Carlos Roberto Massa, 62, o Ratinho, que este ano completa 20 anos de estreia no SBT, disse, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo neste domingo (3), que a Rede Globo “começou a forçar muito” ao incluir casais homossexuais em todas as novelas.
“Por que toda novela tem que ter um casal de homossexuais?”, questiona Carlos Roberto Massa, o Ratinho. Mas ele não se considera homofóbico.
“Tá louco? Pelo amor de Deus. Sou totalmente liberal. Quantos homossexuais trabalham comigo ao meu redor? Tenho um carinho especial por eles.”
“Só acho que a Globo começou a forçar muito”, diz o apresentador do SBT, que publicou um vídeo em janeiro dizendo que nos folhetins da emissora carioca tem “muito ‘viado’”. “Nenhuma televisão pode exagerar em impor isso. Tudo bem, o homossexual existe. Mas a superexposição irrita o telespectador”, diz. “Quando está em um contexto, eu concordo. Se não, discordo.”
“Aí dizem: ‘Ah, mas é tudo proporcional’. É proporcional? A maioria da população hoje é negra, parda. Então vamos encher a televisão de pardos.”
Ele define seu comentário sobre os homossexuais, por exemplo, como “uma brincadeira”. “Não me arrependo porque não fiz para ofender”, defende. “Brinquei com aquilo e me enrabei.”
“Apanho até hoje [pelo vídeo]. Não gosto dessa ideia de chamar quem pensa diferente de homofóbico. Homofóbico é aquele que agride, que não concorda. Acho que tudo tem que ser respeitado. Como eu também tenho que ser respeitado. Quem me conhece sabe que eu respeito todo mundo.”
“O mundo está muito chato Você não pode brincar. Tem sempre um mala te criticando nas redes sociais. Que escreve melhor e te mói. Porque quando quer bater em alguém, você acha argumentos.”
Carlos Roberto Massa, 62, nasceu em Águas de Lindóia, interior de SP, mas foi criado em Jandaia do Sul, no Paraná.
Em 2018, Ratinho completa 20 anos da estreia no SBT, com quem hoje divide o faturamento de sua atração, exibida nas noites de segunda a sexta. Antes, foi engraxate e radialista, vendeu “churrasquinho de gato” e despontou como repórter policial com Luiz Carlos Alborghetti. De estudo, tem até o segundo grau.
Fonte: Folha de São Paulo