De olho no mercado gospel, chega às telas nesta quinta (3) “O Céu é de Verdade” (2014), produção com elenco e equipe técnica renomados em Hollywood e estrutura narrativa dos modestos filmes cristãos.

O longa de Randall Wallace —roteirista de “Coração Valente” (1995) e diretor de “O Homem da Máscara de Ferro” (1998)— baseia-se no relato do garoto norte-americano Colton Burpo, que disse ter ido ao céu após uma experiência de quase-morte aos quatro anos de idade.

Transformada em livro pelo seu pai, o pastor Todd Burpo, e Lynn Vincent, a ghost-writer da política conservadora Sarah Palin, a história do menino virou best-seller, com mais de dez milhões de exemplares vendidos.

A obra cinematográfica começa com uma menina lituana pintando algo —cuja relação com a trama dos Burpos, nos EUA, somente é revelada no final— em um sótão escuro, onde um raio de luz invade o ambiente através de um buraco no telhado, ao som de uma música tocante e inspiradora.

São os sinais de recursos que serão utilizados constantemente no decorrer do filme: a trilha sonora incessante, desnecessária em muitos momentos, e uma fotografia que não só usa os feixes de luz como símbolo de divindade, como destaca o céu em suas composições de enquadramento.

Isso porque o fotógrafo Dean Semler, que ganhou o Oscar com “Dança com Lobos” (1990), junto com o diretor, tenta transformar a cidade de Imperial, no Nebraska —que, na realidade, é a canadense Manitoba, que serviu de locação para a produção—, em um Paraíso na Terra, com planos gerais dos campos locais e seus horizontes.

É lá que vive Todd (Greg Kinnear), que além de pastor da Crossroads Wesleyan Church, é bombeiro voluntário do lugarejo, treinador de luta livre na escola local e instalador de portas de garagem.

Assim é apresentado o bom caráter do protagonista, que se desdobra, mesmo tendo várias contas a pagar, situação agravada quando fica impossibilitado de trabalhar ao quebrar a perna jogando softbol e sofrer com uma crise de pedras renais.

Na volta de um passeio, seus dois filhos sofrem com os efeitos de uma virose. Mas enquanto Cassie (Lane Styles) logo se recupera, o pequeno Colton (Connor Corum) ainda padece até descobrirem que se trata de uma apendicite grave.

O menino é submetido a uma cirurgia de emergência, que preocupa muito seus pais e todos os conhecidos da igreja, mas, de repente, ele já está acordado e fazendo pedidos.

Subtende-se que o procedimento médico foi um sucesso. Logo, vê-se também que o foco da história é outro, quando o garoto começa a contar ao pai o que viu enquanto era operado: quando ele saiu do próprio corpo, assistiu à aflição de seus progenitores e, acompanhado de Jesus Cristo, visitou o céu, onde encontrou parentes já falecidos que nunca conheceu.

O filme, que agora chega ao Brasil, estreou em abril nos Estados Unidos, e em sua primeira semana nos cinemas arrecadou mais de 21 milhões de dólares, sucesso que se repetiu nas semanas seguintes ficando sempre nas listas dos filmes mais vistos. O filme é uma produção da Tristar, empresa que pertence ao grupo Sony Pictures, e custou cerca de 12 milhões de dólares.

Assista ao trailer:

[b]Fonte: UOL e Gospel +[/b]

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