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PF investiga pastor suspeito de queimar imagem católica de Jesus Cristo

A Polícia Federal de São Borja (RS) instaurou inquérito para investigar um pastor evangélico suspeito de ter queimado duas imagens sacras católicas protegidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O crime aconteceu no final de julho deste ano. As peças destruídas retratam São Pedro e Jesus Cristo morto.

As peças foram esculpidas por índios guaranis durante o período de catequização, há mais de 300 anos. Elas faziam parte de um grupo de 24 peças da mesma época, segundo Fernando Rodrigues, diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Borja. “Elas pertenciam, na ocasião do crime, à família de Liôncio Chagas, 77 anos. Ele morreu dois dias depois de as imagens serem queimadas e destruídas.” Rodrigues disse ainda que as duas peças em questão valiam entre R$ 20 mil e R$ 60 mil.

O caso foi denunciado por Rodrigues ao Ministério Público do estado, no dia 28 de agosto. “Recebemos a denúncia e pedimos que a Polícia Federal apurasse o crime. O inquérito foi instaurado no dia 22 de outubro. O prazo para conclusão é de 30 dias, mas acredito que a investigação seja encerrada em tempo menor”, disse Érico Fernando Barin, promotor de Justiça da cidade.

Rafael Domingues Martins, delegado federal responsável pelo caso, disse ao G1 que o pastor é considerado investigado. “Ele ainda não é tratado como acusado. Precisamos tomar muito cuidado com o caso e por isso prefiro optar pelo sigilo. Investigamos um possível furto e o crime contra o patrimônio cultural.” O pastor foi procurado pela reportagem do G1, mas ele não quis comentar o caso.

O sumiço

As duas imagens, de São Pedro e de Jesus Cristo morto, foram retiradas da casa de Chagas sem a autorização dele. “Meu irmão estava muito doente. Uma vizinha começou a levar um pastor para rezar. Durante uma dessas orações, o pastor afirmou que a doença de meu irmão foi provocada pela presença das imagens sacras na casa dele”, disse Ana Chagas Mendes, 62 anos.

O crime só foi descoberto pela família dias após a morte de Chagas, quando foram fazer o inventário das peças. “A família pretendia fazer a doação de todas as peças para o Museu Municipal Aparício Silva Rillo”, disse o promotor. Hoje, as peças estão em poder do museu.

O reencontro

O Ministério Público entrou com uma ação cautelar para reaver as peças retiradas da casa de Liôncio. “O mandado de busca e apreensão foi cumprido no dia 28 de agosto. Um oficial de Justiça conseguir encontrar parte de uma das imagens, a de Cristo morto, parcialmente queimada e em um cômodo da igreja evangélica. A imagem de São Pedro nunca foi encontrada e acredito que ela tenha sido totalmente destruída”, disse o promotor.

“Quando souberam do sumiço das peças, a mulher de Chagas lembrou que a única pessoa estranha que esteve em sua casa foi o pastor evangélico. Ela também lembrou que o pastor insistia em tirar da casa as imagens sacras, mas ela negou essa possibilidade por saber do valor histório e cultural delas”, disse Rodrigues.

Valor histórico

Para Isabela Marques Leite de Souza, museóloga do Museu das Missões, em São Miguel das Missões, o valor das peças destruídas e das outras 22 que permanecem intactas é incalculável. “As imagens fazem parte da história do país, do período jesuítico e não é possível dimensionar valores. Em termos culturais e artísticos, posso dizer que são de grande importância.”

Fonte: G1

Polícia do Equador investiga novo furto de obras de arte em igrejas

A polícia di Equador instaurou um inquérito, para apurar quem são os responsáveis por um furto ocorrido na madrugada de quarta para quinta-feira, numa igreja da localidade de Pifo, nas proximidades da capital do país, Quito.

O furto ocorreu 15 dias após um fato similar, na localidade de Riobamba, onde desconhecidos furtaram uma valiosa custódia.

Da igreja de Pifo _ segundo informações policiais _ foram levados objetos de grande valor artístico, entre os quais, imagens de Nossa Senhora do Rosário e de Maria Madalena, feitas em cerâmica, de 50 cm de altura. Além dessas, foi furtada também uma imagem de Cristo, em madeira, assim como um equipamento de amplificação.

