Por causa da guerra entre liberais e conservadores, quatro dioceses e vários grupos, representando cerca de 100 mil anglicanos, romperam oficialmente com a Igreja Episcopal e formaram uma nova Igreja nos Estados Unidos.

A decisão histórica é mais uma numa longa guerra que opõe liberais contra conservadores na comunhão anglicana a nível mundial, mas de forma particular na América do Norte, onde a Igreja Episcopal (ramo da Comunhão Anglicana nos EUA) e a Igreja Anglicana do Canadá têm seguido rumos ultra-liberais.

Fartos daquilo que consideram ser desvios ao verdadeiro cristianismo e a verdades bíblicas, como por exemplo a ordenação de pessoas assumidamente a viver em relações homossexuais, ou bênçãos de uniões homossexuais, e em alguns casos a negação de verdades bíblicas como a virgindade de Maria ou mesmo a Ressurreição, os conservadores foram abandonando as suas Igrejas mãe aos poucos.

Até hoje, a maioria procurava aliar-se a Províncias Anglicanas (nome dado às Igrejas nacionais) mais conservadoras, nomeadamente em África e na América do Sul, mas com o aumento dos descontentes, e depois do apoio manifestado por vários líderes anglicanos conservadores, foi tomada a decisão de formar uma nova província, a Igreja Anglicana na América do Norte.

Para ser considerada uma parte oficial da Comunhão Anglicana, esta tem agora de ser aprovada por dois terços das 38 províncias existentes no mundo. Caso essa aprovação surja, será a primeira vez que uma província é formada com bases teológicas e não com bases geográficas, sendo também a primeira vez que duas províncias operam no mesmo espaço geográfico em simultâneo.

Fonte: Renascença – Portugal

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