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Cristã copta sai da prisão e tem pena cancelada no Egito

Shadia Nagui Ibrahim, 47 anos, que estava presa após ter recebido uma pena de três anos de prisão por ter declarado que era uma cristã copta, quando na verdade tinha um pai muçulmano, foi libertada ontem.

As crianças no Egito herdam automaticamente a religião de seus pais. O pai dela, Nagui Ibrahim, era um muçulmano que se converteu ao cristianismo e usava documentos falsos. Ele deixou a casa da família quando ela tinha apenas dois anos.

Por isso ela pensava que ele fosse de fato cristão e era desta forma que ela se declarava. Até na certidão de casamento dela, em 1982, Nagui se declarou cristã.

Informações erradas anulam sentença

Ela foi presa por prover falsa informação em seus documentos oficiais e foi sentenciada a três anos de prisão no último dia 21 de novembro.

“O procurador-geral disse que o julgamento estava sendo conduzido com informações erradas”, contou o advogado dela, Ramses El Naggar.

Em 1996, o homem que forjou os documentos do pai dela foi preso com inúmeros documentos falsificados em mãos, entre eles, o de Ibrahim.

Por isso ela foi solta da prisão, pois na verdade, desconhecia sua origem muçulmana. Ainda não se sabe como ficará descrito o status religioso nos documentos dela. Se mudará ou não.

Fonte: Portas Abertas

Cristãos birmaneses fogem para os EUA e pedem asilo

Um birmanês foi obrigado a fugir de seu país em junho passado por pregar o cristianismo e acabou chegando de forma memorável aos Estados Unidos.

O homem foi pego distribuindo literatura cristã nas ruas de Mianmar (ou Birmânia), onde os cristãos e outros religiosos (como os budistas) são perseguidos pela junta militar governante.

O homem disse que os soldados o prenderam por difundir o cristianismo e o espancaram até ficar inconsciente porque ele se recusou a falar contra a sua fé.

“Quando acordei, eu estava no hospital”, descreveu o homem nos documentos enviados ao tribunal de imigração dos EUA, em que pediu asilo político.

Ele conta que um dos médicos lhe disse que os soldados estavam voltando. Desesperado, ele ainda convalescente, pulou por uma janela do banheiro e correu.

Ele contou que se escondeu na Tailândia durante um mês até que conheceu uma pessoa que o levou de navio até a Cidade do México. De lá, ele atravessou a Ponte das Américas e chegou aos EUA.

Asilo concedido

O homem que não revelou o nome por meio de represálias contra sua família que está em Mianmar, foi representado por advogados pelo Centro de Advocacia Imigrante Las Américas, em El Paso, no Texas.

Ele ganhou asilo político no fim de agosto e está vivendo agora com um primo na costa oriente, informaram os advogados dele.

Cynthia Canales, advogada da equipe do Centro Las Americas em El Paso, disse que casos de asilo freqüentemente ficam parados por falta de testemunhos que comprovem a história dos imigrantes. O candidato tem que mostrar que se ele voltar ao país será perseguido pelo governo . Só de 10 a 25% dos casos têm êxito, segundo ela.

O caso do birmanês que chegou a El Paso em junho foi sustentado pelo fato que um manual cristão intitulado “A Condução da Cruz” foi achada nos pertences dele. Canales disse que ela perguntou ao cliente dela por que ele pediu asilo no EUA e não em outro país.

Ele respondeu que “os EUA eram um dos únicos países, se não o único país, que tenta proteger os direitos humanos em Mianmar”.

Outros nove casos por causa da fé cristã

Freqüentemente, a instabilidade política de um país provoca a imigração de países bem distantes aos EUA. O Departamento de Imigração e funcionários de Execução da Alfândega revelaram que nove birmaneses estão detidos no centro de imigração de El Paso.

Funcionários não puderam dizer se casos como estes aumentaram, mas os advogados de imigração disseram que os motivos para a fuga destes birmaneses também foram as sanções severas contínuas contra membros de religiões minoritárias.

“O desassossego em Mianmar alcançou El Paso e as portas das Américas”, disse Raymundo Eli Rojas, diretor executivo do Centro Las Americas. ”

“Esperamos ver mais pessoas da região por causa dos abusos aos direitos humanos que continuam acontecendo por lá.” O grupo também trabalha em outro caso de asilo que envolve outro cristão evangélico birmanês que conseguiu fugir de uma prisão militar.