O decano da paróquia de El Quinche, Pe. José Conde, disse ao canal de televisão “Teleamazonas” que acredita que as igrejas estejam sendo vítimas de uma rede internacional de ladrões de obras de arte, referindo-se inclusive, ao desaparecimento da valiosa custódia, em Riobamba, furto sobre o qual a polícia não tem nenhuma pista.

A custódia _ de um metro de altura e pouco mais de 36 kg _ data de 1705, e foi feita, em sua maior parte, de ouro maciço, sobre um pedestal de prata. Ornada com 3.500 pedras preciosas, entre as quais se contam cerca de 400 esmeraldas, brilhantes, diamantes, rubis, ametistas, águas-marinhas, safiras e topázios, a peça se encontrava exposta no Museu de Arte Sacra, do Convento das Franciscanas.

Fonte: Rádio Vaticano

Polícia prende suspeito de matar menina no Paraná

A 9ª Subdivisão Policial de Maringá prendeu, na tarde desta sexta-feira (26), o homem acusado de ter matado a menina Márcia Constantino, de 10 anos. A garota brincava no pátio de uma igreja evangélica no centro de Maringá, enquanto seus pais assistiam a um culto, quando desapareceu.

N.B, 41, foi preso suspeito de estupro, atentado violento ao pudor, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A 2ª Vara Criminal de Maringá decretou sua prisão temporária e a Subdivisão cumpriu o mandado nesta tarde.

Ele faz parte da comunidade da Igreja Evangélica e estava no culto de sábado. Segundo informações preliminares, o suspeito é solteiro e trabalha com promotor de vendas.Em 2001, ele já foi condenado a 12 anos de prisão, por atentado violento ao pudor e estupro. Ele cometeu o crime em Presidente Castelo Branco. A vítima, uma menina de 15 anos, foi violentada (sexo anal) e estuprada. Cumpriu a pena de cinco anos e foi solto.

“Investigamos este caso a semana toda e levantamos as fichas de prováveis suspeitos. Como verificamos que ele já tem antecedentes por estupro e atentado violento ao pudor e estava em livramento condicional desde 2006. Foi chamado para depor no domingo e nesta quinta-feira (25) voltou, acompanhado de seu advogado. O que ele falou não convenceu a polícia e achamos que seria imprescindível para a conclusão das investigações sua prisão temporária”, contou o delegado-chefe da Subdivisão de Maringá, Antonio Brandão Neto.

N.B foi preso na Zona 4 e a casa dele fica no Jardim Real. Além do mandado de prisão temporária, a polícia cumpriu também dois mandados de busca e apreensão, um casa de Búfalo, outro na casa onde ele estava escondido. “Fomos acompanhados por duas equipes do Instituto de Criminalística. Na casa onde ele estava escondido, não foi achado nada, mas em sua própria residência, os peritos encontraram evidências como fios de cabelo comprido – a menina tinha cabelos compridos -, fragmentos de palha de milho, calçado com terra e uma pulseirinha de criança dourada queimada”, contou o delegado.

Na segunda o Instituto de Criminalística de Curitiba fornecerá o resultado do exame de DNA que está sendo feito para comparar o esperma que foi encontrado na cavidade retal da vítima com, a coleta de sangue do suspeito. O preso foi conduzido ao iml para fazer exames de lesões corporais.

O caso — Márcia Constantino, de dez anos, foi encontrada morta na manhã do último domingo (21), em uma estrada rural, em uma plantação de milho, na saída de Maringá para Astorga. Segundo Brandão, a garota teria sido espancada, sofrido violência sexual, além de queimaduras de segundo e terceiro grau, “No exame do IML que pedimos, constatou-se fratura de coluna cervical”.

Márcia havia desaparecido na noite de sábado (20), durante um culto na igreja evangélica Assembléia de Deus, no centro da cidade. Enquanto os pais assistiam ao culto, Márcia brincava no pátio da igreja com outras crianças. A família percebeu a ausência da menina por volta das dez horas da noite. Os pais registraram ocorrência em seguida, na 9ª Subdivisão Policial de Maringá.

No final da tarde de domingo (21), a polícia já havia prendido um homem de 34 anos, suspeito de participar da morte de Márcia. Após uma denúncia anônima de uma testemunha, a polícia conseguiu identificar P.S.M, 34 anos. Segundo a testemunha, ele teria levado a menina em um veículo Ford Fiesta cor prata.

