Confrontos violentos entre cristãos e muçulmanos refugiados na Alemanha levou a uma medida resolutiva: os dois grupos viverão em alojamentos separados.
O vice-chefe do Sindicato da Polícia da Alemanha, Jörg Radek, disse ao jornal Die Welt que a polícia “atingiu o seu ponto de máximo de ruptura”.
[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×300/smart/media.guiame.com.br/archives/2015/09/29/2215025783-refugiados-na-alemanha.jpeg[/img]”Nossos policiais são cada vez mais chamados para resolver confrontos nas casas de refugiados”, disse Radek. “Quando há 4 mil pessoas em uma casa que, geralmente, só tem lugar para 750 pessoas, o confinamento leva à agressão, onde até mesmo algo pequeno como o espaço do corredor que segue para o banheiro pode levar à violência.”
Separar os refugiados por motivos religiosos “faz todo o sentido”, acrescentou Radek. “Temos que fazer tudo o que pudermos para prevenir novos surtos de violência.”
Na noite de domingo (27), 14 pessoas ficaram feridas em confrontos que aconteceram dentro de um centro temporário para abrigar 1.500 refugiados na cidade de Calden, no centro da Alemanha. De acordo com a mídia local, a polícia levou várias horas para barrar a violência. No conflito, refugiados albaneses e paquistaneses lutaram entre si.
Na última sexta-feira (25), 200 imigrantes sírios e afegãos atacaram uns aos outros devido a uma disputa pelos banheiros em um abrigo próximo a cidade de Leipzig.
A Alemanha, um dos maiores destinos de refugiados da Europa, espera receber pelo menos 800 mil imigrantes este ano. No entanto, o presidente Joachim Gauck advertiu, neste domingo, que o limite do número de refugiados no país está sendo gerenciado.
“Queremos ajudar. Nós temos um coração grande. No entanto, há um limite para o que podemos fazer”, disse ele. “Nossa capacidade de abrigar as pessoas é limitada, embora nós não saibamos ainda quais são esses limites.”
Acompanhando os comentários de Gauck, um porta-voz do governo defendeu a decisão de acolher um número significativo de refugiados. “O governo alemão e a chanceler estão convencidos de que a proteção tem que ser dada para aqueles que precisam dela, se eles são perseguidos por motivos políticos ou se fogem da guerra”, disse o porta-voz Steffan Seibert.
[b]Fonte: Guia-me[/b]