Junta militar

Mianmar está sob o controle militar desde 1962. A junta atual chegou ao poder em 1988 depois de esmagar demonstrações pró-democráticas brutalmente a um custo que levou pelo menos três mil vidas, segundo estatísticas oficiais.

Seus soldados derrubaram demonstrações pró-democracia conduzidas por monges budistas em setembro passado ( leia mais).

No mês passado, o Senado dos EUA aprovou uma legislação para apertar sanções econômicas contra a junta governante de Mianmar, proibindo a importação dos rubis daquele país e de jade de alta qualidade.

Fonte: Portas Abertas

Atividades de missões cristãs estão mais restritas no Afeganistão

Depois da forte pressão feita por clérigos muçulmanos que protestaram contra a presença de missões cristãs no país, as autoridades começam a restringir de fato as atividades de missionários. Os vistos para os “suspeitos” estão sendo negados.

Todos os websites de missões estão sendo examinados e se eles se referirem a qualquer atividade cristã, onde quer que seja, são retirados do ar.

“Isto não significa que a presença deles não seja bem-vinda “, escreveu um correspondente que está no país e pediu para não ter seu nome revelado por questões de segurança.

“Talvez seja uma fase e as restrições diminuam depois, ou pode ser que o cerco fique pior. Freqüentemente vi governos agirem assim e depois de um tempo constatamos que eram apenas gestos temporários”, disse a fonte em um email enviado à ANS.

Cristãos estão ajudando a reconstruir a nação

“O dinheiro e as habilidades dos cristãos ajudaram a reconstruir o país. O envio de enfermeiras, doutores e técnicos serve bem ao Afeganistão. Foram construídas escolas, hospitais, clínicas e muitos outros trabalhos foram desenvolvidos por cristãos que atuam no país”, explica a fonte.

O autor continua: “Um antigo provérbio afegão diz “bae laeq saeg daerya murdar naeme sae (waed)” , ou seja ‘um rio não está contaminado só porque um cachorro bebeu água’.
O correspondente conclui: “A pacificação da província de Helmand está acontecendo lentamente e bombardeios suicidas aumentaram em Cabul como resultado da expulsão de extremistas islâmicos. A modernização do Afeganistão está em curso e o processo não pode ser interrompido. Por favor, orem por nós”.

Fonte: Portas Abertas

Israel e Palestina: Igrejas suportam o peso do ódio religioso

Durante séculos, milhões de peregrinos cristãos visitaram a Terra Santa para orar nos templos santos. Cristãos palestinos de todas as denominações foram os responsáveis pela construção desses templos para adoração ao longo dos tempos e sempre gozaram de liberdade religiosa, sem enfrentar nenhum problema com seus vizinhos muçulmanos.

A situação começou a mudar na última década, depois que a Autoridade Palestina, instituição governamental semi-autônoma que detém o controle sobre os assuntos de segurança e civis nas áreas urbanas palestinas, começou a controlar a maior parte da Terra Santa.

O número de islâmicos fundamentalistas aumentou e a boa relação entre as duas religiões começou a ruir. Conforme o número de islâmicos crescia, o desrespeito às leis aumentava nos territórios onde militantes islâmicos encorajavam atos – às vezes ilegais – para o avanço de sua causa.

Os cristãos contam que agora experimentam um sentimento anticristão da parte dos muçulmanos. Isso vai de xingamentos e acusações até espancamentos e assassinatos. Os cristãos foram proibidos de celebrarem seus feriados. Em dezembro, o governo do Hamas em Gaza baniu todas as celebrações pelo ano-novo e pelo primeiro dia do ano cristão, um feriado tradicional.

Na Cisjordânia, um grupo islâmico chamado Guardiões da Sharia (a lei islâmica) preveniu os moradores a não comemorarem os feriados de fim de ano.

Expulsão de terras e profanação de igrejas

Além de serem extorquidos e terem suas terras tomadas por oficiais da Autoridade Palestina, alguns cristãos contam que não puderam fazer nada enquanto sofriam o que eles chamam de “maior das injustiças”: a destruição e a profanação de suas igrejas.

“Os islâmicos querem nos matar. Esse é o princípio deles, e também sua crença. Eles não querem cristãos neste país. Eles não querem saber nossos nomes, não querem nos ver. Essa é a realidade”, disse o reverendo Tomey Dahoud, líder da Igreja Ortodoxa Grega em Taubas, cidade próxima a Jenin.

