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Estevam Hernandes pode virar nome de Rua em São Paulo

O pai do apóstolo Estevam Hernandes Filho, da Igreja Renascer, pode virar nome de rua em São Paulo. Tramita na Câmara um projeto da vereadora Noemi Nonato (PSB), para que um endereço na Vila Mariana (localizada entre a Praça do Povo Húngaro e a Rua Gregório Serrão) ganhe o nome de “Rua Estevam Hernandes”.

O texto da proposição é exatamente o mesmo que havia sido apresentado, em 2005, pela vereadora Lenice Lemos (DEM), mas arquivado um ano depois. Bispa Lenice, como ficou conhecida, foi expulsa da Renascer em maio de 2006, por suposto desvio de dízimos, três meses antes de retirar da Câmara o projeto de homenagear o pai do líder da igreja.

Fonte: Jornal Poder

Mãe acorrenta filho usuário de crack em Araraquara

Uma mãe acorrentou o filho de 15 anos, em Araraquara, para evitar que ele consumisse drogas e fosse morto por traficantes. O caso foi descoberto anteontem pelo Conselho Tutelar, acionado pela mulher, que contou tê-lo amarrado no dia anterior.

Como o filho acabou se envolvendo em brigas no bairro onde a família mora, chegando a ser espancado, a mãe acabou descobrindo que ele era usuário de crack e tinha dívida com traficantes.

Gilberto Aparecido da Silva, coordenador do conselho, disse que o adolescente estava amarrado pelos pés e pelas mãos e que a corrente estava presa em uma grade no interior da casa. “Ela sofreu muito para fazer isso, mas foi um ato de desespero e amor.”

Segundo ele, a corrente era longa e permitia que o jovem andasse pelos cômodos da casa, inclusive para se alimentar e ir ao banheiro.
O jovem é o segundo de quatro filhos. Não conheceu o pai, que morreu quando ele tinha três meses. A família sobrevive com renda de R$ 570 mensais.

O caso será encaminhado à Promotoria e à Vara da Infância e Juventude. O promotor Flávio Nunes da Silva disse que vai aguardar o relatório antes de comentar o assunto.

Os conselheiros chegaram a conversar com o jovem, que negou ser viciado. Ao ser solto pela mãe a pedido do conselho, foi levado ao um pronto-socorro e, após exames, encaminhado a uma clínica de recuperação de dependentes químicos na região.

Fonte: Folha de São Paulo

A Bíblia, na ponta de um alfinete

Pesquisadores do Departamento de Tecnologia da Universidade de Haifa, no norte de Israel, conseguiram colocar em 0,5 milímetro quadrado todo o Antigo Testamento mediante um dispositivo de impressão microscópica.

Segundo os participantes da experiência, é a menor Bíblia do mundo. Quase não tem o tamanho da cabeça de um alfinete e inclui as 300 mil palavras do Antigo Testamento em hebraico.

O assessor para programas educacionais do centro universitário, Ohad Zohar, explicou à Agência Efe que o projeto foi idealizado por meio de um sofisticado aparelho que permitiu aplicar a técnica de impressão chamada de Feixe de Íons Focalizado (FIB, na sigla em inglês).

Essa técnica permite gravar em uma superfície diminuta, que neste caso foi de silicone, os íons ou átomos de um metal brando nos quais de forma prévia foi escaneado de forma microscópica um texto.

Zohar afirmou que a execução do projeto teve uma hora de duração e o experimento foi desenvolvido pelo professor Alex Lahav com fins “educativos”, em resposta a uma iniciativa de Uri Sivan, especialista israelense em nanotecnologia.

“Esse tipo de técnica não é nova, é praticada há mais de uma década. O que é novidade é a enorme quantidade de informação que desta vez conseguimos acumular”, comentou Zohar.

“Tratava-se de tentar demonstrar que é possível reduzir um texto complexo e extenso como a Bíblia a um espaço mínimo”, acrescentou.

“Quão pequena podia ser uma Bíblia?”, perguntou-se Zohar, antes de responder que essa premissa serviu para a conquista dos resultados nesse desafio.

“Queríamos superar (o desafio) com o objetivo de estimular os estudantes em nanotecnologia e fazer com que vissem as enormes possibilidades que temos atualmente para armazenar quantidades de informação”.

