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Der Spiegel: Os ditadores de Mianmar e o medo do “purgatório”

Não há lugar no mundo onde os políticos sejam tão supersticiosos quanto em Mianmar e seus vizinhos asiáticos. Eles usam os serviços de astrólogos e curandeiros. Ainda assim, grupos religiosos repetidamente contribuíram para o colapso de déspotas, e os ditadores tiranos não hesitam em matar monges.

Em algum ponto no verão de 2005, o presidente da junta de Mianmar, Than Shwe, chamou seu principal astrólogo. O general tinha seguido seu conselho poucos meses antes e construído uma nova capital nas montanhas, que seria, segundo o assessor, a única forma de segurar o poder. Agora o general queria saber qual seria a melhor data para fazer a mudança.

O sábio, membro do clérigo budista do país, olhou as estrelas e disse: “Às 6h37 do dia 6 de novembro de 2005”. Apesar de a nova capital nem ter ainda um fax funcionando, um comboio indeterminável de caminhões militares cheios de móveis de escritório viajou até as novas instalações no “dia auspicioso”. O nome de Naypyidaw, que o general Than Shwe escolheu para seu novo esconderijo na mata, era uma indicação do estado mental do homem forte de Mianmar: significa “terra real”.

Desde 1962, Mianmar vem sendo dominada por generais brutais que procuraram a salvação do país pelo “caminho birmanês do socialismo”. Ainda assim, em nenhum outro país do Leste e do Sudeste Asiático a crença espiritual e supersticiosa está tão presente no cotidiano. Depois do reino fechado do Butão no Himalaia, Mianmar é provavelmente o país mais budista do mundo.

Ao menos uma vez em sua vida, cada homem deve passar semanas se não meses em um mosteiro. O especialista Bertil Lintner acredita que, dos 53 milhões de habitantes, mais de 400.000 homens são atualmente monges de vestes açafroadas, o mesmo número de soldados. Outras estimativas colocam o número de monges em 800.000.

A fé, no entanto, não é uma coisa só para o povo. O regime militar, em geral inescrupuloso, busca as bênçãos dos deuses, de Buda e dos 36 “Nats”, como são chamados os espíritos de Mianmar, algumas vezes adotando medidas verdadeiramente estranhas.

Nos anos 70, por exemplo o ditador Ne Win -que governou o país de 1962 a 1988- invalidou a nota de 100 kyats e adotou notas de 90 kyats. Noventa é um número da sorte e, com essa medida absurda, Ne Win esperava não só conseguir a bênção de seu país, mas também escapar ao terrível purgatório pintado em todo templo budista.

É um temor claramente compartilhado por seus sucessores. E pode em parte explicar por que, em 2003, cinco anos após ter esmagado o movimento pela democracia com banho de sangue aterrador, a junta permitiu que um elefante branco encontrado na mata fosse trazido a Yangun. Um templo foi construído nos limites da cidade de 5 milhões de habitantes, especialmente para o animal poder ser publicamente exibido. De acordo com uma crença popular, os elefantes brancos simbolizam a sorte e, neste caso em particular, era um sinal que os deuses apoiavam o regime.

Os líderes militares ao longo do Irrawaddy talvez sejam insuperáveis em sua crueldade, mas, mesmo nas sociedades modernas e democráticas da Ásia, não é incomum os políticos fazerem incursões em áreas religiosas duvidosas, que nascem da tradição e da superstição asiática.

Não é preciso ir mais longe que o afluente Taiwan. Há poucos meses, o general que é secretário do partido de oposição Kuo Mintang (KMT), fez uma curta viagem a San Francisco. Ele foi visitar Lin Yun, mestre do budismo tântrico da Seita Preta, que mora em uma mansão opulenta perto da Universidade de Berkeley.

Ele esperava que Lin Yun pudesse aconselhá-lo sobre suas chances nas eleições presidenciais que se aproximam no Taiwan. O mestre Lin Yun morou durante anos no Taiwan e foi conselheiro espiritual e político para inúmeros políticos da ilha. Seus seguidores acreditam que pode fazer rituais mágicos para alterar o destino.

