Durante uma live com o médico psiquiatra Ismael Sobrinho, a cantora gospel Ana Paula Valadão compartilhou pela primeira vez detalhes sobre uma forte crise emocional que enfrentou, revelando como a depressão a afetou profundamente.
Ana, conhecida por sua liderança no grupo Diante do Trono, falou abertamente sobre a fase difícil que deixou sua família alarmada e como a combinação de apoio espiritual, terapia e medicamentos foi crucial para sua recuperação.
As informações são do site Fuxico Gospel.
Na conversa, Ana Paula descreveu um episódio em particular que marcou o início de sua crise. Ela relembrou uma discussão que ocorreu durante um ensaio com sua equipe, na semana que antecedia um grande congresso do Diante do Trono no Mineirinho, que contava com cerca de 15 mil inscritos. “Foi a primeira vez que tive uma crise que assustou muito a minha família”, contou a cantora.
A pressão constante de liderar grandes eventos e o esgotamento físico e emocional foram fatores que contribuíram para o agravamento de sua condição. Ana explicou que, após essa discussão, chegou em casa em um estado de grande perturbação emocional. “Acordei no dia seguinte chorando sem parar e cheguei a um ponto em que me senti completamente paralisada, como se estivesse presa dentro do meu próprio corpo”, relatou.
Essa experiência, que Ana Paula descreveu como um momento de despersonalização e desrealização, foi o ponto de virada que a levou a buscar ajuda médica. Ela revelou que, após o episódio, seu cunhado, que também é médico, receitou um antidepressivo, o que a ajudou a superar o momento mais crítico e a continuar com seus compromissos, incluindo o congresso que estava por vir.
“Eu tomei só uma caixa e foi aquilo que me ajudou a fazer o congresso na semana seguinte”, disse Ana, ressaltando que essa foi uma etapa importante para sua recuperação. Ela também mencionou a importância do apoio que recebeu de seu esposo, Gustavo, e de sua família, que a acolheram e ajudaram a enfrentar essa fase difícil.
Durante a live, Ana Paula destacou a importância de reconhecer a necessidade de cuidar da saúde mental, mesmo em um contexto de forte espiritualidade. “Naquela época, tudo era muito espiritualizado. Ou era de Deus, ou era do diabo, e não havia muito espaço para entender a complexidade da nossa humanidade”, refletiu.
Hoje, Ana Paula Valadão se considera uma pessoa saudável e equilibrada, graças ao suporte que recebeu. “Estou viva hoje, e não só isso, estou saudável, com vontade de viver, com sonhos e disposição. Meu casamento está bem, meus filhos estão bem, e eu estou bem”, concluiu, agradecendo a todos que estiveram ao seu lado durante essa jornada.