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Assessor do papa chega ao Peru para ajudar vítimas de terremoto

O principal assessor do papa Bento 16 e secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, solidarizou-se na quinta-feira com os feridos do terremoto que sacudiu o Peru na semana passada, estimulando as vítimas a terem forças para iniciar a reconstrução moral e material do país.

Bertone chegou na noite de quinta-feira em Lima para visitar os milhares de afetados pelo terremoto de magnitude 8,0 que atingiu a região ao sul de Ica e deixou mais de 500 mortos.

“Saúdo todo o povo peruano, sobretudo os feridos, as vítimas, com o signo da solidariedade da Igreja universal e de todas as igrejas particulares que pensam com o coração nas necessidades do povo peruano”, disse Bertone em sua chegada à capital.

“Amanhã (esta sexta-feira) visitarei Ica e Pisco, sobretudo aqueles lugares onde há necessidade de fundar uma nova esperança, com uma nova força de reconstrução, de reconstrução moral e de reconstrução material”, disse.

Antes de viajar a Ica e Pisco, as zonas mais afetadas pelo terremoto, Bertone conversará com o cardeal peruano, Juan Luis Cipriani, e com o presidente Alan García, em Lima.

No domingo, o papa disse que Bertone “levaria pessoalmente o testemunho de meus sentimentos e ajuda concreta da Santa Sé”.

Fonte: Estadão

Igreja critica clientelismo político na Argentina

A Conferência Episcopal da Argentina (CEA) reiterou nesta quinta-feira suas críticas ao clientelismo e à troca de favores, e exigiu transparência na eleição presidencial de outubro no país, em um duro documento no qual denunciou a fragmentação da sociedade.

“A transcendência do ato eleitoral exige grande transparência, de modo a afastá-lo de práticas demagógicas e pressões indevidas, como o clientelismo e a troca de favores”, diz o texto assinado por bispos católicos.

O documento de nove pontos divulgado por ocasião da 147ª reunião da Comissão Permanente da CEA insta os cidadãos “a se informarem devidamente da probidade dos candidatos e da dimensão ética de suas propostas” antes da votação.

A entidade é presidida pelo cardeal primaz e ex-papável Jorge Bergoglio, um crítico do governo que vem apoiando bispos e outros membros da Igreja cada vez mais comprometidos com um papel de oposição.

Nesta semana, Bergoglio apoiou o politizado bispo Juan Carlos Romanín, de Río Gallegos, capital da província de Santa Cruz (sul), terra natal de Kirchner.

Romanín liderou uma marcha cidadã em repúdio a um ex-ministro kirchnerista, que na sexta-feira arremessou sua caminhonete contra uma manifestação, deixando 20 feridos, entre eles uma professora que continua hospitalizada.

A primeira-dama e senadora Cristina Fernández é a candidata do governo à sucessão do presidente Néstor Kirchner no próximo 28 de outubro, e as pesquisas de opinião a apontam como favorita.

No documento, os bispos advertiram sobre “a fragmentação e os confrontos dos quais sofre ainda a Argentina” e destacaram que essas divisões “se manifestam tanto em impunidade, como em desencontros e ressentimentos”.

“Está pendente a dívida da reconciliação”, diz o texto, em alusão aos processos judiciais por violações dos direitos humanos cometidas durante a última ditadura (1976-83), impulsionados pelo governo Kirchner.

A Igreja também vem defendendo a “reconciliação” e que “se fechem as feridas do passado, em um pedido implícito para que se freiem os julgamentos contra os acusados de crimes de lesa-humanidade da ditadura (1976-83), estimulados pelo governo Kirchner. Os organismos humanitários rejeitam uma eventual “reconciliação”.

O ex-capelão da polícia argentina Christian Von Wernich está sendo julgado por homicídios e torturas durante a ditadura, regime que deixou 30.000 desaparecidos, de acordo com os organismos humanitários. As autoridades da Igreja têm se mantido em silêncio sobre o caso Von Wernich.

