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ONU adverte que há 25 milhões de viciados em drogas no mundo

Cerca de 25 milhões de pessoas são viciadas em drogas no mundo, disse nesta segunda-feira o diretor da agência da ONU contra as Drogas e Crimes (ONUDD), Antonio María Costa, que considerou o consumo de entorpecentes um problema contido, mas não resolvido em nível mundial.

No primeiro dia de uma reunião da Comissão de Entorpecentes em Viena, Antonio María Costa ressaltou que menos de 0,5% da população mundial depende das drogas, ou seja, cerca de 25 milhões de pessoas, em comparação com os casos relacionados ao cigarro e ao álcool, cinco ou seis vezes maiores.

Aproximadamente 200.000 mortes por ano no mundo estão ligadas ao consumo de drogas, dez vezes menos que as causadas pelo álcool e 20 vezes menos que as ligadas ao cigarro.

Embora em seu discurso, o diretor da ONUDD tenha lembrado a importância das políticas de segurança na luta contra as drogas, também insistiu na necessidade de que seja apresentada uma alternativa aos plantadores de coca ou de cannabis, seguindo o exemplo dos projetos desenvolvidos na Tailândia, e na implantação de políticas preventivas.

“Em um período de dificuldades orçamentárias, a segurança pública recebeu mais recursos, em detrimento da prevenção e dos tratamentos (a proporção é de 3 por 1). Temo que a importância dada a vitórias a curto prazo, como as apreensões e as prisões, que reduzem o problema, seja um recurso político, enquanto a prevenção e os tratamentos resolvem o problema”, declarou Costa.

Fonte: AFP

Católicos devem ser essenciais nas primárias da Pensilvânia

Os católicos devem ser fundamentais para a vitória da senadora Hillary Clinton na primária da Pensilvânia, a próxima grande disputa democrata pela nomeação do partido, que ocorrerá em 22 de abril.

Os eleitores católicos, segundo o jornal norte-americano “The New York Sun”, podem representar mais de um terço dos votos no Estado, que coloca em jogo 158 delegados e 29 superdelegados e tem, a favor de Hillary, uma grande população de eleitores brancos católicos.

Apesar de Hillary não ser católica, ela tem a vantagem de ter participado ao lado dos católicos pela paz na Irlanda do Norte, enquanto Barack Obama tem o apoio de um dos mais proeminentes católicos eleitos, o senador Robert Kennedy, de Massachusetts, cujo irmão, John F. Kennedy foi o primeiro presidente católico eleito.

Para os adeptos de Hillary, os números são prova suficiente: nos Estados em que ela ganhou, pesquisas de boca-de-urna mostram que ela conquistou 65% dos eleitores católicos –uma porcentagem que poderia garantir sua vitória em outros Estados com grande número de adeptos à religião. Mesmo nos Estados em que Obama ganhou, incluindo seu Estado natal Illinois, os votos católicos foram para a senadora.

A virada de Obama

A campanha de Obama luta agressivamente contra a percepção de que ele tem um “problema católico”, e que Hillary teria claramente uma vantagem entre este grupo de eleitores. Seus assessores alegam que a margem da oponente nos votos católicos é fruto, principalmente, de seu já conhecido apoio entre os hispânicos, que representam grande parte da população católica em grandes Estados como a Califórnia e Texas.

Já pensando nas primárias de abril, a campanha de Obama está trabalhando diretamente com estes eleitores. Em fevereiro, o senador enviou uma carta a milhares de freiras pelo país e organizou dezenas de “fóruns da comunidade de fé” que reuniram figuras como Timothy Roemer, ex- membro do congresso de Indiana e Victoria Kennedy, a mulher do senador Kennedy.

Segundo o diretor de assuntos religiosos do candidato, Joshua DuBois, uma série destes eventos será sediada na Pensilvânia e, em poucas semanas, a campanha de Obama estará “atingindo agressivamente” os católicos. Apesar de estar divulgando sua candidatura há 14 meses, somente agora o senador começa a focar especificamente no grupo de religiosos.

“Não há preocupação quanto a estes assuntos, porque essa introdução está apenas começando”, afirmou o assessor em entrevista ao “The New York Sun”. “Mais e mais católicos estão conhecendo quem é o senador Obama e o que ele defende. Nós estamos 100% confiantes de que ele será o candidato dos eleitores católicos, não somente nas primárias, mas na eleição presidencial”, afirmou.