No momento da prisão, na casa do acusado, no bairro Santa Felicidade, a polícia encontrou cerca de 200 gramas de cocaína e o Ford Fiesta. Ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e por isto permanece na 9ª Subdivisão. “Ele foi encaminhado para que fosse feita perícia em seu órgão genital, para verificar se havia a existência de microfissuras, que comprovassem se houve ou não relação sexual com a criança, porém, não foram constatadas fissuras ou ferimentos e a participação dele está praticamente descartada”, disse o delegado.

Fonte: Bem Paraná

Polícia prende três suspeitos de extorquir padre Júlio Lancelotti

A Polícia Civil prendeu, no final da noite desta sexta-feira (26), três suspeitos de extorquir dinheiro do padre Júlio Lancelotti. Foram detidos Anderson Marcos Batista, 25 anos, Conceição Eletério, 44 anos, e Evandro Guimarães, 28 anos.

O trio foi localizado num prédio na rua Riachuelo (centro de São Paulo), graças a uma denúncia anônima, e foi levado a uma delegacia no Belém (zona leste).

O ex-interno teria conhecido o padre na Febem, onde foi internado por roubo. Ao sair da instituição, em 2000, teria começado a pedir ajuda financeira a Lancelotti e, mais tarde, passado a exigir cada vez mais dinheiro.

Denúncia

Um grupo de quatro pessoas, entre eles um ex-interno da Febem (atual Fundação Casa) e sua mulher, são acusados pela Polícia Civil de São Paulo de extorquir o padre Júlio Lancelotti, conhecido por ser um dos principais defensores dos direitos de jovens infratores e de moradores de rua de São Paulo.

Foi o próprio padre quem procurou a polícia para denunciar o crime. Ele afirma que as extorsões começaram depois que Anderson Marcos Batista, atualmente com 25 anos, saiu da Febem. O padre chegou a pagar cerca de R$ 50 mil para o grupo, incluindo R$ 20 mil em prestações de um carro comprado em 2004.

Batista conheceu o padre em uma das visitas que Lancelotti fez à unidade da Febem onde o jovem estava internado. Depois de sair, o rapaz procurou o padre dizendo que não tinha para onde ir. Lancelotti afirma ter colocado o jovem em uma frente de trabalho e pago seu aluguel.

Com o tempo, no entanto, os pedidos de dinheiro vinham com ameaças. A mudança começou quando Batista iniciou um relacionamento com Conceição Eletério.

Os primeiros pedidos de dinheiro variavam entre R$ 800 e R$ 1,5 mil e eram feitos por meio de bilhetes. Os recado eram entregues pelos outros dois suspeitos, os irmãos Everson dos Santos Guimarães e Evandro dos Santos Guimarães. O padre deveria devolver o bilhete, para que não houvesse prova das ameaças, e entregar o dinheiro.

Pelo telefone, no entanto, as ameaças continuaram. Em uma das conversas gravadas pela polícia, Eletério e Batista ameaçam envolver o filho dela, que acusaria o padre de abuso sexual. Júlio Lancelotti nega qualquer tipo de abuso.

Vizinho cita mais 4 em esquema contra padre

Mais quatro pessoas teriam envolvimento com a quadrilha que extorquiu o padre Júlio Lancellotti. Um morador vizinho da pensão que pertence a Anderson Marcos Batista, na Rua Catumbi, no Pari, disse ontem ao delegado André Luiz Pimentel, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da 5ª Seccional, que mais um casal recebia dinheiro do religioso, a mando do ex-interno da Febem (hoje Fundação Casa). Uma ex-empregada e outro vizinho também teriam participado das ações. “Teve mais gente que ia buscar envelope com o padre. Eram sempre envelopes brancos, entregues ao Anderson num bar próximo da pensão. Toda semana ia alguém buscar dinheiro com o padre”, contou o vizinho.

Segundo o delegado Pimentel, a testemunha apresentou-se espontaneamente. Mas trata-se de uma pessoa que o advogado de defesa de Batista, Nelson Bernardo da Costa, já havia oferecido à imprensa para ser entrevistado. Ontem, Costa disse que só falou “que se ele (a testemunha) tivesse algo a esclarecer, que fosse depor na polícia”, mas não teria mandado ninguém falar contra Lancellotti. Inicialmente, o homem disse que foi à polícia depois que repórteres o incentivaram. Depois, admitiu que havia conversado com o advogado.“Achava estranho que o padre desse dinheiro para o Anderson.”