Mesmo os líderes do Partido Comunista chinês e suas famílias entregaram-se à religião e ao ocultismo.

Nos anos 90, por exemplo, o diretor do partido insistiu em encontrar a reencarnação de Panchen Lama -que fica logo abaixo do Dalai Lama na hierarquia religiosa tibetana -com a ajuda do ritual religioso antigo da Urna Dourada. O principal ponto da medida, é claro, era frustrar a tentativa do Dalai Lama de nomear seu próprio Panchen Lama, mas não é segredo em Pequim que a filha de Deng Xiaoping, gigante do Partido Comunista, foi atraída para o budismo mesmo enquanto seu pai ainda era vivo.

Na prática, entretanto, as coisas parecem um pouco diferentes na China. A constituição garante ostensivamente a liberdade de religião, mas os serviços de segurança da China oprimem as freiras e monges tibetanos, assim como fazem com pastores de igrejas cristãs não oficiais e praticantes de Falun Gong. O serviço secreto chinês e grupos de estudos advertiram por anos que a liberdade de religião poderia ser um perigo para o controle do poder pela ditadura.

Não é difícil para os chineses encontrarem exemplos dos perigos que a religião impõe ao Estado. Nas Filipinas, a revolução do Poder do Povo nos anos 80, contra o ditador Ferdinand Marcos e o presidente corrupto Joseph Estrada, por exemplo, dificilmente teria sido possível sem o apoio da Igreja Católica. Na Indonésia, a medida do ex-presidente Mohamed Suharto para esmagar um levante muçulmano em Tanjung Priok em 1984 fez com que tivesse que se virar sem o apoio de importantes grupos muçulmanos.

Portanto, não foi uma surpresa quando o clérigo islâmico cego Abdurrahman Wahid se tornou o primeiro presidente da Indonésia democrática em 1999. Gus Dur, como é chamado por seus seguidores, era, na época de sua vitória eleitoral, diretor do Nahdatul Ulama que, com 40 milhões de membros, é o maior grupo religioso do país muçulmano.
No entanto, é duvidoso que a junta militar de Mianmar esteja dedicando tempo demais atualmente a pensar sobre a religião de seu país e continente. Toda a magia oculta não funcionou, e agora estão apenas pensando em como sobreviver politicamente e reter o poder.

Enquanto dezenas de milhares de monges marchavam pelas ruas de Yangun ao meio dia na quinta-feira (27/09), recitando sutras e canções de paz e compreensão, veículos militares cheios de soldados e policiais de confrontos já estavam assumindo suas posições nas ruas laterais.

“No passado, os generais de fato retrataram-se como fiéis budistas para permanecerem no poder”, diz Soe Aung, líder da oposição no exílio em Bangcoc. “No entanto, os generais podem chegar a qualquer extremo para se manterem no poder.”

Por mais absurdo que pareça, a salvação para os monges das ruas de Yangun agora só pode vir de Pequim. A junta de Mianmar dificilmente sobreviveria sem o apoio econômico do superpoder ao Norte.

Diplomatas chineses recentemente aconselharam os generais supersticiosos em Naypyidaw a resolverem seus problemas por reformas democráticas moderadas.

A indicação chinesa não foi motivada por reverência aos homens sagrados de vestes laranjas. Pequim só quer certificar-se que as Olimpíadas de 2008 não serão ameaçadas por problemas em seu quintal.

Fonte: Der Spiegel

Como a Grã-Bretanha está transformando o Cristianismo em crime

Quanto tempo levará até que o Cristianismo se torne ilegal na Grã-Bretanha? Essa não é mais uma questão inteiramente absurda ou ofensiva quanto poderia parecer.

Um militante cristão evangélico, Stephen Green, foi preso e processado na semana passada sob a acusação de palavras ou comportamento ameaçador, abusivo ou insultuoso.

Mas, qual foi o seu comportamento? Apenas tentar pacificamente distribuir folhetos em uma manifestação gay em Cardiff. E o que estava impresso naqueles folhetos que eram ameaçadores, abusivos ou insultuosos que poderiam atrair a plena força da Lei? Nada mais, nada menos que as palavras majestosas da Bíblia Edição King James, de 1611.

