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Arquivamento de processo contra deputado, pastor da Igreja Quadrangular, será votado na próxima semana

O deputado e pastor Mário de Oliveira (foto à direita), do PSC-MG, é acusado de encomendar o assassinato do deputado e também pastor, Carlos Willian (foto à esquerda), do PTC-MG, crime que não ocorreu. Mário de Oliveira nega a acusação. Todos os envolvidos no caso são ou foram integrantes da Igreja do Evangelho Quadrangular, Em Minas Gerais.

Por “absoluta falta de provas”, a deputada Solange Amaral (DEM-RJ) apresentou nesta terça-feira ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar parecer em que pede o arquivamento do processo movido pelo PTC contra o deputado Mário de Oliveira (PSC-MG), acusado de encomendar o assassinato do deputado Carlos Willian (PTC-MG), crime que não ocorreu. Mário de Oliveira nega a acusação.

A votação do parecer foi adiada para a próxima terça-feira (18), às 14h30, porque os deputados Dagoberto (PDT-MS), Hugo Leal (PSC-RJ) e José Carlos Araújo (PR-BA) pediram vista do processo para analisá-lo melhor e evitar “que se cometam injustiças”.

Carlos Willian afirmou, após a reunião do conselho, que o pedido de arquivamento do processo não o surpreendeu. “É um relatório totalmente inconsistente, equivocado, sem aprofundamento e parcial. Não surpreendeu, pois já tinha idéia desde o início que poderia ser dessa forma”, afirmou. Já o deputado Mário de Oliveira considerou o parecer “de acordo com a verdade, com a justiça”. Ele disse que estava absolutamente tranqüilo e que nada devia.

Presunção de inocência

De acordo com o relatório de Solange Amaral, “sob o aspecto penal os fatos não indicam crime. Não houve homicídio, não houve tentativa de homicídio, e as ações objeto da acusação, além de negadas, constituiriam no máximo atos de preparação, o que não é crime na seara do direito criminal”. Em defesa do princípio da presunção de inocência, a relatora afirmou que “Mário de Oliveira é inocente neste conselho e no Poder Judiciário, até que se prove o contrário”.

Contudo, ela reconheceu que há “um alto grau de animosidade” entre os dois deputados e lamentou que “foram poucos os fatos que se puderam apurar”. Ela lembrou que o conselho não conseguiu ouvir a testemunha-chave, Odair da Silva, suposto intermediário na tentativa de contratar um pistoleiro para executar o parlamentar. Inicialmente, Odair havia deposto na Polícia Civil de Osasco (SP), onde foi preso, ocasião em que fez a denúncia originária do inquérito, que prossegue no Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao foro privilegiado dos parlamentares.

Tentativa de desmoralização

O relatório destaca que, num segundo depoimento “espontâneo”, dessa vez à Polícia Federal, Odair negou a trama do assassinato e inverteu a história, afirmando que se trataria de uma tentativa de desmoralização de Mário de Oliveira por Carlos Willian, que lhe teria prometido o pagamento de R$ 50 mil para levar adiante a história. O suposto motivo para isso, segundo Odair, seria a mágoa de Willian contra Oliveira por ter sido afastado da direção de uma rádio em Minas. Ele disse ainda ter sido torturado pelos policiais paulistas para apresentar a primeira versão da trama.

Para Solange Amaral, as circunstâncias da prisão de Odair não foram completamente esclarecidas e há inconsistências na história. “O policial que fez a prisão de Odair entrou em contradição várias vezes no depoimento a este conselho”, ressaltou a deputada. Todos os envolvidos no caso são ou foram integrantes da Igreja do Evangelho Quadrangular, presidida em Minas Gerais por Mário de Oliveira.

Ministério Público

Por meio de seus advogados, Carlos Willian distribuiu cópia do parecer do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Sousa, no qual o representante do Ministério Público afirma que as provas produzidas “efetivamente indicam que foi planejada a morte de Carlos Willian”, com base em conversas gravadas entre os envolvidos na trama.