A favor do senador, há poucas evidências de que os católicos efetivamente apóiem Hillary — que segue a Igreja Metodista –, por causa de algum tema específico ou simplesmente porque não gostam de Obama. “Não encontramos ninguém que tenha dito: “eu sou católico e votarei em Hillary”, afirma Terry Madonna, cientista político e diretor do Franklin and Marshall Poll, na Pensilvânia.

Para ele, a vantagem de Hillary pode ser atribuída a vários fatores, em particular o fato que muitos eleitores trabalhadores brancos que formam a base de apoio da senadora são católicos. Estes democratas, que tendem a votar por questões básicas como saúde e economia, responderam melhor à política de Hillary do que à de Obama.

Voto republicano

Para o democrata Brian O’Dwyer, diretor do National Ethnic Democratic Leadership Council, o apoio dos católicos a Hillary pode representar um grande risco ao partido caso a senadora não seja a candidata nomeada.

“Isso ocasionaria um desastre caso Obama fosse nomeado”, afirmou ele, sugerindo que os laços enfraquecidos de Obama com esta comunidade colocariam-no em desvantagem considerável na corrida presidencial com o candidato republicano John McCain, que teria um forte apelo com os católicos.

Já um consultor democrata que apóia Obama, Michael Tobman, diz não acreditar em um apoio em massa dos católicos ao republicano, caso o senador por Illinois for o candidato democrata.

Mas para ele, assim como para O’Dwyer, McCain — que é batista– poderia ter uma vantagem, principalmente entre os católicos irlandeses. “A única vantagem de McCain na comunidade católica é seu sobrenome”, avalia.

Fonte: Folha OInline

Igreja da Inglaterra publica guia sexual “Crescendo Juntos

Contra o aumento de divórcios e a pouca comunicação entre casais, a Igreja da Inglaterra afirmou que está na hora de falar sobre sexo. A Igreja Anglicana publicou um curso e um guia de casamento, chamado “Crescendo Juntos”, que encoraja casais a serem abertos e francos um com o outro.

“Sexo, longe de ser sujo, é algo completamente maravilhoso e algo para ser celebrado”, diz o guia. “Como outra habilidade qualquer, o sexo tem que ser aprendido… Seja cada um o professor do outro.”

O autor do guia é Andrew Body, um vigário do sul da Inglaterra e conselheiro profissional casado há 39 anos.

“Não quero que as pessoas tenham a impressão de que isto é a igreja entrando no quarto das pessoas”, disse ele à Reuters por telefone.

“Não é nada disso — é sobre fazer as pessoas discutirem as coisas umas com as outras. Não é a Igreja da Inglaterra publicando seu próprio guia de técnica sexual.”

O livro inclui um estudo de caso de um casal que estava angustiado porque a mulher não conseguia engravidar. O guia explica o motivo: “Aconteceu que eles nunca tiveram uma relação sexual completa”, diz o guia.

Fonte: Reuters

Igreja no norte da Nigéria sobrevive a incêndio criminoso

Durante 28 anos o governo do Estado de Kano se recusa a dar aprovação a uma igreja nesta cidade de mesmo nome ao norte da Nigéria, incentivando os muçulmanos locais a atacá-la por diversas vezes, denuncia o pastor.

O pastor Jacob Bako, da Igreja Evangélica de Cristo na Nigéria (ECCN, em inglês), disse que desde o Natal de 2006, moradores muçulmanos já incendiaram o local provisório da congregação por três vezes.

“Como o governo do Estado de Kano não deu a aprovação à igreja, fomos forçados a utilizar uma propriedade abandonada pelo governo nigeriano como local de nossas reuniões durante todos esses anos”, disse o Pr. Jacob. “Usamos palha para cobrir o prédio inacabado e então construímos bancos com o material que estava dentro da propriedade”.

Sem licença oficial, a igreja funciona em um projeto habitacional inacabado e abandonado. A congregação fundada em 1980 possui 115 membros e é a única igreja na área de Dawakin Kudu, diz o pastor.

“Tivemos muitas experiências ruins com os muçulmanos durante os anos nesta cidade. Eles não querem que a igreja sobreviva”, disse Jacob Bako, de 47 anos.

“Os muçulmanos incendiaram nosso local de reunião no Natal de 2006, e nos meses de abril e junho de 2007, eles repetiram esse ato criminoso” (leia mais).