Sem mencionar o governo, o documento eclesiástico reivindicou “autonomia real e autêntica dos três poderes do Estado”, assim como “o fortalecimento institucional das províncias com sua necessária e justa autonomia do poder central”.

O texto reiterou sua posição contrária ao aborto e em favor da vida desde o momento da concepção, além de destacar a importância da família, “fundada no casamento entre homem e mulher como célula básica da sociedade”.

Os atritos entre Igreja e Governo começaram em 2005, quando Kirchner deixou em suspenso a função de capelão militar exercida por Antonio Baseotto. Ele foi acusado pelo governo de incitar a violência por declarar que o ministro da Saúde, Ginés González García, deveria ser “jogado no mar” por facilitar o uso do preservativo e defender a legalização parcial do aborto.

Conselho quer quebrar sigilo de deputados federais evangélicos

O Conselho de Ética da Câmara vai pedir a quebra dos sigilos bancário e telefônico do deputado federal Mário de Oliveira do PSC-MG (foto a direita), presidente nacional da Igreja do Evangelho Quadrangular e suspeito de ter planejado o assassinato do deputado federal, Carlos Willian do PTC-MG (foto a esquerda).

O pedido será encaminhado à Justiça, já que, até agora, os sete depoimentos prestados ao conselho pelos deputados envolvidos e policiais paulistas, que descobriram o plano, nada explicaram sobre a suposta tentativa de homicídio.

A medida será encaminhada depois do depoimento do obreiro e funcionário da Quadrangular, Odair da Silva, que teria intermediado a contratação de um pistoleiro, e do pastor Celso Braz do Nascimento, que seria o responsável por arregimentar Odair da Silva para ajudar no planejamento da ação.

Além da quebra dos sigilos, o Conselho de Ética quer também pedir ajuda da Polícia Federal para investigar o caso, já que ela, até agora, cumpre apenas diligências requeridas pela Procuradoria da República, antes de dar parecer sobre o caso. O inquérito está sendo instruído pelo Supremo Tribunal Federal (STF), porque o parlamentar tem direito a foro privilegiado.

“O caso é muito grave e precisa ser esclarecido de qualquer forma, por isso vamos lançar mãos de todos os recursos que necessitarmos”, disse o deputado federal Antônio Andrade (PMDB-MG). Outra medida a ser adotada é a acareação entre Carlos Willian e Mário de Oliveira e também dos dois com Odair, que confessou à Polícia Civil de São Paulo ter recebido do chefe da Quadrangular R$ 40 mil para contratar o pistoleiro.

“O Conselho de Ética trabalha com três hipóteses para o caso: tentativa de homicídio; armação de um deputado contra o outro; ou armação de um terceiro contra os dois deputados”, comentou José Eduardo Cardozo (PT-SC).

Reserva

Na quinta-feira, durante os depoimentos dos cinco policiais do 7º Distrito Policial de Osasco (SP), responsáveis pela descoberta do plano de execução, em dois momentos a reunião foi fechada ao público.

Segundo Andrade, o chefe dos investigadores, Geraldo Buscariolli Júnior, e a detetive Antonieta Buonopana pediram que parte de suas declarações fossem reservadas. O objetivo dos policiais era fornecer informações ao conselho, apesar da falta de provas, e emitir opiniões pessoais.

“A sessão fechada foi esclarecedora sobre a motivação das denúncias da suposta tentativa de homicídio”, disse Cardozo. Durante a sessão foi aprovado o pedido da defesa de Oliveira para perícia na gravação telefônica entre Odair e o pistoleiro conhecido como Alemão e no DVD da acareação entre obreiro e o pastor Celso Brás do Nascimento.

O material foi enviado ao conselho pela Polícia Civil de São Paulo, que conduziu as investigações por apenas dois dias. Por determinação judicial, o caso foi repassado ao STF, após comunicação à Justiça de Osasco.

Fonte: Uai

Polícia fecha barbearias ‘anti-islâmicas’ no Irã

A polícia fechou mais de 20 barbearias na capital do Irã, Teerã, nesta quinta-feira. Autoridades dizem que os barbeiros encorajavam um comportamento anti-islâmico ao oferecer estilos de cabelos ocidentais, tatuagens e modelagem de sobrancelhas para homens.