O procurador afirma que, mesmo diante da alteração no depoimento posterior de Odair da Silva, “extrai-se que ele foi incumbido, por Celso Braz do Nascimento (também funcionário da Igreja Quadrangular), a mando de Mário de Oliveira, de encontrar um executor para matar Carlos Willian”. Ainda assim, o procurador pede o arquivamento do caso, já que “o crime não entrou no plano da execução”. E continua: “Apesar de acertados seus detalhes, como local e meio de cometimento, forma de pagamento do executor, dentre outros aspectos, a própria suposta vítima afirmou não ter sofrido qualquer atentado”.

O advogado Itapuã Messias, que representa o deputado Mário de Oliveira, afirmou que a Polícia Federal não teve interesse nenhum em investigar o caso, por não considerar a respeitabilidade de Mário de Oliveira e por ter preconceito contra políticos. Além disso, segundo ele, o Ministério Público não tinha maiores informações para confirmar se de fato houve a contratação de um pistoleiro para matar Carlos Willian.

Fonte: Portal da Câmara dos Deputados

Papa diz que escola deve oferecer mensagens éticas e religiosas

O papa Bento XVI afirmou hoje que a escola não deve ser apenas um local de aquisição de conhecimento, mas tem que oferecer também mensagens de caráter cultural, social, ético e religioso.

Bento XVI afirmou a alguns grupos de estudantes italianos que “a escola atual enfrenta grandes desafios no campo da educação das novas gerações”.

Por isto o Papa afirmou que a escola não deve ser apenas um local no qual se adquire conhecimento, mas deve oferecer também “aos alunos a oportunidade de aprofundarem mensagens de caráter cultural, social, ético e religioso”.

Depois, pediu aos jovens estudantes que querem seguir a Deus, que cuidem de “sua formação espiritual tentando compreender cada vez mais os ensinamentos da fé”.

Fonte: EFE

STF concede habeas corpus a fundadores da Igreja Renascer contra pedido de prisão

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu nesta terça-feira habeas corpus aos fundadores da Igreja Renascer em Cristo, os pastores Estevam Hernandes e Sônia Hernandes, contra a ordem de prisão preventiva decretada pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça) de São Paulo, em razão da suposta prática de lavagem de dinheiro.

A prisão teria sido decretada porque o casal não compareceu à audiência de instrução e julgamento e justificou a falta por meio de atestado médico, cujo responsável pelo documento não teria inscrição no CRM (Conselho Regional de Medicina).

Em sua decisão, o ministro Marco Aurélio Mello, relator do recurso, entendeu que o casal estava submetido a constrangimento ilegal ao considerar “extravagante” a prisão preventiva. Para o ministro, o fato de os Hernandes responderem a outros processos na esfera cível “não constitui base jurídica para o cerceio liberdade de ir e vir”.

“O fato [faltar a audiência] não viabiliza por si só a prisão preventiva”, afirmou o ministro. Marco Aurélio ressaltou que, conforme previsto no Código de Processo Penal, caso o acusado não compareça a juízo –momento posterior a citação por edital, mas tenha representante legal– não haverá suspensão do processo nem do prazo prescricional.

Em nota divulgada pela Renascer, a assessoria do casal explica que não há mais nenhum mandado de prisão contra os Hernandes no Brasil. Portanto, assim que cumprirem pena nos Estados Unidos, por conspiração e contrabando de dinheiro, poderão retornar e “prestar esclarecimentos em todos os processos” a que respondem na Justiça de São Paulo.

“Quando voltarem [dos Estados Unidos], poderão prestar os esclarecimentos devidos em todos os processos onde são acusados, grande parte proveniente de mera perseguição de que vêm sendo objeto constante, numa tentativa vã de intimidação, e que chega a buscar inclusive atingir seus seguidores, demonstrando claro preconceito religioso. É uma prática incompatível com a democracia brasileira, e que agora a decisão do STF afasta do caso”, diz a nota.