A igreja do Rev. Tomey, construída há mais de um século, vem sendo danificada desde que um salão na entrada da igreja fora atingido por uma bomba em setembro de 2006. O ataque amedrontou as outras 14 igrejas cristãs em Taubas, causando um considerável decréscimo no número de membros.

“Tivemos problemas com os muçulmanos, mas eles nunca tocaram na casa de Deus”, explicou o reverendo. “O que significa incendiar uma igreja? É um crime, um ato de terrorismo”.

Os remanescentes

Em Tulkaram, cidade da Cisjordânia, a última família cristã que tomava conta da Igreja Ortodoxa Grega, datada de mais de 200 anos, disse que não agüenta mais a intolerância e que precisa praticar sua religião em liberdade.

“Estamos preparando nossa mudança para o exterior, para um lugar onde possamos viver uma vida melhor sendo cristãos”, disse o reverendo Dahoud Dimitry, que liderava a paróquia São Jorge da Igreja Ortodoxa Grega em Tulkaram, incendiada em 16 de setembro de 2006, em um ataque criminoso.

Há mais de 30 anos, a comunidade cristã era próxima a 2.000 pessoas, agora, os familiares do Rev. Dahoud são os únicos 12 cristãos remanescentes nessa fortaleza islâmica.

Fonte: Portas Abertas

Igreja anglicana nos EUA cassa ordens ministeriais de bispo dissidente

A bispa presidente da Igreja Episcopal Anglicana dos Estados Unidos, Katharine Jefferts Schori (foto), desligou, na sexta-feira, 11 de janeiro, o bispo da Diocese de São Joaquim, John-David Schofield, do exercício e do ministério ordenado da igreja.

Jefferts Schori baseou a exclusão do colega no resultado da Comissão de Revisão, ao concluir que Schofield abandonou a comunhão da Ecusa e de ter renunciado abertamente a doutrina, disciplina e culto da igreja.

Schofield incentivou a convenção da Diocese de São Joaquim, reunida no dia 8 de dezembro, a votar pela separação da Ecusa e filiação à Igreja Anglicana do Cone Sul da América. Antes da convenção, informa a reverenda Mary Frances Schjonberg, correspondente da revista Episcopal Life Media, a bispa presidente da igreja estadunidense advertiu o colega a respeito das conseqüências do que estava propondo.

A presidente da Ecusa nomeou o cônego Robert Moore como pastor interino da Diocese de São Joaquim. No sábado, 26 de janeiro, a presidente da Câmara dos Deputados da igreja estadunidense, Bonnie Anderson, vai se reunir com pessoas da diocese que não concordam com a desvinculação organizada por Schofield e que pretendem continuar na Ecusa, com vistas à reconstrução da diocese.

O bispo dissidente tem dois meses para retratar-se ou renunciar às ordens ministeriais da igreja norte-americana. A Câmara dos Bispos da Ecusa, que vai se reunir de 7 a 13 de fevereiro em Camp Allen, nas proximidades de Houston, Texas, examinará e votará o parecer da Comissão de Revisão.

A Comissão de Revisão concluiu que também o bispo da Diocese de Pittsburgh, Robert Duncan, afastou-se da doutrina e disciplina da Ecusa. A bispa presidente encaminhou pedido aos três bispos diocesanos com mais tempo de ordenação, como estabelece os regulamentos, de autorização para inibir o exercício ministerial de Duncan. Essa autorização foi concedida para o caso do bispo Schofield, mas não para Duncan.

“Poucos bispos têm sido tão leais como eu à doutrina, disciplina e culto da Igreja Episcopal. Eu não abandonei a comunhão dessa igreja. Continuarei servindo-a e ministrando como bispo da Diocese Episcopal de Pittsburgh”, declarou Duncan, depois de ser informado sobre a decisão do Comitê de Revisão.

O bispo da diocese de Fort Worth, Jack Iker, apoiou Duncan e disse, num comunicado, que lhe parece “trágico e profundamente inquietante que a bispa presidente tentara empreender um procedimento canônico contra o bispo de Pittsburgh antes que a convenção diocesana tomasse uma decisão final sobre sua separação da Igreja Episcopal”.

Fonte: ALC

Espetáculo dirigido por Norton Nascimento estréia em SP

A atriz Kelly Nascimento tomou as rédeas da peça “Elias, a história”, que estava sendo dirigida pelo marido, o ator Norton Nascimento (foto), que morreu no dia 21 de dezembro de falência cardíaca causada por um quadro de infecção pulmonar.