Os muçulmanos foram em várias ocasiões ao local e escreveram mensagens de ódio contra os cristãos nas paredes do prédio, informou-nos o pastor; eles também defecaram no local e o sujaram.

“Lembro-me de que no Natal de 2006, os muçulmanos vieram ao local e o bagunçaram antes de pôr fogo no teto de palha”, disse Jacob. “Tivemos que limpar tudo antes de começarmos nosso período de louvor naquele dia”.

Em abril e junho de 2007 eles fizeram a mesma coisa. Incendiar nosso local virou uma prática comum.

Hostilidade virou estilo de vida

O Rev. Nelson Jebes, presidente da ECCN – Kano, confirmou os relatos do Pr. Bako e concordou que hostilidades são “uma realidade aqui em Kano – faz parte de nossas vidas e é nosso estilo de vida, agora”.

“Na maioria das vezes, os muçulmanos se levantam contra os cristãos”, disse o Rev. Jebes. “E neste processo, muitas igrejas são incendiadas e os cristãos têm suas casas destruídas”.

O reverendo lembrou-se do tumulto contra os cristãos de 28 de setembro de 2007, em Tudun Wada Dankadai, Kano, quando todas as igrejas foram incendiadas. “Não existe nenhuma igreja em pé ali hoje”, ele disse.

O reverendo disse que antes de usar o prédio abandonado, a igreja do Pr. Bako se reunia para adorar a Deus embaixo de árvores – até que os muçulmanos cortaram-nas.

“Foram esse ataques que levaram os cristãos a usarem o prédio abandonado como local de reunião”, disse o reverendo ao Compass. “Mas mesmo assim, eles estão sendo expulsos por causa dos incêndios provocados pelos muçulmanos”.

Fonte: Portas Abertas

Congresso fará homenagem a cardeal dom Aloísio Lorscheider

O Congresso Nacional realizará na próxima quinta-feira (13) sessão especial em homenagem à memória do cardeal dom Aloísio Lorscheider, ex-arcebispo de Fortaleza e de Aparecida, falecido em dezembro do ano passado. A homenagem começará às 10h

Dom Aloísio nasceu no município gaúcho de Estrela, em 1924. Foi ordenado sacerdote em 1948 e tornou-se bispo em 1962, assumindo a Diocese de Santo Ângelo (RS). Mais tarde, em 1973, foi feito arcebispo de Fortaleza e, a partir de 1995, de Aparecida. Era cardeal, isto é, um dos auxiliares diretos do Papa, com o direito de votar na escolha do pontífice romano, desde 1976, quando foi nomeado pelo papa Paulo VI.

Fonte: Congresso em Foco

Evangélicos reagem contra Lei do Silêncio

Os evangélicos de Belo Horizonte prometem reação em massa, caso haja operações de fiscalização nas igrejas em função da decisão de incluir os templos religiosos entre os estabelecimentos vigiados pela Lei do Silêncio (número 9.505).

A informação é do vereador e pastor Henrique Braga, membro da bancada evangélica da Câmara Municipal.

Ele avisa que os fiéis serão incitados a sair às ruas em protesto, mas só se houver operações mirando as igrejas. “Na época da primeira lei (da vereadora Elaine Matozinhos), houve imediatamente ataque às igrejas com fiscalização e surgimento de muitas multas.” Ele lembra que a cidade tem mais de mil templos e, segundo seus cálculos, cerca de 500 mil evangélicos.

A secretária municipal de Meio Ambiente, Flávia Mourão, nega que tenha havido algum tipo de perseguição. “Em nenhum momento existiu determinação de se fazer operação específica para as igrejas. Pode ter havido coincidência porque o que fazemos é atender aos pedidos do disque-sossego.”

As reclamações de ruído em igrejas somam 10% dos chamados para o número. Como o prefeito Fernando Pimentel, reforçado pela Câmara de Vereadores, vetou a exclusão das igrejas e escolas da lei, elas agora são obrigadas a respeitar o limite de 70 decibéis durante o dia.

Novo projeto

Na última sexta-feira, 24 vereadores apresentaram uma nova proposta a ser avaliada na Câmara: alterar o limite de ruído nas igrejas para 80 decibéis, o que, na opinião de Henrique Braga, é mais “praticável”.