O casal foi condenado em agosto de 2007 pela Justiça norte-americana pelos crimes de conspiração e contrabando de dinheiro. Além de 140 dias de reclusão, Estevam e Sônia foram condenados a mais cinco meses de prisão domiciliar, mais dois anos de liberdade condicional e multa de US$ 30 mil para cada um. Estevam já cumpriu a pena de reclusão e Sônia começou em janeiro.

Fonte: Folha Online

Colômbia: Igreja vive entre guerrilhas, o narcotráfico e o risco de ser dizimada

Recentemente o mundo voltou a ouvir falar mais de grupos paramilitares na Colômbia, do seqüestro de pessoas e da libertação de algumas delas.

No meio desta zona de conflito existe uma Igreja de Cristo que sofre em silêncio e que se vê diante do desafio de ser cooptada por esses grupos guerrilheiros, pelo narcotráfico e pelo risco de ser dizimada.

Crianças e jovens logo cedo começam a ser aliciados por guerrilhas e movimentos paramilitares sob a falsa esperança de subsistência para suas famílias.

A ONG Human Rights Watch estima que entre 10% a 20% dos combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc) tenham menos de 21 anos, num total de aproximadamente 3500 combatentes adolescentes.

Boa parte de seus novos membros são recrutados entre garotos de 10 a 14 anos de idade. Após se embrenharem na selva, os jovens são isolados do mundo exterior, da família e perdem o próprio nome, substituído por um “nome de guerra”.

Capacitação cristã

Muitas vezes os próprios jovens cristãos não sabem como responder a essas pressões. A Igreja colombiana carece de recursos financeiros, treinamento e leitura bíblica para que sejam fortalecidos e desafiados a fazer diferença em meio à perseguição.

Fonte: Portas Abertas

Muçulmanos tailandeses protestam contra charge de Maomé

Cerca de 600 muçulmanos protestaram nesta quarta-feira em frente à Embaixada da Dinamarca em Bancoc para protestar contra a republicação de uma charge do profeta Maomé que consideram ofensiva ao islã.

Os militantes do grupo “Muçulmanos para a Paz” denunciaram o governo dinamarquês e pediram a todos os muçulmanos da Tailândia que boicotem os produtos do país europeu, informa a imprensa local.

Também queimaram uma bandeira da Dinamarca e retratos do primeiro-ministro, Anders Fogh Rasmussen, e do cartunista Kurt Westergaard, autor da charge.

A caricatura, publicada pela primeira vez em 2006 no jornal dinamarquês “Jyllands-Posten”, voltou a aparecer em meados de fevereiro em 17 diários do país após a detenção de três supostos terroristas que planejavam matar seu autor.

A charge, que retrata Maomé com um aspecto sinistro e com uma bomba em seu turbante, pertence a uma série de doze desenhos publicados no jornal e que em 2006 motivaram violentos protestos em vários países muçulmanos, nas quais morreram mais de cem pessoas.

A Tailândia é um país de maioria arrasadora budista, mas com três Províncias muçulmanas na região sul, onde mais de 3.000 pessoas morreram pela violência desde que o movimento separatista islâmico retomou a luta armada em 2004, após décadas de pouca atividade guerrilheira.

Fonte: Folha Online

Profecias ganham fôlego na Internet

Facilidade de acesso à informação oferecida na web confere nova roupagem a antigas previsões sobre o fim dos tempos.

“Prepare-se para conhecer algo estarrecedor: uma grande administradora de cartões de crédito está desenvolvendo um microchip que será implantado no corpo das pessoas. O novo sistema substituirá dinheiro e talões de cheques como meio de pagamento. Quem não tiver o chip instalado em seu organismo não poderá comprar ou vender. A empresa está produzindo cerca de 1 bilhão de aparelhos ao ano; dentro de pouco tempo, toda a humanidade terá aderido ao novo sistema.

Mas não se deixe enganar: isso, que à primeira vista pode parecer uma maravilha tecnológica, faz parte da estratégia de Lúcifer para arrebanhar adoradores e criar um Estado totalitário global. O chip permitirá que homens, mulheres e crianças sejam facilmente policiados, por meio de um sistema de monitoramento que utilizará até satélites espiões, como os usados na Guerra do Golfo.”