O problema foi que eram passagens da Bíblia que falam da homossexualidade. Os panfletos também exortavam os homossexuais: “Deixem os seus pecados e serão salvos”. Mas, para a imprensa secular da cultura dos direitos humanos, o único pecado é dizer que a homossexualidade é um pecado.

Admitamos que o Sr. Green não seja alguém popular; outros cristãos podem considerá-lo um extremado. Mas a nossa sociedade agora está tão de cabeça para baixo que pelo fato de o mesmo ter sustentado uma crença fundamental do cristianismo, ele foi tratado como um criminoso.

E, ao mesmo tempo, a Polícia está ainda relutante em agir contra islamistas zelotas que, abusando da liberdade britânica, pregam o ódio e incitam contra o Ocidente.

Preconceito

A Bíblia é o código moral que sustenta a nossa civilização. Mas a lógica da ação da Polícia contra o Sr. Green seguramente nos leva à inescapável conclusão de que a Bíblia é em si mesma um “discurso odiento” e deve ser banida.

Este bizarro estado de coisas tem chegado a esse ponto graças a nossa cultura de direitos humanos, que automaticamente defende as minorias contra as maiorias. Como resultado ninguém pode tecer nenhum comentário negativo acerca de uma minoria sem que seja acusado de preconceito ou discriminação.

O problema para o Cristianismo é que ele sustenta que a homossexualidade é errada. Isso, contudo não é mais permitido dizer porque se estaria referindo à prática de uma minoria como pecaminosa. Assim ninguém pode mais sustentar um princípio de sua própria fé sem ser acusado de preconceito. Esse dilema está presentemente desagregando a própria Igreja da Inglaterra. Mas está, também, invertendo a nossa própria noção de justiça.

A autora Lynett Burrows recebeu uma advertência da polícia metropolitana meramente por sugerir que pessoas gays não seriam ideais como pais adotivos. O antigo líder do Conselho Mulçumano da Grã-Bretanha, Sir Ikbal Sacranie também sofreu o mesmo tratamento quando disse que a homossexualidade era perigosa.

Vale destacar, neste último caso a acusação foi suavemente retirada. Se há uma coisa que apavora o nosso aparato policial ainda mais do que ser chamado de homofóbico é ser chamado de islamofóbico – mesmo que os fundamentalistas islâmicos sejam uma real ameaça aos direitos das pessoas gays. Se isso não fosse tão atemorizante, seria hilário. Os cristãos, em contraste recebem um tratamento muito diferente.

Casos de criminalização

Um idoso pregador evangélico, Harry Hammond foi considerado culpado de ofensa a ordem pública após ter carregado um pôster pedindo o fim da homossexualidade, da lesbianidade e da imoralidade. Embora ele tenha sido vítima de ataques físicos quando à multidão jogou detritos e água sobre ele, somente ele foi processado.

Em Lancashire os aposentados Joe e Helen Roberts foram interrogados pela polícia durante 80 minutos acerca do seu ponto de vista “homofóbico” porque simplesmente tinham pedido a sua Câmara Municipal para expor literatura cristã nos mesmos prédios públicos onde se expunham panfletos pelos direitos dos gays.

Atemorizar o Cristianismo está rapidamente se tornando o credo que não ousa dizer o seu nome. Isto está sendo elaborado a partir de um script nacional de ideologias que estão buscando promover o seu desaparecimento.

No último dia 10 de setembro, o prefeito de Londres Ken Livingstone disse em uma entrevista radiofônica que a Grã-Bretanha “não é mais um país cristão”, porque as pessoas não vão mais à igreja.

As autoridades locais e os corpos governamentais estão sistematicamente atentando para riscar o Cristianismo de sua existência por se recusar a liberar verbas para grupos voluntários cristãos sob o argumento que ser cristão significa que eles não estão comprometidos com a “diversidade”.