Com textos da própria Kelly, o espetáculo mostra a saga ministerial do profeta Elias, que desafiou e exterminou os profetas de Baal, e restaurou o culto a Deus em Israel, conforme relato bíblico no 2º livro de Reis capítulo 18.

O elenco é formado por cerca de 65 atores e bailarinos da Igreja Renascer em Cristo. A peça será encenada nos dias 25 e 26 de janeiro, com sessões às 17h e 20h30, no Cine Teatro Copan, em São Paulo. Além do Ministério de Dança e Teatro, participa da montagem a Orquestra Sinfônica Renascer, sob direção do maestro Vladimir Zolnerkevic.

“Esse espetáculo não fica devendo em nada às montagens seculares”, compara Kelly, que fez questão de dar continuidade ao trabalho de Norton, falecido há um mês. “O cenário, o som, a luz: tudo está sendo preparado com muita competência”, diz.

A atriz, que iniciou o trabalho na igreja junto com o marido, vai continuar à frente do Ministério de Teatro Renascer, que já existe há 4 anos. “Temos uma equipe fixa muito talentosa, que tem crescido a cada apresentação”, justifica Kelly, que já faz planos para a próxima peça cujo tema será a história da rainha Ester.

Informações à imprensa: Adriana Bernardo, (11) 7811-0504

Serviço:

Peça: Elias, a história
Data: 25 e 26 de janeiro
Horário: às 17h e às 20h30
Local: Cine Teatro Copan
Endereço: Av. Ipiranga, 200 – Centro – SP
Ingresso: 1 kilo de alimento não perecível (exceto sal)

Igreja prepara ato de desagravo ao Papa Bento XVI

A Igreja católica italiana prepara para este domingo na Praça São Pedro um grande ato em solidariedade ao Papa Bento XVI, com a participação de personalidades políticas da Itália, após o cancelamento da visita do Sumo Pontífice à universidade La Sapienza de Roma.

A iniciativa foi lançada pelo cardeal vigário de Roma, Camillo Ruini, como resposta à onda de protestos de professores e estudantes da universidade La Sapienza.

Segundo cálculos da imprensa local, cerca de 300.000 pessoas irão participar do ato organizado para a hora do Ângelus dominical.

“Será um gesto de afeto e de expressão da alegria que sentimos por ter Bento XVI como bispo de Roma e como Papa”, afirmou Ruini em comunicado.

“Vamos ser muitos, queremos que o Santo Padre sinta que o amamos”, admitiu o padre Oscar, entre os milhares de religiosos que assistirão ao ato.

Destacados dirigentes dos três partidos de centro-direita, Aliança Nacional, Força Italia e União dos Democratas Cristãos, confirmaram sua presença assim como líderes sindicais, associações e estudantes de colégios e universidades católicas, além de vários dirigentes da formação de esquerda Pólo Democrático.

“Não se trata de uma reunião política e sim de um momento de oração e solidariedade”, explicou o cardeal Ruini.

As grandes organizações católicas nacionais e internacionais, entre elas Opus Dei, Comunhão e Libertação, Ação Católica, Pax Christi, Associação de Trabalhadores Católicos vão mobilizar seus membros.

Milhares de fiéis, provenientes de toda a Itália, irão confluir para a Praça São Pedro e se unirão aos 50.000 estudantes que já eram esperados para festejar a Jornada da Escola Católica.

Para as pessoas que não poderão assistir ao ato em Roma, a prefeitura de Milão (norte), decidiu instalar uma tela gigante na praça central para transmitir o Ângelus.

“É uma iniciativa aberta a todos que consideram grave, se não infame, o fato de terem negado a palavra ao Sumo Pontífice em uma das maiores universidades da Itália”, declarou o vice-prefeito de Milão, Riccardo de Corato.

O líder da Igreja Católica havia sido convidado pelo reitor da prestigiada universidade La Sapienza para a inauguração do ano acadêmico, mas cancelou a participação dois dias antes, o que gerou uma avalanche de reações por parte de personalidades que defendiam o “direito do Papa de falar” e lamentavam o cancelamento da visita.

Mais de 60 professores e estudantes defensores da laicidade da pesquisa e críticos do Papa protestaram contra a visita do líder máximo da Igreja católica.

Fonte: AFP

Prefeito pressiona pastor a banir crianças da igreja

A polícia em Gyanja, segunda maior cidade do Azerbeijão, ameaçou o pastor Elshan Samedov de prisão, caso não banisse de vez as crianças de comparecerem aos cultos e não parasse com as reuniões em duas igrejas próprias adventistas.