A polícia afirmou que houve inspeção em mais de 700 barbearias durante duas semanas de operações na cidade.

A medida é parte de uma campanha anual contra uma maneira de se vestir considerada pelas autoridades iranianas anti-islâmica e que neste ano atinge também os homens. Centenas de pessoas já foram advertidas.

A polícia diz que, além de evitar cortes de cabelo ocidentais, os barbeiros também não podem modelar as sobrancelhas dos clientes.

O fechamento das barbearias ocorre meses depois do aviso de que os barbeiros poderiam perder suas licenças se não cumprissem as normas.

No entanto, a polícia negou a informação de que haveria uma ordem para os barbeiros não atenderem clientes que usassem gravatas.

Fonte: BBC Brasil

Ulemás discutirão implantação da lei islâmica na Indonésia

Cerca de cem ulemás se reunirão neste fim de semana na localidade de Puncak, em Java Ocidental, para discutir a implantação da sharia (lei islâmica) na Indonésia.

O encontro está sendo organizado por um partido político islâmico e acontecerá no edifício do Parlamento Regional de Puncak, confirmou Sabar Sitangan, porta-voz da legenda.

“Esperamos a presença de pelo menos 111 ulemás procedentes de todas as províncias da Indonésia, com um total de 150 pessoas na conferência”, disse Sitangan.

O vice-presidente do país, Jusuf Kalla, participará amanhã na cerimônia inaugural, após as orações da sexta-feira (dia sagrado muçulmano), confirmou o porta-voz.

“Queremos que a sharia seja implantada como sistema legal para os muçulmanos na Indonésia, mas sempre dentro do marco democrático”, acrescentou Sitantan.

Segundo ele, “dentro da perspectiva do Islã, não há discriminação, por isso a implantação da sharia não prejudicará as outras minorias religiosas do país, como os hindus e os cristãos”, já que a sharia “seria aplicável apenas para a população muçulmana”.

Fonte: Último Segundo

Abuso sexual passou sem denúncia em escola católica

Por quase dois anos, alunos – especialmente alunas – da escola St. Dominic Savio, em Niagara Falls, se referiam a Christian Butler, professor de computação em tempo parcial, como “o pervo”.

O apelido surgiu pouco depois da abertura da escola, em 2002, quando Butler começou a fazer comentários lascivos em classe e, em contato pessoal, elogiou uma menina pré-adolescente pela beleza de seu corpo, de acordo com documentos judiciais e entrevistas com ex-alunos, pais e colegas.

Os alunos ligavam os laptops que lhes eram reservados e encontravam imagens pornográficas, tanto fotos quando desenhos. Pelo menos duas vezes, disseram alunos, Butler projetou imagens grosseiras em aula, incluindo a de duas mulheres de seios nus lutando na lama.

Ele foi sentenciado a quatro anos de prisão, na quarta-feira, por violar os termos de liberdade condicional de seu acordo de admissão de culpa assinado em 2005, sob a acusação de posse de pornografia infantil e de causar riscos ao bem-estar de um menor. Duas das famílias das vítimas decidiram abrir processo contra diocese católica de Buffalo, solicitando indenização de US$ 1,5 milhão e um pedido formal de desculpas, sob a alegação de que a escola e representantes da Igreja ignoraram repetidas queixas sobre Butler até que uma ex-aluna o denunciou à polícia em junho de 2004.

“O que eles fizeram, depois que ele manteve esse comportamento por dois anos?”, perguntou um dos queixosos, Remi Gonzalez, diretor do Conselho da Juventude Católica de Niagara Falls, ministro eucarístico e pai de uma das meninas da escola. “Nada fizeram, e forçaram as crianças a conviver com um predador sexual”.