“Talvez no futuro estabeleçamos um prêmio para quem conseguir fazer uma Bíblia ainda menor”, avaliou.

Segundo Ohad Zohar, a “microBíblia” feita na Universidade de Haifa é a menor do mundo. “Isso nos foi comunicado pelos analistas do livro Guinness de recordes”, assegurou.

“Disseram (do Guinness) que esse recorde demorará ainda algum tempo para se tornar oficial, mas que, até onde eles sabem, se trata, definitivamente, da menor Bíblia do mundo”, acrescentou Zohar.

De acordo com o Guinness, a menor Bíblia de que se tinha notícia ocupa 2,8 por 3,4 centímetros, e seu autor é um professor indiano cuja façanha remonta ao ano de 2001.

“Nossa Bíblia ocupa um espaço infinitamente menor”, afirmou Zohar, que disse ter escolhido para seu projeto o Antigo Testamento porque “não queria um texto qualquer”.

Fonte: EFE

Clima em igreja mostrava preferência clara por Obama

Horas antes de os resultados oficiais indicarem que o democrata Barack Obama havia obtido uma vitória consagradora no chamado caucus de Iowa, já era possível ter uma pequena amostra do êxito do candidato no Estado.

Na Igreja New Hope Assembly of God, um dos mais de 1,7 mil locais em que foram realizados o caucus de Iowa, Obama teve uma vitória ainda mais expressiva do que a obtida em sua média geral na prévia do Estado. Na igreja situada em Urbandale, ao norte da capital Des Moines, Obama venceu de lavada, com mais de 49% da preferência. Com um total de 135 votos, contra 77 de John Edwards e 62 de Hillary Clinton.

Assim que chegavam ao local, os simpatizantes de diferentes candidatos se posicionavam em diferentes cantos da sala. Os bancos à direita foram os escolhidos pelo grupo que apoiava Hillary Clinton, os do centro, ficaram com os simpatizantes de Obama. Os seguidores de John Edwards se sentaram à esquerda e os representantes de candidatos menos expressivos, como Joseph Biden, Bill Richardson e Denis Kucinich se sentaram à extrema esquerda – vale frisar que o posicionamento dos representantes de cada candidato dentro da sala nada teve a ver com o posicionamento ideológico dos políticos que defendiam. Contagem Assim que todos os participantes chegaram à igreja, assinaram suas fichas de inscrição e provaram ser moradores de Iowa, a contagem de cabeças começou.

Em Iowa, o critério do caucus é distinto para republicanos e democratas. Enquanto que os primeiros seguem uma votação mais ou menos tradicional, os democratas se baseiam em uma votação visual – na qual representantes dos diferentes candidatos se separam em diferentes cantos de um recinto, a fim de manifestarem suas preferências. Assim que a contagem começou, já ficou claro que Obama iria se destacar. Os bancos do centro, onde se sentaram seus representantes, eram visivelmente os mais cheios e disputados. Pouco depois, o chefe do caucus da igreja New Hope revelou os dados da contagem inicial. Obama venceu com 111 votos, superando os 67 de Edwards, 61 de Clinton, 19 de Richardson, 11 de Biden, 4 de Kucinich, 2 de Dodd e oito de indecisos. Candidato “viável” Pelas regras da prévia de Iowa, o grupo que apóia um candidato que, na média geral, obteve menos de 15% deve se reagrupar e apoiar um candidato considerado ”viável”, ou seja, que supera a cifra de 15%, caso de Obama, Edwards e Clinton. Com isso, começam uma série de conversas por todo o recinto, com simpatizantes dos respectivos candidatos tentando cooptar indecisos e representantes de ”candidatos nanicos”.

Conner Tipping, o ”capitão” da candidatura de Joseph Biden no local, disse que iria apoiar Hillary Clinton, uma vez que, pela estratégia da campanha, seria importante que ela obtivesse a vitória, a fim de garantir que John Edwards não estivesse entre os dois primeiros colocados, permitindo que Biden possa tentar chegar entre os três primeiros nas próximas primárias e caucus. A hipótese da campanha de Biden era que se Edwards chegasse em terceiro em Iowa, ele provavelmente iria desistir da disputa presidencial, abrindo assim o caminho para Biden. Dessa forma, Conner foi tranquilamente andando até o canto direito da sala, onde se sentou com os simpatizantes de Hillary, medida que foi recebida com aplausos por eles. Aplausos Já a campanha de Richardson havia instruído os seus simpatizantes a optarem por Obama, caso o candidato não tivesse uma votação expressiva.