Desse modo, o governo local e central tem-se recusado a continuar subsidiando o programa de treinamento vocacional do Centro Highfields Happy Hands, em Derbyshire, para jovens infratores e alunos expulsos de escolas, a despeito do seu impressionante sucesso, simplesmente porque ele é dirigido com um claro ethos cristão.

Aversão à palavra cristão

A Câmara Municipal de Norfolk objetou a inclusão da palavra “cristão” nos estatutos da Casa Barnabé que abriga jovens sem-teto em Kingslynn, Norfolk. E a Corporação de Habitação, a maior financiadora da Associação Cristã de Moços de Ronfort, em Essex, que cuida de dezenas de jovens necessitados, objetou o fato de que apenas cristãos eram membros da diretoria – que significa, disseram, que a ACM não era capaz de “diversidade”, embora ela seja aberta a pessoas de qualquer fé ou de nenhuma.

A agenda da diversidade, em outras palavras, é uma justificativa para um ataque ao Cristianismo. E para culminar tudo isso nem sequer poderemos esperar apoio do futuro monarca na linha de sucessão, pois o Príncipe Charles disse que quando se tornar rei, não vai mais ser o Defensor da Fé, mas o “Defensor das Crenças”.

Mas o Cristianismo ainda é a religião oficial desse país. Todas as suas instituições, a sua história, e sua cultura estão permeadas por ele; a Grã-Bretanha perderia sua identidade, seus valores, e sua coesão sem ele. Mas os direitos das minorias agora estão sendo contra ele como uma pedra destruidora.

O que começou como um recomendável desejo de se banir o ódio contra a minoria gay tem se metamorfoseado contra a maioria cristã. Comportamentos que eram previamente como transgressões morais às normas da Bíblia, estão agora, ao contrário, se tornando a norma – e os valores bíblicos estão sendo tratados como algo aquém de uma pálida aceitação de comportamento. Isso não é acidental.

A sagrada doutrina dos direitos humanos – que se explicita a si mesmo como sendo a religião para uma era sem Deus – é um meio pelo qual o secularismo está sistematicamente solapando as raízes cristãs da nossa civilização, sob o argumento que a religião é inerentemente obscura, preconceituosa e divisiva. O Cristianismo tem sido destronado como o credo governante desse país sob o argumento de que a igualdade requer status igual para as crenças minoritárias e o secularismo. Como resultado, ele está sendo marginalizado e transformado em não mais do que uma relíquia de curiosidade cultural.

Ofensivo

Isso é um processo diante do qual a Igreja da Inglaterra não tem estado mais de joelhos, mas seguindo a onda do colapso moral e cultural, de acordo com a doutrina do multiculturalismo – e ainda se perguntam porque as suas igrejas estão tão vazias, enquanto aquelas formadas por evangélicos determinados como o Sr. Stephen Green estão superlotadas até o teto.

Como um resultado o Cristianismo está sendo progressivamente removido da esfera pública. Várias Câmaras têm banido o Natal sob o argumento de que ele é “demasiado cristão” e, em conseqüência, “ofensivo” às pessoas de outras crenças, e o estão substituindo por “festivais de inverno” sem conteúdo.

Esse ataque ao Cristianismo não é algo que está acontecendo lá em Alice no País das Maravilhas. E não é apenas uma ameaça à liberdade de expressão e à liberdade religiosa. Ele é um ataque frontal à identidade nacional e aos valores desse país – e como tal irá destruir aquelas liberdades que o próprio Cristianismo criou”.

Melanie Phillips
Artigo publicado no “The Daily Mirror” em 11.09.2007

Fonte: Portas Abertas

“O Bispo: A História Revelada de Edir Macedo”

Este será o nome da biografia do líder da Igreja Universal do Reino de Deus e proprietário da Rede Record de Televisão. Editado pela Larousse, o livro será lançado no dia 21 de outubro com um dos maiores aparatos publicitários da história do mercado editorial brasileiro.

Haverá um evento de lançamento em cada uma das capitais do país.

A tiragem inicial será de 700 mil cópias –o dobro de uma obra de Paulo Coelho, por exemplo. O livro terá 283 páginas, e foi escrito pelos jornalistas Douglas Tavolaro e Cristina Lemos durante 14 meses.