O caso gerou ira ainda mais forte entre os defensores das vítimas porque a escola foi inaugurada três meses depois que a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos aprovou uma Carta de Proteção às Crianças e Jovens, em uma assembléia em Dallas. O novo texto impunha tolerância zero contra abusos sexuais. Exigia que as instituições da Igreja “tenham em vigor mecanismos para responder de imediato a qualquer alegação que envolva possível abuso sexual contra menores”, e que “reportassem quaisquer alegações de abuso contra menores às autoridades”.

David Clohessy, porta-voz da Rede de Sobreviventes de Abusos por Religiosos, disse que o fato de que os dirigentes da Igreja não tenham agido rapidamente com relação às queixas contra Butler era “especialmente gritante em termos de lugar e momento”. “Caso eles pretendessem honrar de fato essas promessas, isso deveria ter acontecido logo depois da assembléia de Dallas, e em um ambiente escolar”, disse Clohessy. “Ainda que não se deva tolerar recuos ou descuidos, isso seria compreensível décadas depois que promessas como essas tenham sido feitas, mas não depois de apenas algumas semanas”.

Kevin Keenan, porta-voz da diocese de Buffalo, se recusou a comentar sobre o caso, mas disse que “nós seguimos a política diocesana, que se baseia na carta de Dallas. Levamos esse tipo de queixa muito a sério”.

Um código de conduta assinado por todos os funcionários e voluntários da Igreja na diocese de Buffalo proíbe “conduta física, conversações e outras comunicações com crianças ou jovens adultos que tenham propósitos ou resultados sexuais”, e requer que quaisquer alegações do tipo sejam reportadas às autoridades da Igreja e, quando necessário, à polícia.

Quando Butler foi detido, em junho de 2004, ele foi acusado de passar a mão por sob a saia do uniforme de uma aluna, de sua coxa à sua roupa de baixo, de assediar uma segunda menina verbalmente e de armazenar em seu computador imagens de crianças participando de atos sexuais. Ele se declarou culpado e foi sentenciado pelo juiz Peter Broderick, do tribunal do condado de Niagara, a seis meses de prisão e 10 anos de liberdade condicional.

Em junho, Butler admitiu ter violado os termos de sua liberdade condicional por ter visto imagens de pornografia adulta em seu computador. O juiz Broderick o reprovou, na audiência de sentenciamento, quarta-feira, dizendo que “eu assumi um risco em seu benefício”. “A enormidade dos danos que você causou à escola, às crianças e às famílias – todos desejavam seu escalpo”, apontou o juiz. “Eu não agi assim. Dei-lhe uma chance de mudar sua atitude e me convencer de que seria capaz de controlar seus impulsos. Você me desapontou, e causou problemas a você mesmo”.

A filha de Gonzalez, que falou à reportagem sob a condição de que seu prenome não fosse revelado, disse que começou a se sentir desconfortável na presença de Butler logo no início do ano letivo de 2002/3. “Ele nos olhava de maneira imprópria, se aproximava de nós mais do que deveria, se inclinava por sobre nossos corpos”, conta Gonzalez, que tem 15 anos, hoje.

Na metade do ano letivo, de acordo com o relatório policial, uma aluna de oitava série informou os dirigentes da escola de que Butler havia feito um comentário rude sobre seu corpo, e ele admitiu o fato durante reunião com os pais da menina e a diretora, Patricia Muscatello. Pouco depois, de acordo com diversas entrevistas, a mesma menina disse que Butler a havia perseguida em um refeitório vazio, depois das aulas, e que havia tentado arrancar seu uniforme de cheeleader, até que outro professor interviesse.

Virginia Abbott, professora de espanhol na escola até pouco antes da detenção de Butler, declarou em entrevista recente, sobre a inação dos dirigentes diante das queixas contra ele, que havia conversado muitas vezes com a diretora Muscatello sobre o problema. “Eu informei a ela sobre o que estava acontecendo pelo menos 20 vezes”, disse Abbott. “Sempre que eu falava com ela a respeito, ela ria e dizia – ‘as meninas gostam de reclamar. Christian é inofensivo'”.

Fonte : Rádio Grande FM

Pesquisa: metade dos fumantes começa antes dos 14

Pesquisa do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), ligado à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, mostra que metade dos fumantes antendidos pela instituição começaram a fumar com idades entre 6 e 14 anos.

