O Estado de Israel foi criado em 14 de maio de 1948, a partir do plano de partilha da ONU (Organização das Nações Unidas) de 1947 que propunha a divisão da região sob domínio britânico em dois Estados, um árabe e um judeu. A proposta surgiu após a intenção do Reino Unido de retirar seu domínio sobre os territórios palestinos após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os árabes rejeitaram a proposta e a violência emergiu quase que imediatamente. Desde então, a história de Israel gira em torno de conflitos com palestinos e nações árabes vizinhas. Houve guerras com Egito, Jordânia, Líbano e Síria. Nesse período, Israel ocupou a península do Sinai (Egito), a Cisjordânia, a faixa de Gaza, as colinas de Golã (Síria) e o sul do Líbano.

Em 1979, Egito e Israel assinaram acordo de paz e os israelenses se retiraram de Sinai no dia 25 de abril de 1982. As disputas territoriais com a Jordânia foram resolvidas no dia 26 de outubro de 1994, com a assinatura do tratado de paz Israel-Jordânia. Já no dia 25 de maio de 2000, Israel se retirou do sul do Líbano, local que ocupava desde 1982.

Várias iniciativas de negociação terminaram com a Conferência de Madri, em outubro de 1991, que foi seguida por negociações bilaterais conduzidas entre representantes israelenses e palestinos com o objetivo de alcançar um acordo permanente. Em 13 de setembro de 1993, israelenses e palestinos assinaram o Acordo de Oslo, estabelecendo um período interino de autogoverno palestino. Pelo acordo, Gaza e a Cisjordânia passariam a ser territórios administrados pela ANP (Autoridade Nacional Palestina).

Em abril de 2003, o presidente americano, George W. Bush, trabalhando em conjunto com a União Européia, ONU e Rússia em uma liderança que passou a ser chamada de quarteto–, conduziu a criação de um plano de paz para o fim do conflito até o fim de 2005, baseado em ações recíprocas das duas partes levando a dois Estados, Israel e a ANP.

Violência

Um acordo permanente foi minado pela violência israelo-palestina entre setembro de 2003 e fevereiro de 2005. Um acordo assinado entre israelenses e palestinos em fevereiro de 2005, junto com um cessar-fogo palestino, reduziu significativamente a violência. Em 2005, Israel saiu de Gaza, esvaziou assentamentos e seu Exército enquanto manteve o controle sobre a maioria dos pontos de entrada para a faixa de Gaza.

A eleição do Hamas –grupo terrorista e partido político cuja carta de fundação prevê a destruição do Estado de Israel– em janeiro de 2006 para liderar o Conselho Legislativo Palestino congelou as relações entre Israel e a ANP (Autoridade Nacional Palestina).

Ehud Olmert tornou-se primeiro-ministro de Israel em março de 2006. Após uma operação militar em Gaza entre junho-julho de 2006 e um conflito de 34 dias com a milícia xiita Hizbollah no Líbano entre junho e agosto de 2006, ele adiou os planos de se retirar da Cisjordânia. Em junho de 2007, ele encerrou o diálogo com a ANP, após o Hamas assumir o controle da faixa de Gaza e o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, formou um novo governo sem o Hamas.

Apesar da devolução de Gaza e de partes da Cisjordânia para o controle palestino, um acordo final ainda não foi estabelecido. Entre os principais pontos de divergência estão o status de Jerusalém, o destino de refugiados palestinos e a questão dos assentamentos judaicos.

Saiba mais sobre Israel:

Nome: Estado de Israel

Localização: Oriente Médio (banhado pelo mar Mediterrâneo, entre o Egito e o Líbano)

Capital: Jerusalém (capital nacional e sede do governo), Tel Aviv (reconhecida internacionalmente)

Divisão: seis distritos

Principais cidades: Jerusalém, Tel Aviv, Haifa e Holon

Línguas: hebraico (oficial), árabe, inglês

Religião: judaica, minorias islâmica, cristã e drusa

Moeda: shekel novo

Natureza do Estado: república parlamentarista

Área: 20.770 km2 (não inclui territórios ocupados)

População: 7.112.359 (inclui cerca de 187 mil colonos israelenses na Cisjordânia, cerca de 20 mil nas colinas de Golã, e pouco menos de 177 mil no leste de Jerusalém, em estimativa de 2008)

Religião: Judaica (76,4%), muçulmana (16%), cristãos árabes (1,7%), outros cristãos (0,4%) (2004)

Independência: 14 de maio de 1948

Usuários de internet: 1.899 milhão (2006)

PIB: US$ 132,5 bilhões (estimativa de 2007)

Renda “per capita” anual: US$ 28.800 (2007)

População abaixo da linha da pobreza: 21,6% (2005)

Alfabetização: 97,1%

Fonte: Folha Online

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