Líderes das igrejas domésticas temem que uma onda de perseguição suceda o discurso do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.

Em seu pronunciamento, ele alertou contra a ‘rede de igrejas domésticas’ que ‘ameaça a fé islâmica e engana jovens muçulmanos’. Cristãos iranianos esperam que o discurso não resulte em mais pressão, mas atraia mais iranianos para Cristo.

Em 19 de outubro, Khamenei falou a uma multidão em Qom, conhecida como a segunda cidade mais sagrada depois de Mashhad. Em seu discurso [em árabe disponível aqui] o supremo líder mencionou as várias maneiras nas quais ele considera que o islamismo é atacado, e que os puros princípios da fé islâmica estão sendo retirados dos jovens muçulmanos.

Ele se refere, por exemplo, a Salman Rushdie, filmes de Hollywood e cartoons que querem destruir o Islã. Depois ele alerta contra os ataques de filosofias ou religiões como o sufismo, niielismo e a fé Bahai.

Na mesma frase, no vídeo de 9:35 minutos do YouTube, Khamenei alerta sobre o ataque do inimigo para expandir a ‘shabakeye kelisahaye khanegi’ ou ‘rede de igrejas domésticas’.

“Eu penso que está é a primeira vez que ele abertamente se levanta contra o movimento de igrejas domésticas e o menciona especificamente,” disse um líder da igreja do Irã para Portas Abertas Internacional.

Este líder da igreja, que pede para permanecer anônimo para proteger sua identidade, comenta: “Discursos como esse frequentemente trazem muitas consequências no país. Não que a população do Irã reaja com violência contra cristãos, mas nos bastidores o serviço de segurança e a polícia religiosa tomarão certas medidas. Isto é o que os líderes das igrejas domésticas mais temem neste momento.”

“Para mencionar o lado positivo disto,” acrescenta o líder da igreja, “agora Khamenei menciona e reconhece que existe um movimento de igrejas domésticas; isto pode encorajar cristãos secretos ou motivar os que buscam a fé cristã a procurar se ramificações destas redes estão disponíveis em sua cidade ou vizinhança.”

A Portas Abertas Internacional pede que seus parceiros mantenham a igreja no Irã em suas orações. Sabe-se que inúmeros cristãos estão presos por causa de sua fé. Diariamente a igreja experimenta as limitações do regime hostil, cristãos são observados de perto e muitas igrejas estão sob permanente vigilância das autoridades através de câmeras de vídeo.

[b]Fonte: Missão Portas Abertas
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