O papa Bento XVI pediu nesta segunda-feira que os católicos do Iraque trabalhem em nome da paz para honrar a memória do arcebispo católico caldeu sequestrado no país e encontrado morto na semana passada.
A morte de Paulos Faraj Rahho, arcebispo de Mosul, foi o maior ataque a atingir a comunidade cristã do Iraque desde a invasão do país por forças comandadas pelos EUA, em 2003.
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, responsabilizou a Al-Qaeda pela ação.
“Nós choramos a morte dele, a forma desumana com que a vida dele chegou ao fim na Terra”, disse o papa durante uma missa no Vaticano celebrada em homenagem a Rahho.
“Mas hoje queremos agradecer a Deus por todo o bem que ele fez e que os cristãos saibam dar prosseguimento aos esforços para construir uma sociedade pacífica.”
Rahho foi sequestrado no dia 29 de fevereiro por homens armados que atacaram o carro dele, matando o motorista do veículo e dois guardas. O corpo do arcebispo foi encontrado em uma cova rasa no leste de Mosul, na quinta-feira. Ainda não se sabe se Rahho, cujo estado de saúde era delicado, foi assassinado.
Policiais presentes no necrotério de Mosul disseram que o arcebispo parecia estar morto havia uma semana e que o corpo dele não tinha marcas de bala.
No domingo, o papa fez um apelo veemente em defesa do fim da violência no Iraque, afirmando: “Chega de massacres, chega de violência, chega de ódio no Iraque!”.
Os caldeus pertencem a um ramo da Igreja Católica que pratica o antigo ritual do Oriente e formam a maior comunidade cristã do Iraque, um país majoritariamente islâmico.
Fonte: Reuters