O governo Bolsonaro que, segundo o Instituto Datafolha, tem o apoio de 41% dos evangélicos que consideram o governo atual como ótimo ou bom, liberou quase R$ 1 bilhão em emendas parlamentares vinculadas à área de saúde, às vésperas do início da discussão da reforma da Previdência no plenário da Câmara.
O desembolso de R$ 920,3 milhões foi publicado em 34 portarias de uma edição extra do Diário Oficial da União desta segunda (8). Os recursos atendem municípios de 25 estados e são destinados a complementar gastos de prefeitos com serviços de assistência básica, e de média e alta complexidade, de acordo com o jornal Folha de São Paulo.
O levantamento considerou apenas despesas registradas sob a inscrição de “emenda parlamentar” na edição extra do Diário Oficial. Ou seja, a irrigação pode ter sido maior.
Numa tentativa de agilizar a votação da reforma e concluir o procedimento na Câmara até o fim desta semana, líderes de partidos fizeram acordo com a Casa Civil para passar na frente da fila de liberação as emendas solicitadas pelos parlamentares que mais desconfiavam das promessas do governo.
Minas foi o estado que mais recebeu recursos (R$ 126 milhões), seguido de Maranhão (R$ 116 milhões) e São Paulo (R$ 107 milhões). O dinheiro desembolsado têm origem no Fundo Nacional de Saúde e vai direto para os fundos municipais. Nessa modalidade, a liberação é mais rápida.
A cidade que mais recebeu recursos nesta segunda foi Campina Grande (PB), palco de uma das maiores festas de São João do país. O município foi o destinatário de pouco mais de R$ 35 milhões.
Os dados da pesquisa do Datafolha foram divulgados nesta segunda-feira (8) e apontam que 44% neopentecostais estão satisfeitos com o desempenho de Bolsonaro. Em segundo lugar estão os evangélicos tradicionais, com 42%, e pelos pentecostais, com 39%.
Outro dado sobre os neopentecostais é apontado pelo levantamento mostra que 63% dos entrevistados considera que Bolsonaro fará um governo ótimo ou bom a partir de agora.
A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 5 de julho. Foram entrevistadas 2.860 pessoas com mais de 16 anos, em 130 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Folha de São Paulo e Pleno News