Ele calcula que a resposta ao projeto alternativo não sairá em menos de 30 dias. O projeto precisa ser aprovado pelas comissões de Meio Ambiente e Legislação e Justiça, depois pelo plenário e ainda depende do aval do prefeito. O limite de 80 decibéis, explica Flávia Mourão, equivale a uma conversa de várias pessoas em tom bem alto.

Abordagem

Mesmo com a tramitação do novo projeto, avisa a secretária de Meio Ambiente, os fiscais da prefeitura continuam abordando as igrejas – quando houver denúncias – com base nos limites da lei atual.

De 19h às 22h, o limite é 60 decibéis, entre 22h e 24h, a tolerância cai para 50 decibéis e, após a meia-noite, para 45. “O que queremos é ser respeitados e, se houver ataque, saímos em defesa”, resume o vereador Henrique Braga. A bancada evangélica reclama o apoio dado ao prefeito para aprovação de uma nova Lei do Silêncio, esperando que as igrejas não fossem ter limites rigorosos.

Igreja atrapalha sono de cabeleireira

Para a cabeleireira Evani Ataíde, moradora do bairro Nova Cachoeirinha, todas as discussões e mudanças na Lei do Silêncio não surtiram ainda nenhum efeito prático na resolução do problema.

A janela do quarto dela fica exatamente em frente à porta de uma grande igreja evangélica e o barulho incomoda todos os moradores da casa. Segundo ela, os cultos ocorrem à tarde, à noite e aos domingos, a partir das 7h. “Dormir no domingo de manhã é impossível. Semana passada, minha vizinha desceu de camisola para reclamar.”

O assunto foi tema de reunião do condomínio e as conversas do síndico com o pastor pouco resolveram. Até a polícia já foi chamada. O vereador e pastor Henrique Braga afirma que a determinação é que as igrejas respeitem a ordem à noite. “Claro que existem algumas indisciplinadas, mas a regra é não incomodar e manter a moderação.”

Fonte: O Tempo

Aborto entra na pauta de discussões da Câmara

Legalização do aborto entra na pauta da Câmara dos Deputados este semestre. A decisão foi anunciada pelo deputado federal Jofran Frejat (PR/DF), recentemente eleito presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara.

Frejat pretende reunir todos os projetos de lei que tratam do tema e votar um projeto substitutivo ainda neste semestre. Existem propostas de todos os tipos. Até mesmo admitindo o aborto em estágios de oito meses, o que é considerado extravagante por muitos.

O tema é considerado tabú dentro do Congresso já que o lobby da Igreja Católica atrapalha as discussões do tema. No entanto, existem diversas propostas em discussão e que devem chegar a plenário no segundo semestre.

Por outro lado, os integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da Vida – contra o Aborto começaram ontem a colher assinaturas para criar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) destinada a investigaro aborto ilegal no Brasil.

A iniciativa foi divulgada pelo deputado Luiz Bassuma (PT-BA) durante o 1º Encontro Nacional de Legisladores e Governantes Pela Vida – Contra o Aborto. Bassuma é o coordenador do evento e presidente da frente parlamentar.

O deputado afirmou que o fundamento da CPI está em declarações do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao programa Roda Viva, da TV Cultura. O ministro teria dito que há uma rede de venda ilegal de remédios abortivos.

Entretanto, a CPI não deverá limitar-se a investigar a venda de remédios. Segundo Bassuma, a intenção é desbaratar, com força policial, redes de clínicas de aborto clandestino. Em sua opinião, é hora de abordar uma realidade da qual todos falam, mas não tomam providências.

Para o presidente da Frente Parlamentar contra a Legalização do Aborto, deputado Leandro Sampaio (PPS-RJ), essa discussão é ainda mais importante neste momento, às vésperas da votação, na Comissão de Seguridade Social e Família, do Projeto de Lei 1135/91, que descriminaliza o aborto provocado pela própria gestante ou com o seu consentimento.

O deputado Leandro Sampaio avaliou ainda que o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Defesa da Vida”, fortalecerá a posição dos deputados pró-vida para derrotar o projeto. O relator da proposta, deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), apresentou seu parecer à Comissão de Seguridade Social em dezembro passado, defendendo a rejeição da matéria.