“As pessoas não têm o direito de se reunirem para louvar a Deus da maneira que querem”, disse ao Forum18 o prefeito Alovset Mamedov. “Elas precisam de permissão”.

O pastor, por sua vez, se defende: “Mamedov ameaçou prender-me por ‘converter’ as pessoas ao cristianismo”, declarou. “Ele viola nossos direitos de adorar a Deus – e ele insultou minha dignidade pessoal. Quem deu a ele a condição de violar meus direitos?”, questiona o Elshan Samedov.

Declaração assinada

O prefeito Mamedov exigiu que o pastor Samedov assinasse uma declaração de que ele impediria as crianças de irem à igreja, mas ele se recusou a fazer isso.

Após uma batida policial em Baku, capital do país, a polícia tentou pressionar oito adventistas a desistirem de sua fé e multou-os sob o Código Administrativo por realizarem reuniões “ligadas à conduta de rituais religiosos com o objetivo de atrair jovens”.

O prefeito voltou a dizer ao Forum18 da obrigação de ter uma permissão para os cultos cristãos de acordo com o Estatuto municipal. O pastor Samedov reclama das ameaças do prefeito durante o interrogatório.

Ameaças de falsas testemunhas

“Ele disse que poderá encontrar testemunhas para testemunhar contra mim, e mais, de que eles teriam provas concretas através de fotos. Talvez não fosse uma ameaça de verdade, mas certamente ele queria intimidar. Ele viola nossos direitos de adorar a Deus. Quem deu a condição para ele violar meus direitos?”.

Entretanto o prefeito Mamedov negou veementemente tais ameaças. “Eu não ameacei o pastor – não possuo qualquer queixa contra ele”, alegou ao Fórum 18. “Apenas disse para ele para agir de acordo com a lei”.

Crianças em ambientes religiosos

Durante o interrogatório de três horas, Mamedov acusou o pastor Samedov de permitir que crianças compareçam à igreja. “As crianças deveria ir à escola aos sábados”, disse Mamedov ao Forum18. “Existe uma instrução municipal que não permite crianças de freqüentarem igrejas, mesquitas ou qualquer outro tipo de ambiente religioso”.

O prefeito Mamedov exigiu que o pastor Elshan Samedov assinasse uma declaração de que ele iria evitar as crianças de freqüentarem a igreja, mas ele recusou. “Eu expliquei para ele de que os pais levam seus filhos à igreja, como posso proibir uma ordem dos pais?”, disse ele ao Forum18.

Fonte: Portas Abertas

Fiéis da Igreja Universal entram na Justiça contra a Folha

Desde o início desta semana, 28 fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) entraram na Justiça com ações individuais contra a Empresa Folha da Manhã S.A., que edita a Folha de São Paulo.

Apesar de os processos serem independentes -cada um tramita numa determinada cidade ou Estado-, todos os fiéis alegaram judicialmente terem se sentido ofendidos pela reportagem “Universal chega aos 30 anos com império empresarial”, publicada pela Folha de São Paulo em de 15 de dezembro.

Procurada pela reportagem desde anteontem, a Igreja Universal do Reino de Deus não se pronunciou. A reportagem telefonou nos dois dias e enviou e-mail com perguntas para o departamento jurídico da igreja, conforme indicação da assessora de imprensa.

A reportagem é da jornalista Elvira Lobato, que também foi citada nas ações de indenização por danos morais.

No texto, a repórter relatou que, em 30 anos de existência, a Igreja Universal construiu um conglomerado empresarial em torno do grupo. Lobato informou que uma das empresas da Iurd, a Unimetro, está ligada à Cableinvest, registrada no paraíso fiscal da ilha de Jersey, no canal da Mancha.

“O elo aparece nos registros da empresa na Junta Comercial de São Paulo. Uma hipótese é que os dízimos dos fiéis sejam esquentados em paraísos fiscais”, informou a repórter.

Semelhanças

Nos processos, os 28 fiéis sustentaram que a reportagem “insinuou” que os membros da igreja são pessoas inidôneas e que o dízimo pago por eles é produto de crime.

Todos os textos são muito parecidos, com parágrafos e citações bíblicas idênticas.