Você, que costuma acessar a Internet com certa freqüência e está lendo agora esta matéria, com certeza já deve ter se deparado com uma mensagem deste tipo na caixa de mensagens de seu e-mail. Se ainda não recebeu, pode ficar tranqüilo pois, mais dia menos dia, alguém se lembrará de você.

Semana retrasada, a reportagem do JC teve acesso a um e-mail de autoria desconhecida cujo conteúdo era bastante parecido ao texto colocado no início desta matéria. A mensagem falava a respeito de um chip de pagamentos do tamanho de um grão de arroz (7 milímetros de comprimento e 0,75 milímetro de espessura) que estaria sendo implantado na mão direita e na testa das pessoas.

Desenvolvido por uma multinacional fabricante de telefones celulares em parceria com uma grande administradora de cartões de crédito, o novo sistema funcionaria graças a uma bateria de lítio que se recarrega com o calor humano.

Uma vez colocado no organismo, o chip jamais poderia vir a ser retirado. O invólucro da bateria poderia se romper durante a cirurgia e a pessoa acabaria sendo contaminada pelo lítio. Além disso, um sistema de monitoramento global detectaria que o chip foi removido e colocaria a polícia em alerta.

A mensagem citava, ainda, passagens do Apocalipse de João referentes à chamada “marca da besta”. No capítulo 13 do livro, o apóstolo conta ter visto, em um instante de arrebatamento espiritual, “(…) subir da terra outra besta, com dois chifres semelhantes aos de cordeiro, e que falava como o dragão”.

No decorrer do texto, João diz que a besta, depois de iludir a humanidade com grandes milagres, ordenou a “(…) todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, que lhes fosse posto um sinal na mão direita ou na testa”.

Quem não tivesse o sinal, o nome ou o número da besta em seu corpo estaria proibido de comprar ou vender. Pelo que se vê, as semelhanças entre o texto bíblico e o conteúdo da mensagem citada anteriormente não são mera coincidência.

Linguagem simbólica

Para o jornalista e pesquisador da religião Luís Henrique Marques, a proliferação de e-mails e sites que fazem referência à ação do demônio e ao fim dos tempos é fruto de interpretações literais das escrituras sagradas. “A Bíblia – principalmente o Apocalipse de João – é escrita em linguagem altamente simbólica. Se você tenta levar ao pé da letra os textos bíblicos, corre o risco de cair em confusões”, diz ele, que é professor da Universidade do Sagrado Coração (USC).

De acordo com Marques, o temor excessivo em relação ao mal não é exclusivo de nossa época. “Na Baixa Idade Média (entre os séculos 12 e 15), a publicidade em torno da figura do demônio também era grande. Falava-se mais do diabo do que de Jesus Cristo”, salienta.

A professora e pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru Dalva Aleixo Dias acredita que a propaganda em torno da figura do demônio, existente nos dias de hoje, funciona como uma espécie de resgate das grandes certezas da humanidade, esfaceladas no final do século passado com a queda do Muro de Berlim (1989).

“Antigamente, acreditava-se que o avanço tecnológico faria com que o homem deixasse de acreditar em Deus. O que aconteceu foi justamente o contrário: apesar de todo o desenvolvimento técnico que a humanidade atingiu, o imponderável permaneceu. Solitárias, as pessoas saíram em busca de um sentido coletivo para o sofrimento a que estavam submetidas”, explica. Para Dias, hoje o demônio ocuparia o papel de inimigo comum em uma sociedade cada vez mais dominada pelas incertezas.

Fonte: JC Net

Por que a Igreja Bola de Neve seduz surfistas, jovens de classe média e famosos?

Criada por um surfista de São Paulo, a igreja nasceu com o objetivo de aproximar os jovens da religião. Hoje, os cultos mostram que a meta foi alcançada. Qualquer um dos 75 templos espalhados pelo País fica lotado de meninas e meninos bronzeados, bonitos, malhados, tatuados.