Fonte: Brasília em Temp Real

La Vanguardia: Ouvir música é terapia que cura doenças

Além de um valor estético, a música também tem uma aplicação terapêutica que visa recuperar, manter e aumentar o bem-estar do ser humano. O tipo de música e os efeitos que produz dependem de fatores como a freqüência, a intensidade e o timbre do som

O conceito de doença e a atividade terapêutica têm sofrido mudanças ao longo dos séculos. Por outro lado, as reações das pessoas às experiências musicais permaneceram praticamente imutáveis. Na antiguidade, tanto a música como os instrumentos eram considerados como dádivas dos deuses – em algumas culturas fala-se da origem divina dos tambores. O musicólogo alemão Alfred Einstein considera que “o som deve ter sido algo incompreensível para o homem primitivo, e, conseqüentemente, misterioso e mágico”.

Hoje se reconhece o valor terapêutico da música e ela é utilizada para “aumentar, manter ou restaurar um estado de bem-estar – usando também as experiências musicais e as relações que se desenvolvem a partir delas – de uma forma sistemática e científica”, diz Kenneth Bruscia. A musicoterapia “é uma profissão estabelecida no campo da saúde que utiliza a música para tratar necessidades físicas, emocionais, cognitivas e sociais de indivíduos de todas as idades”, conforme define a Associação Americana de Musicoterapia. Apesar de a profissão ser reconhecida nos Estados Unidos desde 1950, na Espanha é diferente. “A maioria dos musicoterapeutas tem título de mestrado, uma vez que a carreira não existe na graduação”, explica o musicoterapeuta Joan Aureli Martí. A Associação Catalã de Musicoterapia trabalha para que a profissão “seja considerada dentro do campo da saúde, apesar de também trabalharmos com educação especial”, afirma a atual presidente e coordenadora do curso de mestrado do Instituto Superior de Estudos Psicológicos (ISEP), Isabel Agudo. A associação reúne pessoas e entidades relacionadas com a disciplina para promover o uso, o desenvolvimento e a divulgação da música como terapia, tanto preventiva quanto curativa, com o fim de melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas.

Num processo terapêutico, a música pode ser usada para trabalhar as habilidades motoras (coordenação, equilíbrio, mobilidade e sincronização), cognitivas (estímulo do pensamento, interação verbal, atenção, imaginação, percepção sensorial), de comunicação (tanto verbal como não verbal), e sócio-emocionais (ela ajuda a expressar e compartilhar sentimentos e promove a interação social). O tratamento deve ser executado por um musicoterapeuta e tem como objetivo restabelecer ou melhorar a saúde por meio de experiências musicais. A personalidade do terapeuta (que ao longo do tempo evoluiu do mago para o monge e, finalmente, para o musicoterapeuta), assim como a condição do paciente e a relação entre eles são fundamentais para o êxito do método. Deve existir por parte do paciente uma vontade de submeter-se ao tratamento, além de uma confiança mútua. O paciente deve desfrutar da amizade de quem cura e dar-lhe total confiança, como fez Felipe 5º que, sofrendo de uma aguda depressão, contratou o italiano Farinelli como cantor pessoal, depois de comover-se com a expressividade de sua voz.

A profissão de musicoterapeuta não é exclusiva do músico. “Eu sou músico desde os nove anos – explica Joan Aureli-, mas o que se exige em qualquer mestrado na área é uma sólida formação musical e saber improvisar pelo menos com os dois instrumentos harmônicos mais importantes: o piano e o violão. Eu também toco clarinete”.

Além de ser um músico experiente, o terapeuta deve saber aplicar o som a seu trabalho, executar e improvisar bem, conhecer todos os tipos de música, ser capaz de reger conjuntos vocais ou instrumentais, e também ensinar a cantar e a tocar instrumentos. Ter conhecimentos de fisiologia ou psicologia também é importante, o que revela a formação multidisciplinar do profissional.

As principais técnicas nas quais se baseia essa metodologia são passivas (ou receptivas) e estão relacionadas com a audição de peças musicais – não só clássicas, mas também de jazz, populares, new age, etc. “Trabalhamos com as canções de que o paciente gosta, criando um histórico musical junto ao terapeuta”, explica Joan Aureli. Nas técnicas ativas (ou criativas), o terapeuta incentiva o paciente a improvisar com instrumentos de percussão, canta com ele ou o convida para tocar piano, por exemplo. O tipo de música e os efeitos que produz dependem da freqüência do som (as vibrações mais rápidas produzem um estímulo nervoso intenso; as lentas têm um poder relaxante), de sua intensidade (se a pessoa estiver triste e cantar em volume alto, por exemplo, ficará animada), do timbre, do tom, dos intervalos (que são a origem da melodia e da harmonia) e da duração (que é a base do ritmo). A produção do som, levando em conta esses aspectos, pode transformar o estado de ânimo, ajudar a antecipar, organizar e sincronizar o movimento, estimular a imaginação e a memória, normalizar a comunicação e facilitar a expressão dos sentimentos.