Foram ouvidas cerca de 500 pessoas entre fevereiro de 2006 e fevereiro de 2007.

De acordo com a pesquisa, 13,46% dos fumantes se viciaram entre os 6 e os 11 anos. Outros 36,54% começaram a fumar entre os 12 e os 14 anos. Para 28,85% dos fumantes, o cigarro passou a fazer parte da rotina entre os 15 e os 20 anos de idade.

“A pesquisa foi feita com pacientes de mais de 40 anos. A grande maioria começa a fumar dos 12 aos 14 anos. Isso é conhecido, tanto que a indústria do tabaco sabe mais do que nós. Sabem tanto que investiram massivamente nos adolescentes, que são mais suscetíveis a riscos”, diz Luizemir Lago, diretora do Cratod.

“Os jovens não sentem os efeitos de imediato. Quase 80% das pessoas começam a fumar antes dos 20 anos. Por isso é importante informá-los quantos aos riscos e os males que o hábito de fumar traz no futuro”, completa Luizemir.

Citando dados do Instituto Nacional do Câncer, Luizemir alega que mesmo com a recente proibição das propagandas de cigarros, o problema do fumo na juventude continua. “O Brasil como um todo melhorou muito. Temos uma redução de cerca de 30% da década de 1980 para cá, mas na faixa adolescente o consumo não caiu”.

A pesquisa ainda mostrou que 7,69% das pessoas começam a fumar após os 25 anos e apenas 1,92% após os 30 anos. Do total de pessoas pesquisadas pelo Cratod, 67% possuem um fumante na família.

O levantamento também mostrou que das 500 pessoas atendidas no Cratod entre fevereiro de 2006 e fevereiro de 2007, 57% eram mulheres e 43% homens. Elas alegam que a rejeição dos homens, redução da fertilidade, riscos de doenças cardiovasculares e câncer de pulmão estão entre os principais motivos para tentar abandonar o vício.

Fonte: Terra

THE NEW YORK TIMES: Cientistas induzem sensação de estar fora do corpo

A pesquisa fornece explicação física para fenômenos atribuídos a influências de outros mundos e é o primeiro passo para se entender como o cérebro cria essa sensação, disse Peter Brugger, neurologista do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça.

Usando óculos de realidade virtual, uma câmera e uma vara, cientistas induziram experiências de estar fora do corpo – a sensação de viajar para fora do próprio corpo – em pessoas saudáveis, de acordo com experimentos sendo publicados pela revista Science.

Quando as pessoas vêem uma imagem ilusória de si mesmas pelos óculos e são tocadas com uma vara, elas sentem como se tivessem deixado seus corpos.

A pesquisa revela que “a sensação de ter um corpo, de ser um ente corpóreo” é de fato construída por correntes sensórias múltiplas, disse Matthew Botvinick, professor de neurociências da Universidade de Princeton, especialista em corpo e mente que não participou dos experimentos.

Em geral, essas correntes sensórias, que incluem visão, tato, equilíbrio e sensação da posição do corpo no espaço, trabalham juntas imperceptivelmente, disse Botvinick. Mas quando as informações das fontes sensoriais não se encaixam e saem de sincronia, a sensação de estar no corpo como um todo se desmonta.

O cérebro, que detesta ambigüidades, então força uma decisão que pode envolver a sensação de estar em um corpo diferente, mostram os novos experimentos.

A pesquisa fornece explicação física para fenômenos geralmente atribuídos a influências de outros mundos, disse Peter Brugger, neurologista do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça. Depois de ferimentos súbitos e severos, freqüentemente as pessoas contam ter tido a sensação de flutuar para fora de seu corpo, olhar para baixo, ouvir o que é dito e então, igualmente subitamente, encontrarem-se novamente dentro do corpo.

A nova pesquisa é o primeiro passo para se entender exatamente como o cérebro cria essa sensação, disse ele.

Os experimentos fora do corpo foram conduzidos por dois grupos de pesquisa, usando métodos ligeiramente diferentes, com a intenção de expandir a chamada ilusão da mão de borracha.

