O Tribunal Judicial da província moçambicana de Tete (centro do país) condenou à pena máxima de 24 anos de prisão três envolvidos na morte do padre brasileiro Waldir dos Santos e da missionária portuguesa Idalina Neto Gomes, em novembro de 2006.

Um quarto acusado, Policárpio Tiago, foi absolvido por insuficiência de provas. A pena aplicada a Horácio Sande, Feston Phalusso e Joaquim Nicoroa confirmou a decisão anteriormente tomada pelos juízes do Tribunal Judicial da província de Tete sobre o assalto à Missão Católica de Fonte Boa.

Além da condenação, o tribunal aplicou uma multa de 677 mil euros (R$ 1,7 milhão) a cada um dos condenados, por ter ficado comprovado o seu envolvimento na morte do sacerdote e da leiga no distrito de Tsangano, a 250 quilômetros de Tete.

No total, foram julgadas nove pessoas, mas a leitura da sentença do caso se restringiu aos quatro acusados. Os demais suspeitos vão responder em processo autônomo.

Entre os cinco outros acusados, está um famoso empresário, acusado de ter fornecido uma arma ao principal suspeito do crime, que foi encontrado morto numa cela da cadeia central da província.

A audição dos demais suspeitos no processo autônomo resulta de um mandado de captura emitido pelo tribunal com base no recurso apresentado pelo Ministério Público, que se manifestou inconformado com a anterior decisão do órgão judicial de libertá-los.

No crime da Fonte Boa, como é conhecido o caso, os criminosos também levaram do local uma caminhonete Toyota Hilux e 6 mil euros (R$ 15,6 mil, em valores atuais), depois de terem ferido um missionário português, um religioso moçambicano e um guarda.

Fonte: Lusa

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