Um dos advogados dos dez americanos acusados de tentar retirar do Haiti 33 crianças após o terremoto de 12 de janeiro disse nesta terça-feira que os pais declararam terem entregado os menores voluntariamente, por isso ressaltou que os acusados não cometeram os crimes dos quais foram acusados.

“Se (os pais) estavam de acordo não existe infração”, declarou hoje à imprensa Aviol Fleurant, defensor dos americanos acusados de tráfico de menores.

Os americanos, cinco homens e cinco mulheres pertencentes à organização “Refugio de Crianças Nova Vida”, foram detidos no final de janeiro, quando seguiam em direção à República Dominicana em um ônibus com os menores, com idades entre dois e 12 anos, para, supostamente, oferecer uma vida melhor longe do caos de seu país após o sismo.

O advogado ressaltou que “não houve violação da lei haitiana”, já que a entrega das crianças foi voluntária, e acrescentou que “a situação ficou clara agora”.

“Acreditamos que todos serão libertados”, disse.

Segundo a emissora Rádio Metropole, um dos pais das crianças disse antes de comparecer diante do juiz que entregou seu filho aos missionários porque a criança precisava de assistência médica, já que estava com o pé fraturado pelo terremoto.

O juiz que tomou o depoimento do responsável pelo grupo, Laura Silsby, hoje começou a escutar as versões dos outros nove acusados.

Para amanhã está prevista uma acareação entre os acusados e depois o magistrado remeterá as conclusões ao juiz principal.

Os 33 menores permanecem nas instalações de Aldeias Infantis SOS, em Porto Príncipe, onde “estão bem integrados, sadios e crescendo”, disse à agência Efe o diretor do projeto de emergência desta organização, Edgar Orantes.

Fonte: Folha Online

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