A musicoterapia é muito utilizada em crianças para melhorar sua auto-estima, atenção, concentração, coordenação, aprendizagem e socialização, assim como na terceira idade. Mas também é indicada para adultos com problemas físicos, emocionais, intelectuais e sociais, ou simplesmente para melhorar o bem-estar pessoal. Segundo explica Isabel Agudo, “a musicoterapia beneficia a todas as pessoas de todas as idades e com todo tipo de problemas, uma vez que consideramos que a música é uma conduta humana e todos somos seres musicais”.

A música é um meio para se comunicar que evoca, associa e integra, e nisso reside seu valor terapêutico, já que a doença é uma espécie de barreira na comunicação. O trágico da doença é que ela isola o sofredor, que necessita da presença de outros para satisfazer suas necessidades físicas e psicológicas. A musicoterapia é utilizada para exteriorizar as experiências subjetivas e restabelecer o equilíbrio. Com certeza, a magia do som continua existindo.

Fonte: La Vanguardia

Católicos ainda são maioria, mas evangélicos já representam 35% dos capixabas

A religião católica ainda é predominante no Espírito Santo, embora tenha perdido adeptos para outras denominações. Entre os evangélicos, a igreja que mais se destaca é a Assembléia de Deus. Os dados são de pesquisa realizada pelo Instituto Futura, em parceria com a rádio CBN. Os católicos representam 45% entre os entrevistados.

As denominações evangélicas reúnem 35% dos fiéis. A pesquisa mostra também que cerca de 60% dos que se disseram evangélicos já pertenceram à igreja Católica.

A Assembléia é seguida por 13% das pessoas consultadas. Em seguida vem a Maranata, com 8%. A igreja Batista vem em terceiro lugar, com 5%. Já a igreja Universal do Reino de Deus, aparece em 11º lugar, com 0,64% de participação entre os entrevistados.

O número de católicos tem diminuído. Em 2004,o percentual dos que diziam pertencer à igreja Católica era de 51%; em 2005 caiu para 49%, índice que manteve em 2006; em 2007 o percentual era de 47%.

Em contrapartida, a Assembléia de Deus foi a que mais cresceu neste quesito. Em 2004 a denominação era a escolhida por 8% dos entrevistados; em 2005 houve uma queda de 2%, mas já em 2006, o percentual subiu para 10%, índice que manteve em 2007.

Independentemente da denominação, para 39% dos entrevistados, a religião é fundamental. Para 55% é importante ou muito importante e 95% acreditam na “existência de um Deus ou alguma força superior”.

Entre os municípios da região metropolitana, a igreja Católica tem maior influência na capital, para 48% dos moradores consultados, enquanto a Assembléia de Deus tem mais fiéis na Serra, com16%.

Participação

A pesquisa Futura ainda questionou os entrevistados, de todas as denominações, sobre a freqüência com que costumam ir à igreja. A maioria, 25%, diz que faz isso uma vez por semana; 28% disseram comparecer aos cultos ou missas. Mas 23% confessaram não participar de nenhum evento ou encontro das denominações a que pertencem.

Além de comparecer aos cultos e missas, os capixabas também disseram se realizam algum trabalho religioso em suas comunidades ou em outras. O percentual dos que não participam de nenhuma atividade é de 70%.

De acordo com a pesquisa os mais esquivos são os moradores de Vitória, com ensino superior, pertencentes às classes A e B e à igreja Católica. Entre os que responderam sim ao questionamento, estão os 5% que realizam visitas a doentes e os 3% que participam de missões.

Destino e milagre

A fé dos capixabas também influencia o posicionamento quanto ao que define os acontecimentos da vida. Para 60% dos entrevistados, a vida é planejada por Deus, pelo destino. Já 33% acreditam no livre-arbítrio.

Para eles, cada um faz suas próprias escolhas. Mas o percentual dos que têm fé na intervenção divina para realizar coisas aparentemente impossíveis é expressivo. 83% dos entrevistados acreditam em milagres.