Mas, ao contrário do disciplinado capitão de Biden, o capitão da candidatura Richardson disse que iria se juntar ao grupo que apoiou Edwards. Os outros 18 seguidores de Richardson também ignoraram a estratégia do comando e optaram por seguir seus corações, dividindo-se entre Obama, na maioria, e Edwards. Cada nova adesão era recebida com novos aplausos. Josh Kaiser, um dos simpatizantes de Obama, diz descartar as acusações de que o candidato tem pouca experiência. ”Talvez ter menos experiência em Washington seja o que estamos precisando, ainda mais agora, que temos um governo corrupto”. Sua mulher, Beth, endossa o apoio dado pelo marido e diz ter se entusiasmado com Obama após ter visto o candidato discursando em comícios. Ela acredita que o senador pelo Estado de Illinois tem boas chances de ser o candidato democrata à presidência e conquistar a Casa Branca. Após inúmeras andanças pela sala-igreja e extensas conversas entre os participantes, foi feita uma nova contagem.

Assim que o chefe da seção anunciou os novos números de Obama, seus simpatizantes urraram e bateram palmas. Juramento Do lado democrata, o caucus da Igreja New Hope Assembly of God está concluído. E os participantes começam a recolher seus casacos pendurados do lado de fora antes de enfrentarem as temperaturas abaixo de zero e retornarem para suas casas. Ainda há tempo de conferir como foi a votação na outra sala da igreja, onde se reuniram os republicanos. Lá também a votação parece um microcosmo do que foi o caucus de Iowa como um todo. Mike Huckabee é o vencedor, com 75 votos, superando Mitt Romney, com 40, Fred Thompson, com 37, John McCain, com 15, Ron Paul, com 13, e Alan Keyes, com apenas 1 voto.

Ao contrário do lado democrata, em que a contagem de votos se deu pouco após a chegada dos representantes de cada candidato, sem maiores preâmbulos, entre os republicanos o caucus começou com uma oração e o juramento à bandeira americana. Em seguida, os simpatizantes de cada candidato votaram em seus favoritos numa cédula eleitoral convencional.

”Nós somos mais civilizados do que eles. Sei bem porque já estive do outro lado. A confusão do lado deles é muito grande”, afirma a eleitora republicana Josette Daum, aos risos. Ela conta ter votado em Mitt Romney, mas diz gostar também do vencedor, Mike Huckabee.

”Fico feliz que ele tenha vencido. Acho que ele poderá ser eleito. Ele passa a imagem de um sujeito comum e os eleitores se identificam com ele.”

Fonte: BBC Brasil

Pastor luterano conta que mais duas igrejas foram queimadas no Quênia

Em entrevista à Radiobrás, o pastor Carlos Winterle, um brasileiro que vive em Nairóbi, contou que pelo menos mais duas igrejas cristãs foram queimadas e relatou como está a situação na capital. Missionário da igreja luterana no país, Winterle diz que a expectativa é de que até terça haja tumulto.

“A polícia está impedindo as pessoas de ir ao centro da cidade e nossa igreja fica exatamente no Parque Uhuru, onde são as grandes concentrações. Não sei se poderemos ter culto no final de semana”, lamenta.

Ele conta que desde o dia 26 de dezembro a família está reclusa em casa. Só saiu duas vezes e de forma rápida, no dia 31 e na quarta-feira para ir ao supermercado.

“Mas a situação é de um silêncio constrangedor no mercado, todos apressados, comprando alimentos para fazer estoque em casa, prevendo dias piores. Pão, frutas e verduras, à medida que são colocados no balcão, desaparecem nas mãos dos consumidores. No país vizinho, Uganda, já começa a faltar combustível, pois depende do abastecimento rodoviário do Quênia”, conta o pastor.

Igrejas anglicana e luterana são incendiadas

De acordo com Winterle, só ontem foram liberadas imagens ao vivo na televisão. Foi por meio do noticiário que ele ficou sabendo que mais duas igrejas foram queimadas, em Kibera, maior favela do país. “Queimaram uma igreja anglicana e agora também botaram fogo na nossa igreja [luterana]”, disse.