Tavolaro é diretor de Jornalismo da Record, e ela, repórter da emissora em Brasília. A obra também será lançada em inglês e espanhol no início de janeiro.

Na quinta-feira, durante o lançamento da nova emissora Record News, em São Paulo, Macedo deu uma amostra do tipo de crítica que faz à Globo na obra.

Questionado pela Folha Online como seria sua estratégia para atacar e quebrar o monopólio de comunicações da Globo, respondeu: “A gente vai cutucando o fígado até cair”.

Macedo jamais perdoou a concorrente por sua cobertura durante o caso de sua prisão sob acusação de charlatanismo e curandeirismo, em 92. Situação que se agravou com a minissérie “Decadência”, que a Globo colocou no ar em 95. A trama contava a história de um bispo evangélico desonesto e ganancioso.

Pessoas próximas ao bispo revelaram à reportagem que foi em 95 que Macedo jurou destronar a Globo. Cinco anos depois começaram os mais pesados investimentos na TV Record que, estima-se, chegaram a R$ 200 milhões somente nos últimos três anos. Boa parte do faturamento da emissora provém da venda de horários na madrugada da Record para a própria Igreja Universal.

O livro sai envolto em mistério. Por exigência da Larousse, nenhuma informação sobre o conteúdo da obra pode ser divulgada, sob pena de pesada multa.

Fonte: Folha Online

Índios evangélicos são mortos a machadadas na Guatemala

Um crime brutal chocou as autoridades guatemaltecas. Nesta semana, a polícia nacional civil informou que um grupo desconhecido de indígenas, no noroeste da capital do país, esquartejou a machadadas três membros de uma congregação evangélica indígena.

De acordo com um porta-voz da polícia, os corpos foram encontrados por camponeses em uma zona rural da comunidade de San Antonio Ilotenango, localizada a 240 quilômetros da capital.

As vítimas foram identificadas como: Antonio Lucas Ramirez, de 37 anos, Juan Yat Cobos, 34 anos, e José Abelino Ajitax, também de 34 anos. Segundo informações, todos eram índios que haviam deixado seus rituais para se converter ao cristianismo.

A Guatemala é considerada um dos países mais violentos da América Latina. O índice de crimes no país chega a 15 por dia. O presidente guatemalteco Oscar Berger, que está prestes a entregar o seu mandato, reconheceu que fracassou na segurança.

Fonte: Elnet

Acusados de matar padre brasileiro são condenados a 24 anos

O Tribunal Judicial da província moçambicana de Tete (centro do país) condenou à pena máxima de 24 anos de prisão três envolvidos na morte do padre brasileiro Waldir dos Santos e da missionária portuguesa Idalina Neto Gomes, em novembro de 2006.

Um quarto acusado, Policárpio Tiago, foi absolvido por insuficiência de provas. A pena aplicada a Horácio Sande, Feston Phalusso e Joaquim Nicoroa confirmou a decisão anteriormente tomada pelos juízes do Tribunal Judicial da província de Tete sobre o assalto à Missão Católica de Fonte Boa.

Além da condenação, o tribunal aplicou uma multa de 677 mil euros (R$ 1,7 milhão) a cada um dos condenados, por ter ficado comprovado o seu envolvimento na morte do sacerdote e da leiga no distrito de Tsangano, a 250 quilômetros de Tete.

No total, foram julgadas nove pessoas, mas a leitura da sentença do caso se restringiu aos quatro acusados. Os demais suspeitos vão responder em processo autônomo.

Entre os cinco outros acusados, está um famoso empresário, acusado de ter fornecido uma arma ao principal suspeito do crime, que foi encontrado morto numa cela da cadeia central da província.

A audição dos demais suspeitos no processo autônomo resulta de um mandado de captura emitido pelo tribunal com base no recurso apresentado pelo Ministério Público, que se manifestou inconformado com a anterior decisão do órgão judicial de libertá-los.

