Milhares de peregrinos católicos procedentes de todo o mundo participaram nesta Sexta-Feira da Paixão da tradicional procissão da via-crúcis na Cidade Antiga de Jerusalém, que lembra a crucificação de Jesus Cristo dois dias antes da Páscoa.

Distribuídos em grupos, alguns carregavam grandes cruzes, ao longo do percurso de 14 etapas que lembra o caminho que Jesus, segundo a tradição cristã, fez antes de ser crucificado pelos romanos.

Eles recitavam salmos que se confundiam com os versículos do Alcorão difundidos a partir dos minaretes das mesquitas da Cidade Antiga, antes da oração muçulmana de sexta-feira. No ar se sentia o odor do incenso.

Nas estreitas ruas da Cidade Sagrada, os cristãos seguiram para a igreja do Santo Sepulcro, onde se encontraram com os muçulmanos que caminhavam em direção à Esplanada das Mesquitas.

O ponto de partida da procissão foi o convento da flagelação e o templo do Santo Sepulcro, situada no local onde Jesus foi sepultado, atualmente um dos centros de culto cristãos da Cidade Antiga de Jerusalém, ocupada e anexada por Israel.

Representantes das duas famílias muçulmanas, Nusseibeh e Judeh, que possuem as chaves do Santo Sepulcro desde o século XIII, abriram as portas do local para permitir a entrada dos peregrinos.

O patriarca latino de Jerusalém, Michel Sabbah, presidiu a missa da Sexta-Feira da Paixão pela última vez, já que completou 75 anos, idade máxima para a aposentadoria.

A polícia israelense deslocou reforços em toda a região para evitar qualquer incidente.

Fonte: AFP

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