“Fiquei sabendo que colocaram fogo também na escola e na farmácia/ambulatório junto da igreja de Kibera, após roubarem tudo o que havia no ambulatório. Vândalos estão se aproveitando da situação e fazendo baderna.”

Ele informou que começaram roubando o que havia no local e depois colocaram fogo, enquanto as pessoas ficaram olhando do lado de fora, sem poder fazer nada. Winterle lamenta o ocorrido, pois na igreja havia cerca de duas ou três equipes médicas que vinham todo ano dos Estados Unidos para atender à população gratuitamente.

Questão religiosa

Ontem, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, se mostrou chocado com a violência desencadeada no Quênia, por meio de um comunicado divulgado por seu porta-voz.

Ele convocou as autoridades políticas e religiosas a se lembrarem de “sua responsabilidade legal e moral de proteger as vidas de pessoas inocentes, independentemente de sua origem racial, religiosa ou étnica”.

De acordo com informações da ONU, um dos principais problemas é o acesso de ajuda humanitária, já que a estrada Nairóbi-Nakuru está bloqueada. Os corredores de transporte que saem do Porto de Mombasa também têm acesso restrito, o que dificulta o envio de suprimentos a operações de paz e humanitárias em outros países, como o Sudão, Uganda e Congo.

Protesto é adiado para terça-feira

A polícia queniana reprimiu ontem a manifestação convocada pelo candidato derrotado nas eleições presidenciais. Raila Odinga, havia convocado 1 milhão de partidários para se reunir na praça Uhuru, no centro da capital queniana, em protesto contra os resultados da eleição, que reelegeu o presidente Mwai Kibaki, em meio a acusações de fraude.

De acordo com números fornecidos pela polícia, cerca de duas mil pessoas marchavam de diversos pontos de Nairóbi para se reunir na praça. A polícia usou gás lacrimogênio e jatos de água para dispersar um grupo que levantava barricadas em uma das principais avenidas da cidade, enquanto iam para a Praça Uhuru – onde fica a igreja do pastor Winterle.

Na véspera, o governo queniano já tinha proibido a manifestação. A disputa política desencadeou violência em todo o país. Desde a semana passada, estima-se que mais de 300 pessoas morreram e 100 mil saíram de suas casas.

Segundo um alerta da Red24, uma rede especialista em alertas de segurança em todo o mundo, o comício que seria realizado ontem foi transferido para terça-feira (8).

Fonte: Portas Abertas

“The Economist” registra a perseguição aos cristãos na Turquia

O ano de 2007 foi difícil para Orhan Ant. Servindo a Deus como missionário em Samsun, no Mar Negro, ele recebeu ameaças de morte e sua igreja foi apedrejada por diversas vezes.

Os jornais locais o chamaram de agente estrangeiro. Um grupo de jovens tentou seqüestrá-lo quando voltava para casa. Seus pedidos por proteção policial foram ignorados.

Orhan não está só. Por toda Turquia cristãos sofrem ataques. Em janeiro de 2007, Hrant Dink, um editor de jornal de etnia armênia, foi morto a tiros em Istambul por um adolescente que o acusava de “insultar o sentimento turco”. Em abril, dois turcos e um alemão, todos eles evangelistas, foram assassinados em Malataya.

Seus assassinos os amarraram e torturaram antes de cortar suas gargantas. Em dezembro, um padre católico italiano foi esfaqueado por um adolescente em Izmir. Outro padre italiano fora morto a tiros em Trabzon em 2006.

Para muitas pessoas, os ataques acontecem por conta de um ultranacionalismo, combinado com a militância islâmica que varreu a Turquia. Adolescentes da região do Mar Negro que não encontram trabalho parecem abraçar essa causa com mais facilidade.

Cristãos no alvo

“A situação dos cristãos é crítica”, conta Husnu Ondul, presidente da Associação Turca pelos Direitos Humanos baseada em Ankara. Como outras pessoas, ele acredita que o deep state (uma coalizão informal e antidemocrática constituída por pessoas influentes na política e na vida pública na Turquia), que inclui alguns juízes, oficiais do exército e da segurança que precisam de inimigos para justificar suas ações, estão por trás dos ataques.