Poucos metros separam dois points da juventude carioca: a Praia do Pepê e o templo da igreja Bola de Neve Church, ambos na Barra da Tijuca. Na praia, os surfistas usam as pranchas para pegar onda e, nos cultos, elas estão no altar. É isso mesmo.

Criada há quase uma década por um surfista de São Paulo, Rinaldo de Seixas Pereira, a igreja nasceu com o objetivo de aproximar os jovens da religião. Hoje, os cultos mostram que a meta foi alcançada. Qualquer um dos 75 templos espalhados pelo País fica lotado de meninas e meninos bronzeados, bonitos, malhados, tatuados.

De quebra, ela também está conquistando famosos como os atores Guilherme Berenguer, Fernanda Vasconcellos, Thiara Palmieri, Alexandre Frota e o cantor e ex-Raimundos Rodolfo. O que atrai tanta gente? Há, certamente, mais de um motivo. O púlpito em forma de prancha, a pregação embalada pelo reggae, a Bíblia com imagens de esportes radicais na capa, além de pista de skate. O culto parece uma festa. Mas os preceitos bíblicos, entre os quais virgindade até o casamento, são o centro das atenções. Segundo Eduardo Refkalefsky, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em comunicação religiosa, o sucesso está justamente no equilíbrio entre forma e conteúdo: “A Bíblia é apresentada com uma linguagem jovem. A informalidade é atraente e gera identificação”, afirma.

Tudo é diferente, a começar pelo nome. Bola de Neve quer dizer algo que não pára de crescer. “Acreditávamos que a igreja começaria pequena e ficaria grande, como uma avalanche”, explica Rinaldo, o pastor Rina, 36 anos, ex-usuário de drogas que se tornou evangélico após contrair uma hepatite, em 1992. “O nome é diferente porque a igreja é diferente”, resume. O ator Guilherme Berenguer concorda. Ele encontrou na Bola de Neve um ambiente estimulante: “O que fascina é a possibilidade de receber orientação espiritual de uma forma completamente descontraída e livre. Não tem o peso que eu sentia na escola dominical quando criança. Eu não absorvia tanto os ensinamentos da forma como eram passados. Não tinha essa identificação.” Sempre que pode, o ator vai aos cultos, que são realizados duas vezes por semana, aos domingos e às quartas-feiras.

Cânticos em ritmo de reggae e rock dão início à reunião. Os nossos jovens dançam, acompanhando os passos de duas dançarinas que agitam lenços coloridos. De calça jeans, tênis e camisa florida, o pastor Gilson Mastrorosa, 33 anos, sobe ao altar meia hora depois. “A igreja tá bombando”, diz ao microfone, arrancando palmas dos fiéis, que ainda procuram um lugar para sentar ou mesmo ficar em pé. Ele pára e observa a movimentação. De repente, se joga no chão, simulando um cochilo. As gargalhadas são inevitáveis. “Pára de palhaçada. Vamos prestar atenção”, pede, ainda rindo, ao se levantar. Mas as brincadeiras continuam, mesmo durante o casamento de dois vendedores que superaram uma crise conjugal – claro, graças à Bola de Neve. “Deixa ver se essa aliança não é dá China”, brinca, antes de celebrar a união de Fernanda de Lucena e Roberto de Azevedo, ambos de 33 anos.

“A gente não faz tipo de pastor. No altar somos nós mesmos”, afirma, convencido de que isso é uma vantagem. Cunhado de Rina, foi ele quem instalou a igreja no Rio, há cerca de três anos. Nos primeiros seis meses, as reuniões realizadas em uma sala de um edifício comercial, na Barra, tinham apenas uma dúzia de freqüentadores. Hoje, o salão para 600 pessoas está pequeno e, por isso, será ampliado em breve. Sem contar que a zona sul deve ganhar um templo ainda este ano.