No crime da Fonte Boa, como é conhecido o caso, os criminosos também levaram do local uma caminhonete Toyota Hilux e 6 mil euros (R$ 15,6 mil, em valores atuais), depois de terem ferido um missionário português, um religioso moçambicano e um guarda.

Fonte: Lusa

Líder budista diz que militares de Mianmar vão para o inferno

O líder máximo dos budistas de Hong Kong, Sik Kok Kwong, condenou hoje a repressão da Junta Militar de Mianmar, afirmando que seus líderes vão “para o inferno mais profundo” por terem matado alguns dos monges que se manifestavam contra o regime ditatorial.

“A ordem de atirar em monges inocentes, que causou muitas mortes, é como derramar sangue de um Buda para as doutrinas budistas. Os responsáveis cairão no inferno de Avici”, disse Sik, presidente da Associação Budista de Hong Kong, em carta aberta.

O inferno de Avici é segundo a crença budista, o de maior sofrimento. Ele está destinado às pessoas que cometeram os piores crimes, como parricidas e suicidas, que deverão expiar suas culpas durante muitas eras antes de poder reencarnar.

O líder religioso, que raramente dá declarações públicas, expressou na carta aberta a sua “profunda tristeza” pela morte dos monges. Ele pediu que a Junta “deponha o seu facão” e instaure no país a democracia e a harmonia.

Líderes políticos de Hong Kong e organizações de defesa dos direitos humanos também expressaram sua solidariedade ao movimento democrático birmanês. No resto da China quase não houve críticas à Junta Militar por parte de Governo e instituições.

As únicas vozes públicas da China comunista contra a repressão birmanesa surgiram na internet. Muitos blogs e foruns exibiram imagens dos protestos, condenando a violenta repressão e mostrando seu apoio a figuras como Aung San Suu Kyi, histórica líder da dissidência birmanesa e prêmio Nobel da Paz.

Fonte: EFE

Pastor dono de casa que desabou está sendo ameaçado

O pastor evangélico Gilberto Cavalcanti, dono da casa que desabou em Marechal Hermes, RJ, matando duas crianças e deixando sete pessoas feridas na útima quinta-feira, será indiciado por duplo homicídio doloso e lesão corporal

Ele não deve ficar preso, já que fugiu do flagrante, e apresentou-se apenas anteontem na delegacia. Uma das vítimas fatais do desabamento foi a filha do pastor, Sara Santos Cavalcante, de 12 anos.

– Eu não pude ir ao enterro da minha própria filha porque sofri uma ameaça de morte da população – disse Gilberto.

Vizinhos do pastor confirmaram que ele está sendo ameaçado. Um morador, que não quis se identificar, disse que ele escapou de ser linchado:

– Ele precisa apanhar muito mesmo e, no que depender de mim, isso acontece.

Sara foi enterrada na tarde desta sexta no cemitério de Ricardo de Albuquerque. A outra vítima, Rafaela Lucena, de 8 anos, foi enterrada no Jardim da Saudade, em Sulacap.

Uma obra para acrescentar um terceiro andar pode ter sido a causa do desabamento. Desde o início da obra, o dono do imóvel já havia recebido cinco multas da Defesa Civil. No imóvel que desabou funcionavam uma igreja evangélica e um centro de aulas de reforço escolar.

O pastor estaria construindo um local para cultos no terceiro andar, onde também foi feita uma piscina que serviria de pia batismal. Ele não estava presente no local quando aconteceu o desabamento, mas a mulher dele, Rosângela Fernandes dos Santos Cavalcante, dava aula e foi uma das vítimas socorridas pelos cem bombeiros que estavam no local.

A filha Sara, de 12 anos, e a amiga dela, Rafaela Lucena, de 8 anos, morreram. Outras 11 pessoas ficaram feridas. Sete delas foram socorridas e levadas para quatro hospitais da cidade.

O trabalho de demolição do que restou da casa começou na manhã desta sexta-feira. Os técnicos da Defesa Civil acharam melhor fazer o serviço para evitar que estranhos vasculhassem os destroços e o próprio imóvel.

Mais cedo, parentes dos donos da casa retiraram documentos e objetos de dentro da casa. A rua permanece interditada.

