O apoio dos pastores tem grande influência sobre o eleitorado evangélico, indica o Datafolha com base no público presente na Marcha para Jesus de anteontem.
Entre os participantes do evento, 31% afirmaram que o apoio dos pastores de sua igreja a um candidato a prefeito “com certeza” o levariam a votar nessa pessoa.
A influência dos líderes religiosos vai além, já que outros 34% dos entrevistados disseram que “talvez” escolham seu candidato a partir da indicação dos pastores.
No total, portanto, 65% dos que foram à marcha são direta ou parcialmente influenciados pelos comandos das igrejas na eleição.
A margem de erro da pesquisa Datafolha é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Anteontem, na marcha, o apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer, que organizou a caminhada, disse que “com certeza” as igrejas devem orientar seus fiéis sobre o melhor perfil de candidato.
“A igreja deve participar efetivamente através do voto popular”, disse. “Dentro das convicções de cada igreja e daquilo que ela vê como melhor proposta, ela tem esse papel”, completou.
No total, 60% do público presente era da cidade de São Paulo, 36% do interior do Estado e 4% de outras unidades da Federação.
Os fiéis da Renascer foram maioria -34% dos presentes- seguidos pela Assembleia de Deus, com 16%. Só 1% era da Igreja Universal do Reino de Deus.
A Renascer afirmou que ainda não definiu quem apoiará para prefeito de São Paulo. O principal tronco da Assembleia de Deus, que é a líder de adeptos entre as pentecostais na cidade, apoiará José Serra (PSDB).
O ministro Marcelo Crivella (Pesca), bispo licenciado da Universal, também defendeu a orientação política dos fiéis. “O povo pergunta ao pastor em quem votar”, afirmou.
Ele disse ainda que é importante o envolvimento dos evangélicos na política, inclusive se candidatando, para promover os princípios das igrejas de uma vida focada em trabalho, família e oração.
Segundo Crivella, senador licenciado pelo PRB-RJ, o candidato a prefeito de São Paulo “mais próximo” dos evangélicos é Celso Russomanno (PRB).
[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]