Pode parecer absurdo. Ainda assim, algumas evidências sobre os casos de Hrant e Malataya vazaram para mídia e apontam para uma conspiração entre os criminosos e oficiais corruptos dentro da polícia e do exército. As evidências também sugerem que a polícia de Istambul fora avisada sobre o assassinato do Dr. Hrant um ano antes de o fato acontecer.

“Por que a polícia de Istambul não fez nada para prevenir que o crime acontecesse?”, pergunta Ergin Cinmen, advogado da família Dink.

União Européia

O respeito pela liberdade religiosa dos não-muçulmanos é fundamental para a Turquia se ela quiser ingressar na União Européia. Leis proibindo cristãos de reformarem suas igrejas têm sido afrouxadas.

Apesar da oposição de eleitores religiosos, o partido governista, Partido Justiça e Desenvolvimento (AK, sigla em inglês), restaurou recentemente uma antiga igreja armênia no leste da Turquia. E as mensagens de inclinação anti-ocidentais têm sido banidas dos livros escolares.

Mesmo assim, os cristãos continuam sofrendo. O Primeiro Ministro, Recep Tayyip Erdogan, resiste aos pedidos para que o Seminário Ortodoxo Grego Halki, localizado em uma ilha de Istambul seja reaberto.

O seminário está fechado desde 1971. A Turquia se recusa em reconhecer o título ecumênico do patriarca ortodoxo grego, Bartolomeu I, líder espiritual de mais de 200 mil cristãos ortodoxos.

A ameaça da “cristianização”

O patriarca, cidadão turco leal ao seu país, foi lobista ativo pelo ingresso da Turquia na União Européia, mas isso apenas aumentou as suspeitas dos ultranacionalistas, que o acusam de tentar “cristianizar” a Turquia e de querer criar um estado no estilo do Vaticano no coração de Istambul.

Não importa que a Igreja Ortodoxa Grega em Istambul tenha diminuído para 4.000 membros, a maior parte deles é muito velho para acompanhar os filhos que saíram do país.

“Eles (os turcos) parecem não considerar a conquista da Constantinopla até que o patriarcado desapareça e todos os cristãos sejam expulsos”, sugere um restaurador de Istambul.

Fonte: Portas Abertas

Esquenta o debate sobre a liberdade religiosa na China

Em um relatório confidencial, diplomatas canadenses em Beijing disseram que a China está “progredindo na questão dos direitos humanos” e pode ter um considerável avanço no futuro”, de acordo com o periódico “Globe and Mail”, mas o governo canadense não se convenceu.

O primeiro-ministro canadense Stephen Harper e o gabinete dele são críticos por conta dos registros de violações aos direitos humanos do anfitrião dos Jogos Olímpicos de 2008.

No ano passado, o Canadá chegou a cancelar o diálogo sobre direitos humanos que mantinha anualmente com a China.

A discrepância aparente entre as percepções da administração de Ottawa e desses diplomatas em Beijing espelha o debate que vem sendo travado dentro de círculos cristãos.

Alguns evangélicos se tornaram defensores virtuais do governo chinês e das igrejas registradas, enquanto outros continuam ressaltando as apreensões, prisões e até mesmo tortura de protestantes e católicos de igrejas domésticas não-registradas. Afinal, quem está certo?

Poucos negariam que, durante os últimos 20 anos, houve uma melhoria genuína na questão dos direitos humanos para muitos cristãos chineses – assim que eles se registram como corpos religiosos “patrióticos”, controlados pelo governo.

Foram abertas inúmeras igrejas grandes. Agora o trabalho com jovens e crianças é possível em muitas igrejas da cidade e muitas livrarias cristãs pequenas surgiram nas principais cidades.

Mas aqueles que por uma questão de consciência se recusam a aceitar o controle e a interferência nos negócios da igreja por parte do Partido Comunista, que é ateu, ainda se depara com o lado rude do governo.

Relatório revela campanha secreta

De acordo com um documento interno, o Partido Comunista chinês empreendeu uma campanha secreta contra igrejas domésticas não-registradas durante quase seis meses, do meio de junho até o fim de novembro de 2007.

O documento datado de 24 de julho, da cidade de Jingmen, na província de Hubei, divulgado pela Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês) no dia 13 de novembro, revela que os chefes do governo deram ordens para “lutar contra a infiltração por forças hostis ultramarinas sob o disfarce do cristianismo”.