Fonte: O Globo Online

Igreja católica argentina critica governo por facilitar aborto de deficiente

A Igreja católica argentina criticou duramente o governo de Nestor Kirchner nesta quinta-feira por permitir o aborto de uma jovem deficiente mental de 19 anos que havia sido estuprada, em um novo capítulo da briga entre as autoridades argentinas e a instituição religiosa.

“Matar é desumano. Quando quem mata é o governo, perde-se toda a credibilidade, e morre a democracia”, denunciou em comunicado o Secretariado Nacional para a Família, um organismo laico que depende da Conferência Episcopal Argentina (CEA).

O comunicado foi publicado depois de o ministro da Saúde argentino, Ginés González Garcia, ter facilitado o transporte da jovem da província de Entre Rios (centro-oeste) a um hospital publico da cidade de Mar del Plata (400 km ao sul de Buenos Aires), onde foi praticado o aborto.

Após vários recursos judiciais que atrasaram a intervenção de tal forma que a gravidez chegou a quatro meses, a Corte Suprema de Entre Rios acabou autorizando a cirurgia.

Entretanto, médicos de Paraná, a capital da província onde reside a jovem, que tem uma idade mental de cinco anos, se recusaram a praticar o aborto por considerar que a gravidez já estava avançada demais e por motivos de consciência.

Com apoio do ministro da Saúde, a jovem foi levada para Mar del Plata, onde o aborto foi realizado num hospital público.

A lei argentina só autoriza o aborto quando a mulher corre risco de morte ou quando a gravidez “provém de um estupro cometido contra uma mulher deficiente mental”, e exige o consentimento de um represente legal para praticá-lo.

Fonte: AFP

Ministério Público processa deputado evangélico por distribuir livro em culto

O MPE (Ministério Público Eleitoral) propôs recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o deputado federal Regis de Oliveira (PSC-SP).

O então candidato a deputado federal, no dia 20 de agosto de 2006, teria comparecido ao culto da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, do qual participavam cerca de 500 fiéis, para divulgar sua campanha eleitoral.

De acordo com a Procuradoria Regional em São Paulo, no culto o candidato pediu votos e distribuiu aos presentes um exemplar do livro de sua autoria, “O Direito da Bíblia”.

O objetivo do recurso é a anulação do acórdão do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) e o julgamento, por aquela Corte, da Representação ajuizada contra o deputado.

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo determinou o encaminhamento do processo ao corregedor regional eleitoral para julgamento.

No Recurso, segundo o TSE, o Ministério Público destaca que o candidato eleito ao cargo de deputado federal teve vultosos gastos ilícitos durante sua campanha eleitoral no ano de 2006. Assim, o relator do recurso, ministro Geraldo Grossi, pede reforma do acórdão e o retorno dos autos à origem “para o devido processamento e julgamento”.

Fonte: Última Instância

Divórcios crescem mais do que casamentos nos últimos anos

A Síntese de Indicadores Sociais divulgada nesta sexta-feira, 28 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que crescem o número de casamentos e o de divórcios.

O total de casamentos realizados no país vem crescendo. Entre 2004 e 2005, por exemplo, o crescimento foi de 3,6%.

O levantamento traz considerações sobre os divórcios, que em 2005 cresceram 7,4% em relação ao ano anterior.

A maior parte dos casos em que essas dissoluções ocorreram de forma não-consensual foi motivada por condutas de violação do casamento, como a prática da violência doméstica, e requeridas por mulheres (45%).

De acordo com o estudo, existe diferença entre os gêneros no registro das uniões principalmente na faixa etária mais elevada.

Os idosos, homens com 60 anos ou mais, casam-se quatro vezes mais que as mulheres nessa mesma faixa etária. Enquanto a taxa de nupcialidade legal para elas é de 0,8%, para eles é de 3,3%.

Outra tendência confirmada pelo estudo é a hegemonia das mulheres na guarda dos filhos menores. De cada dez casos, em nove a responsabilidade foi concedida às mulheres.

Fonte: Agência Brasil

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