Nessa ilusão, as pessoas escondem uma mão no colo e olham para uma mão de borracha em cima da mesa na frente delas. Quando o pesquisador toca na mão verdadeira e na mão de borracha simultaneamente com uma vara, as pessoas têm a sensação vívida de que a mão de borracha é a sua.

Quando a mão de borracha é atingida com uma machadinha, as pessoas contraem-se e às vezes gritam.

A ilusão mostra que as partes do corpo podem ser separadas do todo quando se provoca um desencontro entre tato e visão. Isto é, quando o cérebro vê a mão falsa sendo tocada e sente a mesma sensação, esta é erroneamente atribuída à falsa mão.

Os novos experimentos foram desenhados para criar, com manipulações similares, uma ilusão do corpo inteiro.

Na Suíça, Olaf Blanke, neurocientista da Escola Politécnica Federal em Lausanne, pediu aos participantes para vestirem óculos de realidade virtual em uma sala vazia. Uma câmera projetou a imagem de cada pessoa tomada das costas e mostrada a 1,8 m de distância. Então, elas viam uma imagem ilusória de si mesmas a uma certa distância.

Então Blanke tocava as costas de cada pessoa por um minuto com uma vara, enquanto projetava simultaneamente a imagem da vara na imagem ilusória do corpo da pessoa.

Quando os toques eram sincronizados, as pessoas tinham a sensação de estar momentaneamente dentro do corpo ilusório. Quando os toques não eram sincronizados, a ilusão não ocorria.

Em outra variação, Blanke projetou um “corpo de borracha” – um manequim barato comprado no eBay, vestindo as mesmas roupas do voluntário – nos óculos de realidade virtual. Com toques sincronizados, a sensação de ser das pessoas passou para o manequim.

Um conjunto de experimentos separado foi desenvolvido por Henrik Ehrsson, professor assistente de neurociências do Instituto Karolinska, em Helsinque.

No ano passado, quando Ehrsson era “um aluno de medicina entediado no Colégio Universitário em Londres”, ele se perguntou: “O que aconteceria com uma pessoa se ‘tirasse’ seus olhos e os colocasse em um ponto diferente de uma sala? Ela se veria onde seus olhos estavam? Ou onde seu corpo estava?”

Para descobrir, Ehrsson pediu às pessoas para sentarem em uma cadeira e usarem óculos conectados com duas câmeras de vídeo colocadas 1,8 m atrás delas. A câmera da esquerda projetava para o olho esquerdo. A câmera da direita projetava para o olho direito. Como resultado, as pessoas viram suas próprias costas da perspectiva de uma pessoa virtual sentada atrás delas.

Usando duas varas, Ehrsson tocou no peito de cada pessoa por dois minutos com uma vara enquanto movia a segunda sob as lentes da câmera, como se estivesse tocando o corpo virtual.

Novamente, quando os toques eram sincronizados, as pessoas tinham a sensação de estar fora de seus corpos – nesse caso, vendo a si mesmas de uma distância, onde seus “olhos” estavam.

Depois Ehrsson pegou um martelo. Enquanto as pessoas estavam vivenciando a ilusão, ele fingiu esmagar o corpo virtual acenando com o martelo logo abaixo das câmeras. Imediatamente, os participantes registraram uma resposta à ameaça medida por sensores em sua pele. Eles suaram e os pulsos se aceleraram.

Eles também reagiram emocionalmente, como se estivessem vendo a si mesmos se machucarem, disse Ehrsson.

As pessoas que participaram dos experimentos disseram que tiveram a sensação de sair de seus corpos, mas não uma forte sensação de flutuar ou rodar, como é comum nas experiências extracorpóreas, disseram os pesquisadores.

O próximo conjunto de experimentos vai envolver desconectar não só o toque e a visão, mas outros aspectos do corpo sensorial, inclusive a sensação da posição do corpo no espaço e o equilíbrio, disseram.