Testemunhas da perseguição religiosa na China relataram à Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional, que o país vem promovendo uma perseguição mais sofisticada.

As táticas dos funcionários de segurança pública – interrogatórios imediatos, acusação de atividades criminais contra líderes de igrejas e a classificação de movimentos protestantes como seitas e cultos como rituais – sugerem que as autoridades chinesas estão mais preocupadas em parecer mais tolerantes em relação aos cristãos, aos olhos da comunidade internacional ( leia mais).

O documento constata que a idéia de que as igrejas domésticas podem se registrar perante as autoridades e evitar o controle do Estado é em grande parte um mito: “A legalização é alcançada a partir do registro das reuniões que não tinham autorização, enquanto vão sendo substituídas as reuniões particulares pelas igrejas legalizadas, juntando-se as reuniões não-registradas e persuadindo os cristãos a acabarem com as reuniões secretas”.

Várias fontes concluíram que, à frente dos Jogos Olímpicos de 2008, o governo chinês lançou uma política para suprimir as igrejas domésticas cristãs, antes que as atenções do mundo se voltem para o país sede da Olimpíada

Fonte: Portas Abertas

Número 2 do Vaticano espera se reunir com Raúl Castro em Cuba

A maior autoridade do Vaticano depois do papa, o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado da Santa Sé, pretende se reunir com o presidente interino de Cuba, Raúl Castro, na viagem que fará em fevereiro à ilha comunista.

Bertone afirmou que sua viagem está ligada, pelo menos em parte, ao décimo aniversário da histórica visita de João Paulo 2o a Cuba, em 1998.

“Estou preparando uma viagem a Cuba para o mês de fevereiro. Espero encontrar o irmão de Fidel Castro, que hoje comanda o país”, disse Bertone à revista católica italiana Famiglia Cristiana.

A entrevista foi divulgada à mídia antes da publicação da edição de 6 de janeiro da revista.

Depois da revolução de 1959 em Cuba, padres católicos foram expulsos da ilha, que viveu décadas de ateísmo oficial. O papa João Paulo 2o reuniu-se com o presidente Fidel Castro na visita de 1998 e pediu a ele que permitisse mais liberdade política na ilha.

O cardeal não disse se também pretende falar com Fidel, que não é visto em público desde que entregou o poder ao irmão Raúl, por problemas de saúde, há quase um ano e meio.

Bertone afirmou que quer abençoar um monumento que os cubanos vão inaugurar para lembrar a visita do papa. Ele chamou a inauguração de “um evento positivo”.

A Igreja Católica é a única grande instituição em Cuba que não é controlada pelo Estado. Ela não pode construir novas igrejas, participar da educação nem ter acesso a transmissões de rádio.

Cerca de 60 por cento dos cubanos são batizados pela Igreja Católica, mas o número de católicos praticantes é pequeno.

Fonte: Reuters

Discussão sobre dotes gera um suicídio feminino a cada 4 horas na Índia

Uma mulher se suicida a cada quatro horas na Índia devido a disputas pelo dote com a família do marido, segundo uma estatística oficial.

Segundo dados do Escritório Nacional de Registro de Crimes (NCRB, em inglês), 2.276 mulheres se mataram por esta razão em 2006 – número um pouco abaixo dos 2.305 registrados no ano de 2005.

Os dados do NCRB, divulgados pela agência indiana “Ians”, mostram que as delegacias do país receberam uma denúncia por hora. Apesar de proibidos por lei, os dotes são uma prática habitual na Índia.

Na época do casamento, as noivas são obrigadas a apresentarem jóias, dinheiro e bens de consumo para a família do marido – algo que algumas vezes é abusivo, porque as exigências de pagamento duram meses.

Devido às chantagens, extorsões e maus-tratos, o pagamento do dote foi proibido na Índia em 1961 através da chamada “Dowry Prohibition Act”, aplicável quando uma mulher casada morre em estranhas circunstâncias.

Nesse caso, o acusado, normalmente o marido, é considerado culpado até que se demonstre o contrário.

Esta lei só ampara as mulheres até sete anos depois do dia de seu casamento – prazo durante o qual elas são mais vulneráveis a sofrer abusos.