O pastor, porém, pára com as gracinhas ao pedir a colaboração dos fiéis. É hora do dízimo. Embora mantenha o tom informal, recheado de gírias, o discurso também é mais sério quando começam os estudos bíblicos. Segundo o professor Refkalefsky, da UFRJ, a Bola de Neve tira proveito das novas tecnologias, muito utilizadas pelos jovens. “Além do site, que mais parece o de uma grife de surfwear, eles são muito populares em páginas como o Orkut. Esse boca a boca virtual a ajuda a crescer”, argumenta. A informalidade, contudo, não se confunde com flexibilidade.

Quem é da igreja segue a Bíblia. Ninguém está proibido de ir a festas, mas os jovens fiéis acabam evitando as noitadas, normalmente regadas a bebidas. É o caso da estudante Milla Knesse, 17 anos, que se converteu aos 14 e já começa a fazer pregações para adolescentes. “Não vou mais a alguns lugares aonde ia porque meus objetivos mudaram, mas continuo saindo muito”, diz Milla, que pega onda, faz kitesurf e usa as mesmas roupas das meninas de sua idade. Mas não namorou mais desde que se converteu. “Entrei na igreja namorando um menino que não freqüentava. Eu achava que não íamos terminar, mas não deu certo”, lembra. Terá mais chances com a bela garota um parceiro que também goste de Jesus.

Fonte: Revista Isto É

Publicado o primeiro relatório sobre a falta de liberdade religiosa na Coréia do Norte

A Comissão para a Reconciliação do Povo Coreano, da Conferência Episcopal da Coréia, anunciou no seu encontro anual a publicação do “Relatório Anual 2007 sobre a Liberdade Religiosa na Coréia do Norte”.

Trata-se do primeiro documento do gênero e que contém informações sobre questões religiosas relativas ao país, dados e estatísticas sobre as religiões, um panorama histórico, a situação da liberdade religiosa e também alguns episódios de abusos e violações.

O relatório foi elaborado pela própria Comissão, em cooperação com o Centro de Recolhimento de Dados para os Direitos Humanos na Coréia do Norte.

O relatório inclui os resultados de uma pesquisa de opinião feita com 755 norte-coreanos que fugiram e se refugiaram na Coréia do Sul. Dos entrevistados, 85,7% afirmam que, de fato, não existe liberdade religiosa na Coréia do Norte. Destes, 98,7% afirmam que nunca obtiveram permissão do regime para permanecer numa igreja ou num templo.

Segundo os dados fornecidos pelo Centro, as perseguições religiosas também aumentaram no país depois dos anos 90, e as autoridades não hesitam em prender quem realiza atividades religiosas não autorizadas.

O relatório propõe um plano para a promoção da liberdade religiosa no país, que prevê uma obra de monitoração mais atenta, o estudo e a possibilidade de promover intercâmbios e contatos para promover a liberdade religiosa, intensificando as atividades oficiais e semi-oficiais. Propõe-se também instituir uma federação inter-religiosa.

Para conhecer um pouco mais sobre a realidade dos norte-coreanos, a Portas Abertas publicou o livro “Fuga da Coréia do Norte”, de Paul Estabrooks. Se quiser ler um capítulo ou saber como adquiri-lo, [url=http://www.portasabertas.org.br/catalogo/livrofuga/default.asp]clique aqui[/url].

Fonte: Portas Abertas

Contra o aborto, igreja usa réplica de feto durante missa

Foram confeccionados 600 bonecos, distribuídos nas 264 paróquias do Rio de Janeiro; ofensiva inclui também vídeos. Depois de exibição de imagens de aborto, jovens passaram mal; igreja afirma querer reforçar a defesa da vida desde a concepção.

Em nova ofensiva contra o aborto, a Igreja Católica do Rio passou a usar fetos de resina e vídeos durante missas e palestras. Jovens chegaram a passar mal, com náuseas e vômitos, após assistir às imagens com cenas de aborto, “chocantes”.