Uma das pessoas apontadas pela testemunha, a ex-empregada de Batista, já aparecia em gravação apresentada à polícia, onde Lancellotti reclama que o ex-interno havia ensinado sua funcionária a pegar dinheiro com ele. Há suspeita de que essa mulher ficava com parte da quantia entregue.

Everson Guimarães, que está preso do Centro de Detenção Provisória(CDP) do Belém, confirmou a existência das pessoas apontadas pela testemunha. Guimarães foi preso em flagrante quando recebia R$ 2 mil do padre no dia 6 de setembro.

O preso também confirma que Batista teria usado o CPF da testemunha para comprar uma televisão, um frigobar e um telefone celular. “O Anderson disse que tinha perdido o CIC e pediu para usar o meu. Falei que não tinha renda para crediário e ele pagou à vista”, relatou à polícia. Antes das compras, Batista teria ido até a Igreja São Miguel Arcanjo buscar dinheiro com o padre.

Mas há contradições entre as duas versões. Guimarães diz que conhece as quatro pessoas citadas pela testemunha, embora tenha começado a trabalhar na pensão em 17 de abril. Na versão colocada em depoimento ontem, a testemunha relata que as quatro pessoas não estão mais no bairro há muito tempo.

Há outra contradição quando Guimarães fala sobre a cor dos envelopes com o dinheiro recebido do padre e o local de entrega do dinheiro a Anderson. “Era envelope daquela cor (aponta para um envelope pardo sobre uma mesa) e era levado para o Anderson na pensão.”

Agora já são oito os investigados pela Polícia no caso de extorsão – Batista, sua mulher, Conceição Eletéria, Guimarães e seu irmão Evandro já estavam na mira da polícia. “Vamos tentar descobrir quem são os outros e a participação deles no esquema”, disse Pimentel.

Fonte: Folha Online e Estadão

CNBB reage a Cabral e volta a se posicionar contra aborto

Um dia após a declaração do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), relacionando a alta taxa de natalidade entre as camadas mais pobres e a violência, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reforçou sua defesa contra o aborto.

Ontem, o presidente da entidade, Geraldo Lyrio Rocha, afirmou estar preocupado com a movimentação pró-aborto, que passou a ser mais freqüente também entre autoridades do País. Além da Cabral, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, enfatiza desde o início de sua gestão a necessidade de se debater o assunto.

Durante entrevista concedida anteontem, Cabral defendeu o aborto como método de redução de violência no Estado e afirmou que a favela da Rocinha, na zona sul do Rio, “é uma fábrica de produzir marginal.” “Estamos muito preocupados. A CNBB defende a vida desde o primeiro instante. Por isso, o tema será abordado durante a Campanha da Fraternidade do próximo ano”, disse Rocha.

Fonte: Estadão

Agência católica publica fotos de monge budista torturado em Mianmar

A agência missionária vaticana “AsiaNews” publicou ontem em seu site as fotos de um monge budista assassinado em Mianmar (antiga Birmânia), tiradas em um necrotério e com claros sinais de ter sido torturado.

A “AsiaNews” afirmou que as fotos, tiradas em segredo em um necrotério birmanês, chegaram do país através de uma mensagem pedindo que fosse publicada.

A mensagem pedia a publicação das duas fotos “para que o mundo soubesse o que está acontecendo” e para denunciar a Junta Militar birmanesa, que governa o país.

“Pensem que muitos outros monges sofreram o mesmo destino”, acrescenta a mensagem que acompanha as fotos, que mostram o corpo cheio de ferimentos e hematomas de um monge budista de cerca de 50 anos.

A agência missionária disse que estas fotos representam “a vergonha” diante da “falsa” tentativa da Junta Militar de se reconciliar com os monges budistas.

Também expressou sua “vergonha” pela opinião pública ocidental, que pensou que “a violência dos militares era só para reprimir algumas manifestações, quando se trata de um sistema que assassina e escraviza uma população de quase 50 milhões de pessoas”.

Indicou a “vergonha” pela “Organização das Nações Unidas e a comunidade internacional, que não encontram instrumentos eficazes para garantir a democracia de um povo que a escolheu há muito tempo”.