É provável que tais desencontros ocorram naturalmente quando regiões multi-sensoriais do cérebro são privadas de oxigênio após um ferimento ou choque. Ou elas podem ser induzidas durante o sono, esportes extremos ou práticas intensas de meditação que alteram o fluxo sangüíneo para partes específicas do cérebro.

Fonte: The New York Times

Filho de pastor está desaparecido na Libéria

Um menino de 12 anos desapareceu nas ruas da Libéria. Samuel Barbor foi levado da escola há sete dias. O pai dele, o pastor Philip Barbor, estava realizando uma Maratona de Leitura da Bíblia quando a recebeu a notícia de que o filho dele havia desaparecido.

Há alguns anos, rebeldes assumiram a Libéria e a situação de insegurança é permanente, especialmente para crianças e jovens. Suspeita-se que o menino tenha sido capturado em retaliação à atividade missionária dos pais.

Barbor e sua família experimentam a perseguição física de muçulmanos por causa do trabalho deles na Libéria. A esposa de pastor Barbor passou dias no hospital depois de sofrer um violento ataque.

Agora, o casal se concentra na busca do filho perdido e pede que você ore pela segurança e o retorno rápido do menino.

A Maratona de Leitura da Bíblia começou em 1990 depois que o fundador, John A. Hash, se deu conta da importância de ler a Bíblia inteira. Desde então, maratonas foram promovidas em muitos países. Eles começam orando e passam a ler a Bíblia durante 80 horas.

A Libéria é a república mais antiga do continente – foi fundada por escravos americanos libertados em 1822 – e tem enfrentado uma guerra civil intermitente nos últimos 20 anos.

Os confrontos começaram na década de 80, após anos de governos totalitários que oprimiam a oposição, com apoio dos Estados Unidos.

A estabilidade da Libéria não é apenas vital para os habitantes do país, mas também para os vizinhos Serra Leoa e Costa do Marfim, que sofreram com guerras civis recentemente. O país é repleto de reservas de diamantes.

Fonte: Portas Abertas

Líderes islâmicos pedem a morte de egípcio declarado cristão

Mohammed Ahmed Hegazi, um jovem egípcio, de 25 anos de idade, convertido ao cristianismo desde os 16 anos, foi condenado à morte, pelos lideres islâmicos no Egito, por ter-se declarado cristão.

A condenação veio à tona, quando Mohamed e sua esposa, também cristã, decidiram oficializar a fé, colocando em suas respectivas carteiras de identidade a indicação de cristãos.

A motivação da oficialização religiosa é o filho que, segundo o desejo dos pais, nascerá cristão.

Todavia, segundo as leis do islamismo, “quem renuncia ao islã é um apóstata, um desertor, que merece ser morto; e mais ainda, por se vangloriar de ter deixado o islã”. Essa foi a declaração feita pelo reitor da Universidade Islâmica de Al Alzahr, professor Soah Saleh.

Embora oficialmente os cristãos tenham liberdade religiosa no Egito, isso não significa que tenham liberdade para evangelizar. A confissão religiosa das pessoas deve ser discriminada em suas carteiras de identidade.

Os muçulmanos que se convertem, sofrem severa perseguição, o que inclui a marginalização por parte da sociedade, prisões e até tortura.

Perseguição, estupros e extradição

Cristãos relataram diversas campanhas realizadas por militantes islâmicos, que forçaram aldeias inteiras a se converterem ao islamismo. Extremistas muçulmanos têm-se tornado notórios pelo rapto de mulheres cristãs, numa tática conhecida como “conversão por estupro”.

Cristãos estrangeiros podem enfrentar perseguição, prisão ou mesmo extradição.

Nos últimos anos, os cristãos coptas egípcios – que são parte de uma antiga Igreja egípcia – têm sido cada vez mais perseguidos. Alguns foram mortos por militantes radicais, enquanto outros são obrigados a pagar por sua “segurança”.

No Egito, 84% da população professa a fé islâmica, e apenas 15%, o cristianismo. Segundo fontes católicas, o total de fiéis cristãos é de 10,3 milhões de habitantes, em lento crescimento de percentual.

Fonte: Portas Abertas

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