Em paróquias do Rio, como a Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, zona sul, uma almofada com a escultura de um feto é levada até o altar nas missas dominicais e é mostrada entre os freqüentadores. Na igreja Santa Margarida, na Lagoa, o “feto” está dentro de um vidro com gel, como se tivesse na placenta, exposto no altar.

Foram confeccionados 600 bonecos em forma de feto para serem distribuídos nas 264 paróquias da cidade e usados nas missas de domingo durante a Quaresma. A utilização do “símbolo” não é obrigatória, mas muitas paróquias aderiram à proposta, segundo dom Antônio Augusto Dias Duarte, bispo-auxiliar do Rio.

A orientação da arquidiocese, disse, foi para que o símbolo ficasse bem visível. Algumas igrejas aderiram e o mantêm no altar durante a semana. O combate ao aborto é tema da campanha da fraternidade deste ano da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). O lema é “Escolhe, pois, a vida”.

Ainda mais polêmica é a exibição de quatro vídeos com cenas reais de fetos sendo retirados de mulheres. Neles, médicos descrevem como é feito o procedimento. Segundo o bispo, ele tem feito uma palestra por dia sobre o tema. De acordo com o público, é ele quem escolhe um dos vídeos disponíveis.

Em Ipanema, por exemplo, uma trilha sonora dramática acompanhava uma das imagens mais chocantes: um feto sendo arrancado pela cabeça.

Depois da reunião, jovens saíram passando mal e ficaram calados por meia hora. Algumas meninas saíram chorando, contou o publicitário Carlos Lins, 26. “É chocante, mas se faz necessário para conscientizar, para as pessoas terem noção do que é o aborto. É como se fosse a cena de alguém sendo morto. A diferença é que é um ser totalmente indefeso.”

O bispo afirmou que o vídeo não foi o mais forte. Para ele, é importante que os adolescentes assistam a “uma cena que se tenta apagar”. Segundo ele, os vídeos são feitos por ONGs a favor da vida, com imagens das próprias clínicas de aborto.

Defesa da vida

A utilização de símbolos pela CNBB é recorrente, diz o bispo. Em 2007, por exemplo, foram usados mapas e produtos da Amazônia para tratar do tema “Fraternidade e Amazônia”.

A intenção dos bonecos, diz, é reforçar a defesa da vida desde a concepção. A mesma tese foi defendida no julgamento da ação direta de inconstitucionalidade pelo STF (Supremo Tribunal Federal) contra uso de embriões em pesquisas, na semana passada.

Desde 10 de fevereiro, quando a campanha começou, nas nove missas na igreja de Ipanema todos os domingos, a réplica de um feto de 12 semanas faz parte da procissão do ofertório. Com a hóstia e o vinho, a escultura é levada até o altar.

Depois que o dízimo é recolhido, o “feto” fica no centro do altar, visível, até o final da missa. Pouca gente repara na cena, mesmo após o padre dizer: “Este feto representa a luta pela vida. A vida desde o princípio”.

Na missa dos jovens, às 19h30, há mais gente informada sobre o feto de resina. “A figura simboliza o nosso compromisso quaresmal de defender a vida em todos os instantes”, diz o padre Jorge Luiz Pereira da Silva, conhecido como padre Jorjão, evangelizador de jovens.

“É uma imagem forte, impactante”, afirma católico

Depois de cinco semanas sendo exposto nas missas dominicais, o feto em resina -equivalente em tamanho a 12 semanas de gravidez- é ignorado por grande parte dos freqüentadores na igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema.

Como católicos, a maioria se diz contra o aborto, com exceção de alguns casos como estupro e risco de vida para a mãe, como hoje está previsto em lei.

“Acho legal para a gente ver que já está todo formado. Pesa na consciência”, disse a estudante Tatiane Pecly, 19, que afirma ser contra o aborto.

Como alguns padres só citam o feto como símbolo da vida em meio ao sermão, ele acaba sendo incorporado à liturgia da missa e alguns fiéis nem o vêem. Algumas pessoas confundem a réplica com a imagem do Menino Jesus.