Desde que as forças de segurança birmanesas reprimiram a tiros as manifestações pacíficas de setembro, os mosteiros estão sendo vigiados e inspecionados regularmente, e a Polícia restringe a saída dos monges às ruas, segundo diferentes versões de moradores em Yangun.

O regime de Mianmar admite que dez pessoas morreram durante a repressão dos protestos e cerca de 3.000 manifestantes foram detidos, mas fontes da dissidência calculam que o número de mortos se aproxima dos 200 e que os detidos superam amplamente os 6.000.

Fonte: EFE

Templo japonês é colocado à venda po 21 milhões de euros

A cidade de Katsuyama, situada na prefeitura de Fukui (oeste do Japão), colocou a leilão por 21 milhões de euros um pagode de 75 metros de altura, um tradicional jardim japonês e um segundo pagode com muros nos quais estão esculpidos nove dragões, além de um auditório e vários outros imóveis.

Ao todo, 34.000 metros quadrados de construção, erguidos em 1987 pelo rico presidente de uma companhia de táxis que deixou de pagar mais de 3 bilhões de yenes em impostos durante 10 anos, segundo explicou um funcionário municipal.

O proprietário investiu 234 milhões de euros no complexo, mas morreu pouco depois.

“Ele queria construir algo imponente e religioso em sua cidade natal, para torná-la um centro turístico”, explicou o funcionário à AFP. “Mas estabeleceu tarifas de entrada muito caras e o número de visitantes nunca foi muito grande”, disse.

Em 2002, o templo foi cedido a uma seita zen budista para transformá-lo em uma escola religiosa.

O prédio principal, que conta com uma estátua de bronze de Buda de 17 metros, não será posto à venda para permitir que a escola continue funcionando.

“Oferecemos todos os edifícios que não estão relacionados diretamente com as atividades religiosas e os avaliamos em 3,5 bilhões de yenes (21 milhões de euros)”, afirmou.

“Não sabemos se haverá compradores, mas é certo que nem a cidade nem a escola podem comprá-lo”, lamentou.

Fonte: AFP

Vaticano beatificará religiosos espanhóis que apoiaram Franco

Neste domingo, o Vaticano fará a maior cerimônia de beatificação coletiva da história do Catolicismo. Serão beatificados 498 religiosos espanhóis mortos durante a Guerra Civil (1936-1939) e que apoiaram o ditador Francisco Franco. Para a Igreja Católica espanhola, são os mártires do século 20. Para os republicanos, uma polêmica.

Muitas igrejas espanholas foram atacadas e algumas incendiadas pelos republicanos, durante a Guerra Civil. A frase repetida pelo ditador fascista “Por Deus e pela Espanha” e o apoio direto do clero ao golpe militar provocaram um ambiente anti-religioso para os que lutavam contra Franco. Atualmente na maioria das igrejas, inclusive próximo ao altar, permanecem as placas de mármore com nomes de religiosos mortos e descrições como: “morreu pela Espanha, mártir contra o marxismo e por Franco com a graça de Deus”. “Estamos falando da maior perseguição religiosa do século. É necessário assumir a história como aconteceu. E com todas as responsabilidades. Na Igreja há e houve pessoas coerentes que assumiram sua postura e fé até as últimas conseqüências”, disse o arcebispo de Sevilha, Carlos Amigo, que anunciou a beatificação em entrevista coletiva.

Para a esquerda espanhola, a cerimônia é uma polêmica que reabre velhas feridas.

O líder do Partido Esquerda Unida, Gaspar Llamazares, disse que respeita a memória da Igreja Católica, mas pediu ao Vaticano “que lamente e peça perdão pelo papel negativo que ocupou, dando aval ao franquismo e a repressão”. Para o deputado do Partido Basco, Manuel Millán, a decisão do Vaticano é “imoral e injusta”, porque, segundo ele, só enaltece os caídos de um dos lados da guerra e também porque não há precedentes históricos com outros ditadores.

“Quantas ruas na Itália existem dedicadas a Mussolini e quantas estátuas de Hitler permanecem em pé na Alemanha? Quantos religiosos que apoiaram estes regimes foram beatificados? Os papas anteriores se negaram a isto. Porque aqui na Espanha nunca houve reconhecimento e reconciliação”, afirmou.

Alguns deputados acreditam ainda que a decisão seja uma resposta a medidas políticas do governo espanhol que desagradaram ao clero, como a lei de casamentos entre pessoas do mesmo sexo ou a Lei da Memória Histórica, que deve ser votada em breve.

