Mesmo que a perseguição contra os cristãos em Bangladesh esteja em ascensão, o número de muçulmanos que se converte ao cristianismo também cresce cada vez mais na nação do sul da Ásia.

Assim como em outros países onde a população é dominada por um governo de maioria muçulmana, os cristãos de Bangladesh estão correndo risco de serem mortos ou perseguidos por causa da sua fé em Jesus Cristo.

[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×500/smart/media.guiame.com.br/archives/2016/04/01/4130737475-cristaos-orando-bangladesh.jpg[/img]Mas enquanto cerca de 90% da população de Bangladesh – um total de de 165 milhões de habitantes – é formada por muçulmanos, o cristianismo está ganhando força no país.

De acordo com a organização de direitos humanos ‘Christian Freedom International’ (CFI), estima-se que mais de 91.000 muçulmanos, em toda Bangladesh, se converteram ao cristianismo nos últimos seis anos, apesar da apostasia ser um ato punível com a morte no islamismo, em muitos países.

O pastor Faruk al-Ahmed – que também é um ex-muçulmano que se converteu ao evangelho – vem compartilhando a mensagem de Cristo desde que se converteu, em meados da década de 90. Ele pessoalmente atestou a ascensão do cristianismo em sua própria comunidade, no norte de Bangladesh, durante uma entrevista ao site britânico de notícias, ‘Express’.

“Quando comecei meu ministério em Kurigram, havia apenas uma família de tradição cristã e outra culturalmente muçulmana”, explicou o pastor. “Agora, quase 1.500 cristãos que vieram do islamismo estão glorificando a Deus nesta área”.

“A perseguição virá ainda mais forte, mas nós estamos prontos para enfrentá-la”, acrescentou al-Ahmed.

Estima-se que o número de cristãos em Bangladesh seja de 1,6 milhão, que compreende cerca de 1% da população total do país.

Apesar de relatos de que o Cristianismo está crescendo no país, a CFI enfatiza que os cristãos são obrigados a manter suas atividades de adoração na clandestinidade para evitar “retaliações” por sua fé.

“Igrejas – especialmente as igrejas domésticas onde os crentes se encontram – preferem não exibir quaisquer símbolos cristãos em suas entradas ou em seu interior, para evitar que sejam reconhecidas como tal”, diz um relatório da Missão Internacional Portas Abertas do Reino Unido. “Às vezes, até mesmo igrejas históricas enfrentam oposição e restrições para colocarem uma cruz ou outros símbolos religiosos em seus templos”.

[b]Contexto[/b]

A Portas Abertas classifica Bangladesh como o 35º pior país no mundo, quando se trata de perseguição ao cristismo e relata que nove igrejas foram obrigadas a fechar em 2015, devido a preocupações com relação à segurança.

Embora muitos cristãos de Bangladesh tenham sido mortos, espancados, estuprados e torturados por causa da sua fé, a perseguição contra os crentes acontece de muitas formas sociais diferentes, de acordo com a Portas Abertas.

“A conversão não é proibida por lei, mas a pressão para renunciar a fé cristã é muitas vezes exercida por familiares, amigos e vizinhos. Houve vários relatos de comerciantes cristãos que tiveram que fechar de suas lojas ou empresas, devido à pressão exercida pela maioria muçulmana”, acrescenta o relatório Portas abertas.

“Muitos dos que se convertem, acabam ficando isoladas de suas famílias e também há relatos de que os filhos desses novos cristãos acabam sendo automaticamente registrados como muçulmanos”.

Os radicais muçulmanos, muitas vezes têm um nível de impunidade, porque a polícia em Bangladesh tende a fechar os olhos para a perseguição de minorias religiosas, de acordo com a ‘Christian Freedom International’.

Enquanto o Estado islâmico e outros grupos extremistas têm se espalhado pelo país e matado um número de cristãos e minorias religiosas no último ano, cerca de 2.000 cristãos se reuniram na Arquidiocese de Dhaka e na diocese de Khulna, em junho para orar simultaneamente para que a humanidade volte seus olhos para a violência promovida pelo terrorismo no país.

“Oremos para que esse venha a se tornar um país de unidade, paz e harmonia”, disse o arcebispo de Dhaka Patrick D’Roazario durante as orações.

“Oremos para que a humanidade adormecida tome consciência da violência, dos assassinatos cometidos em segredo e da perseguição”, continuou ele. “Que o nosso Deus Todo-Poderoso toque o coração [dos terroristas] para que eles mudem de ideia”.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

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