“É uma imagem forte, impactante. Reforça a opinião da igreja contra o aborto”, declarou Walid Silva, 32. A namorada dele, a médica Clarissa Loureiro Rodrigues, 26, não tinha reparado na presença do feto.

Imagem forte

“No começo achei meio mórbido, me chocou. Mas, depois, achei interessante porque você vê que, óbvio, já tem vida. Independente de concordar com a posição da igreja ou não, tem um impacto. Acho que as pessoas se conscientizam que é uma vida porque já está formado, com olho e tudo”, disse o publicitário Carlos Lins, 26.

Mesmo quem admite que é a favor do aborto em casos específicos, acha que a imagem funciona para convencer. “Acho bom porque se vê a materialização da vida. É uma lembrança visual. Pode mexer com as pessoas que têm mais fé, que incorporam mais a igreja, através da culpa. Se bem que não acho bom que ninguém faça nada com sentimento de culpa”, declarou o economista Aluísio Pellegrini, 64, que se diz favorável ao aborto em alguns casos de gravidez indesejada.

É pedagógico, afirma grupo antiaborto; para defensor, é “terrorismo”

De “desserviço” a “pedagógico” foram as classificações que entidades pró e contra a legalização do aborto deram à utilização da escultura de um feto e de um vídeo com cenas de aborto. “É um tipo de desserviço que não ajuda em nada. Continuamos com um índice elevado de mortalidade materna e as pessoas se sentem culpadas”, disse Dulce Xavier, do Católicas pelo Direito de Decidir. A Rede Nacional Feminista de Saúde foi mais dura. “É uma postura que leva mulheres a aprofundarem o medo e a culpa, é terrorismo em cima da fé”, afirma Telia Negrão, secretária-executiva. Na opinião de Jaime Ferreira, do Brasil Sem Aborto, “ainda que choque as pessoas, é um instrumento pedagógico de mostrar a realidade”.

Fonte: Folha de São Paulo

Vaticano diz que líder anglicano é ingênuo sobre a sharia

O encarregado do Vaticano para as relações com o Islã chamou na terça-feira o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams (foto), líder dos 77 milhões de anglicanos do mundo, de equivocado e “ingênuo” por sugerir que seria inevitável incorporar alguns aspectos da sharia (lei islâmica) ao direito britânico.

O cardeal Jean-Louis Tauran disse também a jornalistas que um novo órgão permanente reunindo católicos e muçulmanos deve ajudar a evitar mal-entendidos no futuro.

“Acho que foi um erro, um erro porque, acima de tudo, é preciso perguntar que tipo de sharia, e então isso foi um pouco ingênuo”, disse Tauran.

O arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, provocou polêmica em círculos políticos e religiosos ao declarar em fevereiro que a lei islâmica poderia ser parcialmente adotada por muçulmanos da Grã-Bretanha. O jornal popular Sun em seguida iniciou uma campanha por seu afastamento.

“Pode-se entender suas boas intenções, mas me parece que ele não levou em consideração eles mesmos [os muçulmanos], o sistema judicial inglês, ou a realidade da sharia”, disse Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso. A sharia, que se baseia principalmente no Alcorão, mas também em ditos e ações do profeta Maomé, é atacada por muitos no Ocidente por causa do tratamento dado às mulheres e das punições por adultério e apostasia.

A polêmica acabou criando um debate mais amplo sobre a integração dos 1,8 milhão de muçulmanos da Grã-Bretanha. A questão assumiu maior urgência depois dos atentados suicidas, realizados por militantes islâmicos nascidos no próprio país, que mataram 52 pessoas em julho de 2005.

“Não é só uma questão de boa vontade”, disse Tauran. “Há aspectos judiciais que não são reconciliáveis [com a sharia].”

Williams depois tentou retificar sua posição, dizendo que não defendia sistemas jurídicos paralelos e não dava aval a punições cruéis, como as que ocorrem na Arábia Saudita e Irã. Mas disse que não se arrependia de ter abordado o tema.

Fonte: Reuters

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