Esta nova lei condena a ditadura franquista e oferecerá ajuda a todos os parentes das vítimas. Mas a Igreja nega o confronto político. “Não é uma represália, nem resposta. Apenas coincidiram as datas”, disse o porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola, Juan Antonio Martírez Camino.

O teólogo espanhol Juan José Tamayo chamou a beatificação de “involução da Igreja”. E afirmou que “é muito delicado qualificar como mártires a pessoas que tiveram implicações políticas”.

Além dos 498 novos beatos, a Igreja Católica espanhola tem outros 836 casos em trâmite avançado no Vaticano. São no total mais de 2 mil pedidos de reconhecimento para o que o Arcebispado de Madri chama de mártires da guerra que morreram pela nação.

O governo espanhol estará representado na cerimônia de domingo pelo Ministro de Relações Exteriores, Miguel Ángel Moratinos. O primeiro-ministro Rodríguez Zapatero recusou o convite do Vaticano. O avô dele, o capitão Lozano, também morreu na Guerra Civil. Foi um dos militares que se negaram a apoiar o golpe militar e terminaram fuzilados.

As estimativas indicam a morte de cerca de 500 mil pessoas durante o conflito e 450 mil exilados. O ditador fascista Francisco Franco iniciou o golpe militar em 1936 e morreu em 1975.

Fonte: BBC Brasil

Países europeus assinam convenção para proteger menores de abusos sexuais

Vinte e três países europeus assinaram nesta quinta-feira uma convenção para melhorar a proteção de menores contra abusos sexuais, na 28ª conferência de ministros da Justiça do Conselho da Europa, organizada em Lanzarote, ilhas Canárias (Espanha).

A assinatura desse texto representa um passo decisivo na prevenção das agressões sexuais a menores e punição judicial para os autores desse crime, assim como medidas de preventivas para melhorar a formação de pessoas que trabalham em contato com menores.

Esta convenção, segundo o comunicado oficial, é o primeiro tratado internacional que pune o abuso sexual contra menores.

Fonte: AFP

Unicef denuncia violência contra crianças no Afeganistão

O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) denunciou nesta quinta-feira a violência sofrida por crianças do Afeganistão, vítimas tanto de talibãs quanto das forças da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Em relatório apresentado em Genebra, baseado na reportagem realizada pelo embaixador do Unicef para urgências humanitárias, Martin Bell, a entidade evidencia os riscos que as crianças sofrem no país, muitas vezes provocados pela guerra.

O Unicef afirma que não só se preocupa com as ações dos talibãs e outros insurgentes, como também pelas ofensivas da Otan e por sua Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), composta por soldados de 37 países.

“O recurso das operações aéreas para dar apoio aos soldados coloca as crianças em situação de risco”, diz o relatório.

O Unicef lembra que os talibãs não assinaram nenhum convênio internacional, mas os países-membros da Otan sim. Além disso, eles são membros da Convenção de Genebra, “o que os compromete a proteger civis nos conflitos armados”.

O texto denuncia ainda que os talibãs forçam os menores a participar de combates, tanto como soldados quanto na retaguarda e destaca que muitas meninas são vítimas de violência sexual.

Outra preocupação dos funcionários do Unicef são os bombardeios às escolas, que foram alvo de mísseis em mais de quatro ocasiões.

“Não sabemos a razão específica desses ataques, mas supomos que acontecem porque as escolas são o lugar onde se desenvolve o progresso”, disse em entrevista coletiva a representante da entidade no país, Catherine Mbengue.

Apesar da situação, a representante do Unicef comemorou o acesso de mais de 6 milhões de crianças à escola. Em 2001, ano da invasão, o número foi de apenas 1 milhão.

Porém, segundo números do Ministério da Educação afegão, pelo menos 1 milhão de meninas ainda não estão escolarizadas, o que representa 35% da população total de mulheres nessa faixa etária.

O relatório lembra também as condições sanitárias das crianças afegãs.

O Unicef estima que, em 2006, a cada dia morreram quase 900 crianças menores de 5 anos, e em 2005, foram mais de 60 mulheres por dia por razões relacionadas à gravidez.

Para enfrentar as circunstâncias, o Unicef conta com um orçamento anual de US$ 80 milhões.

Fonte: EFE

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