O final da animação norte-americana sobre o Natal, “A Estrela do Natal” em francês (“A Estrela de Belém”, aqui no Brasil) foi proibida de ser apresentada para alunos das escolas públicas de Langon, na França. O argumento é que ela era “cristã demais” ou, como afirmaram os professores, não era “muito secular” porque lembrava o Natal.
Um grupo de 83 alunos de uma escola municipal assistiam ao filme no cinema Le Rio, no dia 13 de dezembro, quando alguns professores pediram que a exibição fosse interrompida, já perto do fim.
Ao perceberem diversas menções ao nome de Jesus Cristo, disseram que os alunos não deveriam vê-lo. As crianças foram obrigadas a voltar para casa sem saber o final do filme.
A sinopse dizia: “Um burro bravo, Bo, sonha com uma vida melhor longe da rotina diária do moinho da vila. Um dia, ele encontra coragem de se libertar para finalmente viver a grande aventura com uma ovelha, uma pomba, três camelos loucos e animais de fazenda, muito excêntricos … “. Os professores alegaram que a sinopse da animação não permitiu entender que “A Estrela de Belém” tratava-se do nascimento de Jesus. O cartaz, que mostra a manjedoura, foi, no entanto, bastante sugestivo.
“Eu admito que eu não tinha visto o filme antes, ele vem de um grande estúdio americano”, admite o diretor de filme, Emmanuel Raymond, que pagou a sessão aos estudantes. Os alunos retornaram para a escola e outra sessão de cinema acontecerá mais tarde.
Cristofobia
O caso chamou atenção da imprensa na Europa por ser mais um exemplo claro do que vem sendo chamado com frequência cada vez maior de “Cristofobia”.
Em março deste ano, um professor de escola primária na comuna de Malicornay, região central da França, foi suspenso depois de ter lido passagens da Bíblia para seus alunos de nove a onze anos de idade. O diretor suspendeu o professor, alegando que o educador “falhou em observar as leis estritas do laicismo na França, que exigem uma educação isenta da religião”.
No mês de novembro um tribunal da França decidiu que os presépios de natal não podem ser exibidos em prédios públicos. E um tribunal administrativo superior decidiu que uma cruz que faz parte de uma estátua do falecido Papa João Paulo II na cidade de Ploërmel deve ser removida pois viola a lei de 1905 que impôs a separação estrita da Igreja e do Estado.
O que chama a atenção na França para a crescente “Cristofobia” é que o país ao mesmo tempo em que usa o argumento de Estado laico quando a questão envolve o cristianismo, permite orações muçulmanas nas ruas às sextas-feiras, fechando ruas e desviando o trânsito para garantir a “liberdade” de seus cidadãos.
Fonte: Gospel Prime e Le Figaro (França)