chocados com as opiniões manifestadas pelo pastor de Barack Obama, pré-candidato do Partido Democrata à presidência dos EUA, mas não deveriam se surpreender, afirmaram líderes religiosos que conhecem as igrejas negras do país.

O ódio da discriminação, real ou imaginada, e as vivas memórias das injustiças sociais representam um traço comum do discurso dos negros norte-americanos e refletem-se em sua vida religiosa, dizem.

Obama criticou na terça-feira os comentários de seu pastor, Jeremiah Wright, e pronunciou um longo discurso sobre a questão racial nos EUA, realizado a fim de acabar com a polêmica que ameaçava tomar conta de sua campanha para conquistar a vaga do Partido Democrata nas eleições presidenciais de novembro.

Vídeos com os sermões de Wright, pastor da Igreja Unida da Trindade de Cristo em Chicago, têm sido reprisados nas TVs e vistos com bastante frequência na internet. As imagens mostram o líder religioso denunciando com veemência as políticas norte-americanas e a história do país em relação às raças.

Em um sermão, ele usa a frase “Deus amaldiçoe a América”, um anátema para muitos moradores desta nação extremamente patriótica. O impacto das palavras dele ganha uma força ainda maior devido ao alto volume de sua voz e à qualidade ruim de grande parte dos vídeos.

Obama, senador pelo Estado de Illinois, frequentou a igreja de Wright durante duas décadas. Segundo comentaristas, a ligação do pré-candidato com o pastor representa um problema porque coloca em dúvida seu bom senso, levanta perguntas a respeito do patriotismo dele e mina sua reputação de ser um político franco.

Esse fato ainda atinge um dos temas centrais de sua campanha, permitindo que os leitores questionem como Obama poderá ser um candidato da paz e da unidade raciais quando, durante duas décadas, manteve-se profundamente envolvido com um pastor cujas opiniões parecem contradizer a mensagem dele.

No entanto, as frustrações ligadas às questões raciais somadas a um desejo de ver corrigidas as injustiças alimentam os sermões de muitas igrejas negras, afirmou em uma entrevista o líder evangélico progressista Jim Wallis, que é branco.

“Há um grande montante de ódio na comunidade negra e nas igrejas negras. E o que incomoda neste caso é que a maior parte dos norte-americanos brancos se sentiria muito desconfortável na maioria dos sermões de domingo proferidos nas igrejas negras”, disse Wallis, fundador da comunidade e da revista Sojourners.

Fonte: Reuters

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