Por exemplo, o processo movido pelo pastor Nalcimar Estevam Araújo, de Jaguarão (RS), por meio da advogada Maristela Carvalho de Freitas, tem 23 parágrafos idênticos ao iniciado por Ailton Cantuário da Silva, de Catolé do Rocha (PB), que é defendido pela advogada Kaline Gomes Barreto.

Até mesmo o dano narrado pelas partes é idêntico:

“O autor [da ação] passou a ser apontado por seus semelhantes com adjetivos desqualificantes e de baixo calão, além de ser abordado com dizeres do tipo: “Viu só! Você que é trouxa de dar dinheiro para essa igreja!” “Esse é o povo da sua igreja! Tudo safado!!” “Como é que você continua nessa igreja? Você não lê jornal, não?” “É. Crente é tudo tonto, mesmo.'”

Em todos os demais processos, cada um dos fiéis também diz ter ouvido exatamente as mesmas frases provocativas.

Na grande maioria, as ações foram abertas em cidades pequenas, como Santa Luzia (PB), Cajazeiras (PB), Bom Jesus da Lapa (BA), Canavieiras (BA), Bataguassu (MS), Alegre (ES) e Barra de São Francisco (ES).

“Nenhum dos autores foi mencionado na reportagem e não há referência negativa nem aos fiéis da religião nem à Igreja Universal. Não houve nenhum abuso do direito de informação. Sei que sairemos vencedores nessa discussão”, afirmou a advogada Taís Gasparian, que representa a Folha.

Os e-mails enviados à Iurd não foram respondidos até o fechamento desta edição. No fim da tarde de ontem, a assessoria disse que “achava” que a igreja não se manifestaria.

Fonte: Folha de São Paulo

Papa deve alterar oração polêmica sobre judeus, diz jornal

O papa Bento 16 decidiu modificar uma polêmica oração que prega a conversão dos judeus, afirmou na sexta-feira o jornal italiano diário Il Giornale. O processo envolveria ao menos a remoção de uma referência à “cegueira” judia a respeito de Cristo. Mas as mudanças poderiam ser mais profundas.

Segundo um membro do Vaticano, as alterações devem ser anunciadas antes da Sexta-Feira Santa, que cai no dia 21 de março neste ano. Outros detalhes não foram fornecidos. A Sexta-Feira Santa marca o dia em que os cristãos lembram a morte de Jesus.

O Vaticano não quis se manifestar oficialmente sobre a reportagem.

No ano passado, surgiu uma polêmica quando o papa baixou um decreto permitindo um uso mais disseminado da Missa em Latim e de um missal, um livro de orações, deixado de lado depois das reformas aprovadas pelo Concílio Vaticano Segundo, realizado entre 1962 e 1965.

A oração da Sexta-Feira Santa em latim pede que deus retire o “véu” do coração dos judeus a fim de que reconheçam Jesus Cristo e fala da “cegueira” do povo judeu.

Os judeus defenderam a realização de mudanças na missa em latim que, se não alterada, seria usada por centenas de milhares de tradicionalistas que seguem o antigo ritual.

A grande maioria dos 1,1 bilhão de católicos do mundo usa um missal elaborado depois do Concílio Vaticano Segundo e que inclui uma oração da Sexta-Feira Santa para os judeus, mas que não faz referência à “cegueira” judia em relação a Jesus.

As críticas mais duras ao decreto papal partiram das comunidades judaicas dos EUA e havia temores de que a polêmica ressurgisse durante uma visita do líder católico ao território norte-americano, no final de abril.

O decreto de Bento 16, divulgado no dia 7 de julho, autorizou um uso mais amplo do antigo missal em latim, uma manobra que os católicos tradicionalistas exigiam havia décadas, mas que, segundo grupos judaicos e outros grupos cristãos, poderia provocar um retrocesso no diálogo entre as religiões.

A adoção da medida tem enfrentado problemas. O segundo homem na hierarquia da Igreja, cardeal Tarcisio Bertone, disse recentemente que o Vaticano preparava um documento a respeito de como a medida deveria ser adotada no mundo todo.

Antes do Concílio Vaticano Segundo, a missa e as orações católicas contavam com um elaborado ritual celebrado em latim por um padre que ficava de costas para a congregação.

Muitos tradicionalistas, desde então, sentem falta do sentimento de mistério que cercava aquela celebração e o antigo canto gregoriano que a acompanhava.

Alguns criticaram as reformas do Concílio, entre as quais o repúdio à culpa coletiva dos judeus pela morte de Cristo, e defenderam a realização de um diálogo com todas as outras religiões.

Fonte: Reuters

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