A pesquisa do Instituto Futura foi realizada nos dias 28 e 29 de fevereiro nos municípios da Grande Vitória, considerando Vitória, Serra, Cariacica e Vila Velha. A margem de erro é de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos. Para conferir a pesquisa completa, basta acessar o endereço www.futuranet.ws.

Fonte: Gazeta On Line

Vaticano divulga lista de novos pecados capitais da Igreja Católica

A manipulação genética, o uso de drogas, a desigualdade social e a poluição ambiental estão entre os novos pecados capitais pelos quais os cristãos devem pedir perdão, segundo a nova lista apresentada pela Santa Sé.

O Vaticano atualizou a lista de pecados capitais para adaptá-la à “realidade da globalização”.

Os novos pecados capitais – merecedores de condenação segundo a Igreja Católica – serão agregados aos anteriores: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, vaidade e preguiça.

Publicada no domingo no jornal do Vaticano, Osservatore Romano, a lista foi divulgada depois que o Papa Bento 16 denunciou a “queda do sentimento de pecado no mundo secularizado”, em meio à redução no número de católicos que praticam a confissão.

Sociedade

Em entrevista ao Osservatore Romano, monsenhor Gianfranco Girotti, responsável pelo tribunal da Cúria Romana que trata das questões internas do Vaticano, afirmou que, ao contrário dos anteriores, os novos pecados vão além dos direitos individuais e têm uma dimensão social.

“Há várias áreas relacionadas aos direitos individuais e sociais dentro das quais incorrer em atitudes pecaminosas. Antes de mais nada, a área bioética, dentro da qual não podemos deixar de denunciar algumas violações de direitos fundamentais da natureza humana, através de experiências e manipulações genéticas, cujos êxitos são difíceis de prever e manter sob controle”.

Na avaliação do prelado, a injustiça social e os crimes ambientais também estão na lista das novas ofensas pelas quais os fiéis devem pedir perdão e fazer penitência.

“A desigualdade social, onde os ricos se tornam cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres, alimentam uma insuportável injustiça social. Depois tem a área da ecologia, que hoje desperta grande interesse”, apontou o responsável pelo tribunal vaticano.

Na entrevista, Girotti citou ainda o uso de drogas como um dos novos pecados que merecem condenação.

“A droga enfraquece a psique e obscura a inteligência, deixando muitos jovens fora do circuito da Igreja”, explica.

Sociedade

Na interpretação de monsenhor Girotti, o pecado deixou de ser apenas uma questão pessoal e passou a ter maior influencia na sociedade.

“Antes, o pecado tinha uma dimensão individual, hoje tem uma impacto social, principalmente por causa da globalização. A atenção ao pecado agora é mais urgente devido aos reflexos maiores e mais destruidores que pode ter”, disse Girotti.

Na entrevista ao jornal do papa, o monsenhor recordou que entre os grandes pecados estão o aborto e a pedofilia e comentou o escândalo dos abusos sexuais cometidos por padres.

Ele admitiu que se trata de um problema grave, mas denunciou uma espécie de campanha contra a Igreja Católica por parte dos meios de comunicação.

“Estes fenômenos graves que foram denunciados demonstram a fragilidade humana e institucional da Igreja. Ela, porém, reagiu e continua reagindo para tutelar sua imagem e o bem do povo de Deus. Mas os meios de comunicação enfatizam o problema, prejudicando a imagem da Igreja”, declarou o clérigo ao jornal.

Confissão

Monsenhor Gianfranco Girotti falou dos novos pecados aos padres reunidos no Vaticano até o final de semana passado, durante curso de atualização sobre o sacramento da confissão.

Durante o curso, o responsável pelo tribunal informou que cada vez menos católicos confessam os próprios pecados aos padres. Girotti denunciou que cerca de 60% dos fiéis na Itália não se confessam, citando estatísticas da Universidade Católica italiana.

Na entrevista ao Osservatore Romano, Girotti recordou as recomendações para se receber o perdão.

“Confissão em 15 ou máximo 20 dias antes ou depois de cometer o pecado, comunhão, oração segundo as intenções do papa, pureza e caridade”, disse o clérigo.

Os novos pecados capitais

1. Fazer modificação genética
2. Poluir o meio ambiente
3. Causar injustiça social
4. Causar pobreza
5. Tornar-se extremamente rico
6. Usar drogas

Fonte: BBC Brasil

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