Atualmente, os jovens americanos são muito menos propensos a se identificarem como “cristãos” do que as gerações anteriores. Mas isso não significa que eles desistiram de procurar um significado espiritual em suas vidas. É que a Wicca, uma forma popular de feitiçaria, tem crescido em uma taxa de mais de 100% anualmente, nos últimos anos.
De acordo com a American Religious Identification Survey (pesquisa americana de identificação religiosa), no período de 1990 a 2001 a média de crescimento da Wicca foi de 143% (de 8 mil a 134 mil adeptos), só nos Estados Unidos. De acordo com The Statesman, Anne Elizabeth Wynn afirma que “As duas mais recentes pesquisas de identificação religiosa americana declaram a Wicca, uma forma de paganismo, como a identificação espiritual de crescimento mais rápido na América”.
E isso tem acontecido num momento em que o cristianismo tem estado em declínio nos Estados Unidos. Naturalmente, outros grupos pagãos e ocultistas têm explodido em popularidade. E uma das principais razões para isso é porque muitos jovens estão buscando maneiras de se rebelar contra suas criações cristãs conservadoras.
O pesquisador cristão Michael Snyder escreveu um artigo sobre o assunto para o site Charisma News. “Escrevi muito sobre como os jovens neste país são politicamente mais liberais do que seus pais e avós, e essa enorme mudança cultural em valores também tem uma dimensão espiritual”, ressalta.
[b]Dado alarmante[/b]
Um estudo do Barna Group descobriu que apenas 4% dos americanos de 18 a 29 anos têm uma visão bíblica do mundo. Apenas 4%. A chocante verdade é que os valores da maioria das pessoas dessa geração se encaixam muito mais facilmente na espiritualidade pagã do que na maioria das igrejas cristãs evangélicas.
“Se você quiser dormir com várias pessoas, isso é ‘normal’ para a feitiçaria. Se você quer usar drogas e ficar ‘doidão’ todos os dias, isso é ‘normal’ para a feitiçaria. Se você quer ser uma feminista radical pró-aborto, isso é ótimo na feitiçaria. Se você quer ser um gay exibicionista transexual, isso é mais que aceitável na feitiçaria” escreveu Michael.
Ele continua: “Um dos grandes atrativos da feitiçaria é que ninguém o responsabiliza por nada, e você pode fazer tudo o que a Bíblia ordena que você não faça. Assim, para aqueles que desejam se rebelar contra suas criações conservadoras cristãs, se envolver na bruxaria pode parecer bastante natural”, explicou.
[b]Rebeldia[/b]
O autor pontua que neste contexto, a bruxaria é uma “contra-espiritualidade para o conservadorismo religioso que definiu muitas infâncias”. Alex Mar é uma autora que se tornou profundamente envolvida no mundo da feitiçaria. Mas ela não foi criada dessa forma. Na verdade, ela foi criada como cristã.
Ela diz que uma vez que aprendeu a pensar por si mesmo, seus pontos de vista políticos liberais a afastaram da igreja, e essas mesmas visões políticas acabaram por despertar uma curiosidade sobre a feitiçaria. “Uma vez que eu era velha o suficiente para pensar por mim mesma, eu quebrei com a igreja sobre questões de sexualidade, casamento, o direito de escolher e o conceito de pecado”, disse.
“Eu também não podia engolir o raciocínio por trás da exclusão de mulheres na igreja. Ao mesmo tempo, fui assombrada pela sensação de que há mistérios no universo. Quando soube que havia um movimento de feitiçaria norte-americano, que é radicalmente inclusivo, que vê as mulheres como iguais aos homens, e onde Deus talvez seja um ser feminino – fiquei instantaneamente curiosa”.
Michael finaliza: “Nossas escolas públicas tornaram-se centros de doutrinação liberais que estão ensinando nossos jovens a adotar uma maneira anti-cristã de ver o mundo e toda essa propaganda está sendo apoiada pelas milhares e milhares mídias de entretenimento anti-cristão, que nossos jovens são constantemente consumindo”.
[b]Fonte: Guia-me[/b]