A troca de ofensas entre os candidatos João Castelo (PSDB) e Flávio Dino (PC do B) “esquentou” a campanha eleitoral do segundo turno para a Prefeitura de São Luís, no Maranhão.
No começo da semana, a Justiça Eleitoral determinou, após pedido da coligação de Dino, a suspensão e a busca e apreensão do panfleto “Mensagem aos evangélicos”, assinado por supostos pastores.
No folheto, comunistas são apontados como “ditadores e assassinos ateus e cruéis de cristãos”. Para Dino, do Partido Comunista do Brasil, a campanha de Castelo é a autora do texto.
“O que estamos vendo aqui não é apenas um candidato de direita, com raízes da direita. Estamos vendo uma campanha nazista, baseada em boatos, com difamação de toda a natureza, dizendo que a minha vitória levaria ao fechamento das igrejas, que eu sou de um partido assassino de cristãos”, afirmou.
Castelo diz que não mandou fazer o panfleto. “Sou católico, sou cristão, não discrimino ninguém, nem por questão social ou ideológica. Ele [Dino] tem um grave defeito: é comunista confesso, mas não assume a ideologia. Fica mentindo, faltando com a verdade”, disse. “Ele, para ser nazista, só falta o bigode. Ele faz panfleto e coloca o bigode em mim”, afirmou.
Sarney
Ambos os candidatos também trocam acusações sobre supostas ligações de um e de outro com a família Sarney.
“Estão veiculando insistentemente de que sou candidato do grupo Sarney, mas eu nunca tive ligação com a família Sarney. Já ele [Castelo] foi governador indicado pela ditadura, indicado pelo Sarney. Ele foi governador biônico. Ele é compadre do Sarney, ele tem relação, com filiação política e amizade. Eu tenho relação respeitosa com eles”, disse Dino.
Castelo se defende: “[No segundo turno], ele [Dino] não quer assumir”, disse. “Eu tenho relação pessoal muito boa [com a família Sarney], mas politicamente tenho opiniões contrárias, mas não tenho nada contra eles. Eu sou muito amigo, mas sou afastado politicamente há 25 anos”, afirmou.
Fonte: G1