Um jovem açougueiro detido recentemente na Argentina confessou perante a Justiça sua participação no brutal crime de um menino de 12 anos que foi abusado sexualmente, assassinado e esquartejado durante um ritual satânico.

“Com este testemunho se fecha o círculo sobre os autores materiais do assassinato” de Ramón Ignacio González, perpetrado na província de Corrientes (nordeste) em 2006, assegurou o promotor do caso, Gustavo Schmitt.

Pelo crime, há sete pessoas presas e a última delas, detida há uma semana na periferia de Buenos Aires, é um jovem que ao ser indagado pelo juiz que investiga o fato “se entregou” e admitiu ter degolado e decapitado o menino.

“Declarou que foi contratado para assassinar Ramón durante um jogo satânico”, sustentou o promotor antes de esclarecer que ainda falta localizar as pessoas “que encomendaram e financiaram o homicídio”.

O último detido, de sobrenome Beguiristain e cujo nome não foi divulgado, tinha trabalhado como açougueiro durante vários anos e em sua declaração forneceu dados sobre outras “duas pessoas que também tiveram uma participação ativa na noite do crime”.

O jovem, conhecido como “O Bruxo”, foi processado junto aos outros seis suspeitos, e a polícia ainda procura um dos principais envolvidos, identificado como Daniel Alegre.

Ramón González desapareceu no dia 5 de outubro de 2006 e dois dias depois seu corpo foi achado esquartejado e com sinais de ter sido abusado sexualmente perto de uma estação de ônibus de Corrientes na qual o menino costumava pedir esmolas e dormir.

Durante a investigação, uma jovem que aparentemente foi obrigada a presenciar o ritual no qual Ramón foi assassinado forneceu um testemunho-chave para deter os sete suspeitos, entre os quais está a avó da menina.

Após violentarem o menino várias vezes e matá-lo, “o puseram em cima de uma hóstia negra e juntaram o sangue do corpo da vítima”, relatou. A testemunha disse que o rito foi fotografado, e seus participantes “deram-se as mãos com o sangue de Ramón, anunciaram as próximas vítimas e tinham certeza de que as almas de vários desaparecidos estavam ali presentes e comemoravam com eles”.

Fonte: EFE

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