Fonte: EFE

Minoria islâmica na Alemanha disposta a defender religião com violência, diz estudo

Estudo mostra que 14% dos muçulmanos na Alemanha recusam princípios democráticos ou possuem alta tolerância quanto à violência de motivação religiosa. Especialistas alertam para interpretações equivocadas.

Uma minoria dos muçulmanos que vivem na Alemanha considera justificado o uso da violência para defender sua religião, de acordo com um estudo encomendado pelo Ministério alemão do Interior e divulgado no final do ano passado.

Por mais que os cerca de dois mil entrevistados (ao todo, vivem 3 milhões de muçulmanos no país) tenham admitido quase sem exceção que admiram a Alemanha por poderem exercer sua religião livremente, o estudo concluiu também que mais da metade dos muçulmanos se sentem marginalizados na condição de estrangeiros. Um em cada cinco afirma inclusive ter sido vítima de xenofobia nos últimos 12 meses.

Quanto à violência de motivação político-religiosa, quase a metade respondeu afirmativamente à questão se muçulmanos poderiam fazer uso de violência para se defender, caso o Islã fosse atacado pelo Ocidente. No entanto, apenas 5,5% consideram justo o uso de violência para fazer prevalecer princípios islâmicos, embora quase um terço acredite que fiéis que perdem a vida na luta armada pela fé vão para o Paraíso.

No entanto, isso não vale para atentados suicidas: estes foram considerados por cerca de 90% dos entrevistados como atos de covardia que só denigrem a imagem do Islã. Outros 90% são de opinião que nenhum muçulmano tem o direito de matar em nome de Alá.

Interpretação equivocada

O estudo de mais de 500 páginas expõe também as falhas cometidas na integração de imigrantes muçulmanos na Alemanha. Entre a população mais velha, há uma repulsa resignada em relação à sociedade receptora e um “retorno ao ambiente acolhedor e protegedor do meio social de migrantes”. Entre os mais jovens, pelo contrário, há um empenho em serem reconhecidos plenamente como muçulmanos na sociedade, embora sejam parcialmente limitados pelas reações dos alemães.

O estudo, organizado pelos professores de Criminologia da Universidade de Hamburgo Peter Wetzel e Katrin Brettfeld, alerta para uma “orientação fundamentalista” em cerca de 40% dos entrevistados, enquanto o grupo dos que possuem ideais extremamente religiosos e recusam princípios democráticos corresponde a 14% do total.

No entanto, a pesquisa confirma apenas em parte as preocupações do Ministério alemão do Interior. Afinal, “orientação fundamentalista” não significa disposição à violência, nem ser contrário à democracia, mas apenas altamente religioso.

Pelo contrário: os resultados indicam até que os muçulmanos na Alemanha nem diferem tanto do restante da população. O antropólogo Werner Schiffauer, da Universidade Viadrina em Frankfurt do Oder, alerta para interpretações equivocadas.

“Deveríamos reconhecer que muçulmanos e não-muçulmanos têm um problema comum. Em ambos os grupos, há um percentual de 14% com posturas antidemocráticas. Em ambos os grupos, há o mesmo percentual de xenofobia: de caráter anti-semita entre muçulmanos e antiislâmico entre os demais”, explica.

“Precisamos ganhar o apoio da população muçulmana para combater este problema. Se começarmos a tratar o Islã como problema em virtude deste estudo – e absolutamente contra o espírito desde estudo –, estaremos estigmatizando nossos potenciais aliados no processo de democratização.”

Caráter preventivo

Da mesma forma argumenta Wetzel, um dos autores do estudo, alertando para o perigo de ler nos resultados coisas que neles não constam. Para evitar que o estudo seja menosprezado como confirmação para a política, Wetzel nega até que ele tenha sido feito sob encomenda do governo.

“O estudo se baseia em pesquisas que já estavam em andamento sobre a relação entre religião e criminalidade. O ministério apenas incentivou um projeto já existente, não exercendo nenhuma influência sobre seu conteúdo”, defende.

Segundo ele, as consequências que se podem tirar do estudo devem ser todas de caráter preventivo. Mas, para que a prevenção seja efetiva, é preciso conhecer seu pano de fundo. “Não há nenhuma alternativa ao diálogo nesta questão. Não faz sentido, com base num problema existente em uma minoria relevante, tomar atitudes que marginalizem a totalidade desse grupo”, critica.

Fonte: DW World

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