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Após o polêmico questionário sobre a religião de agentes da Guarda Municipal (GM), o deputado estadual Átila Nunes (PMDB) solicitou nesta sexta-feira (11), ao Ministério Público, que a Inspetora Tatiana Mendes, comandante da GM, seja afastada do cargo devido às suas atitudes.
De acordo com Nunes, “tudo que pode induzir para a religião da igreja da comandante ou, em última análise, para o princípio religioso do prefeito, está sendo feito” pela inspetora. O deputado comentou ainda que montantes de jornais da igreja Universal são distribuído nas dependências da prefeitura.
Em nota, a Prefeitura do Rio declarou que não existe cunho religioso na atual gestão e que o prefeito Marcelo Crivella não tinha conhecimento sobre o censo, porque a guarda municipal é uma autarquia e tem autonomia para as decisões internas. A Guarda Municipal também negou as práticas religiosas citadas pelo agente e pelo deputado Átila Nunes.
Apesar disso, o deputado criticou a falta de posicionamento do prefeito Marcelo Crivella e diz que seria impossível a GM realizar o questionário por conta própria e o prefeito não ter conhecimento disso.
“O que mais nos surpreende é o silêncio ensurdecedor do prefeito Crivella. Parece até que ele está fora do país, está desaparecido. Primeiro dá uma desculpa: ‘eu não sabia disso’. Como é que não sabia disso? Você acha que alguém da Guarda Municipal teria peito de fazer um censo religioso sem a autorização explícita do prefeito, que é religioso, que é da Universal”, questionou, indignado.
Além da comandante da Guarda Municipal, Átila também criticou o secretário de ordem pública Paulo Amêndola. “[Ele] se referiu, ontem, ou antes de ontem, na imprensa, aos seguidores dos cultos afro-brasileiros, umbanda, candomblé, espírita, como macumbeiros, que é uma expressão pejorativa, como se você chamasse por exemplo, os evangélicos de crentes, isso é pejorativo. Isso é ofensivo, isso é injurioso”, comentou.
Um agente da Guarda Municipal que não quis se identificar contou que a comandante faz até sessões de exorcismo em alguns guardas municipais.
“O que eu vejo hoje são exorcismos. Teve um amigo, pessoa bem próxima, que ele saiu constrangido do gabinete ela. Ele pôs as mãos na cabeça dele e falou que ele estava endemoniado. Isso aí foi algo chocante, porque eu não compreendi, porque eu sou evangélico e não gosto de misturar religião com administração pública. Isso aí fere todo princípio cristão meu e o princípio da administração pública.
[b]Fonte: G1
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