Seguidores do porto-riquenho José Luis de Jesús Miranda, que se autoproclama o anticristo, se concentraram ontem em Miami para protestar contra uma decisão judicial que o obriga a pagar mais de US$ 2,2 milhões à ex-mulher.
No processo de divórcio de Jesús Miranda, realizado em dezembro do ano passado, o juiz da vara de família do condado de Miami-Dade Roberto Pineiro decidiu que ele deveria pagar à ex-mulher, Josefina de Jesús Torres, um valor superior a US$ 2,2 milhões.
O protesto ocorreu em frente ao edifício de um tribunal de família de Miami, onde os manifestantes, que vestiam camiseta com o número 666 escrito, criticaram a “falta de imparcialidade dos magistrados e a violação da liberdade de culto e congregação”.
“Queremos pressionar para que a apelação seja realizada o mais rápido possível e que não sejam retirados fundos da igreja”, disse à Agência Efe Axel Poessy, porta-voz do Ministério Internacional Crescendo em Graça, movimento fundado por Jesús Miranda.
Ela denunciou a “discriminação” sofrida pelo porto-riquenho por parte do juiz e ressaltou que a organização tem um vídeo no qual Pineiro aparece dormindo durante o julgamento, o que prova a “forma como cumpre seus deveres públicos”.
O dinheiro para pagar a ex-mulher, segundo a organização, viria das “oferendas e dízimos para arcar com as despesas de operação do local de Hialeah (em Miami), a renda, eletricidade e seguros (…) e enviar material educacional a outros centros dos Estados Unidos e de outros países”.
Jesús Miranda afirma que, após uma “revelação”, há 20 anos, começou a pregar em uma pequena casa de Hialeah. Com o passar dos anos, ele consolidou um movimento que atualmente conta com mais de 300 congregações e 200 pastores em mais de 30 países, entre eles o Brasil.
Fonte: EFE