A reportagem, que aponta Feliciano como racista, homofóbico e machista, mostra como ele e seu partido têm se beneficiado com a repercussão na mídia desde quando foi indicado para o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

Petições, passeatas e protestos contra a permanência do parlamentar na presidência da comissão são pautas constantes no último mês.

A revista aponta Feliciano como racista, homofóbico e machista e afirma que são preceitos que ele professa em sua igreja, a Assembleia de Deus – Catedral do Avivamento, “além de profanar a memória de líderes religiosos que ele mesmo escolheu como patronos”, como Martin Luther King, com quem se comparou.

A reportagem mostra que Feliciano não se importa com aqueles que pedem sua renúncia, o que ele, inclusive, já afirmou que não irá fazer. Segundo o texto, o Partido Social Cristão se aproveita da fama repentina e, oportunamente, mantém a polêmica viva para que consiga abarcar outros cargos no governo.

O partido, com apenas 16 representantes no Congresso, é da base governista, mas, segundo seu líder, o deputado André Moura, até hoje não conseguiu eleger ministros ou cargos mais importantes no Congresso.

O impasse da presença de Feliciano na presidência da Comissão, diz a revista, seria resolvido se ele fosse substituído por qualquer outro parlamentar. No entanto, André Moura defendeu seu partido ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN).

Moura afirmou que o PSC tem direito de indicar quem quiser para a presidência da comissão que lhe foi oferecida. “O PT abriu mão da comissão e ela nos foi oferecida. Nosso direito é indicar o presidente e o dever dos outros partidos é nos respeitar”, afirmou Moura.

Segundo a revista, nem mesmo o presidente da Câmara tem poder para tirar Feliciano da presidência da CDHM. O que restaria, então, seria o “bom-senso”, diz a reportagem.

Henrique Alves, no entanto, não pretende deixar o assunto. Após a Páscoa, ele pretende convocar Marco Feliciano e líderes de partido para uma reunião com a intenção de aumentar a pressão para que ele renuncie do cargo.

De acordo com a reportagem, Marco Feliciano e o partido se aproveitam da sua visibilidade com vistas para as eleições de 2014. O comentarista político e membro da bancada evangélica da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou à ISTOÉ que se Feliciano “renunciar, não se reelege nunca mais. Se ficar, se reelege com um milhão de votos sem sair de casa”.

O partido está ganhando seu espaço e se sente no direito de ganhar espaço no governo Dilma sob alegações de que o apoio fez a presidente ganhar votos dos cristãos. “Apoiamos a campanha e hoje somos um aliado fiel que não tem cargos. Somos maiores do que outros partidos mais consolidados, como PCdoB e PV, mas que nunca teve direito a muita coisa”, afirmou Everaldo Pereira, pastor e vice-presidente do PSC.

A publicação ainda afirma que tanta visibilidade e polêmica têm beneficiado o próprio Feliciano. São 13 igrejas espalhadas por São Paulo e a venda de CDs e DVDs da Catedral do Avivamento quase dobrou em março, mês de sua “fama”.

[b]Fonte: The Christian Post[/b]

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