“Caro Ronaldo, e se você deixasse, de uma vez por todas, de bancar o cretino?”, pergunta Dom Antonio Mazzi, representante da fundação religiosa Exodus e sacerdote italiano da Igreja Católica, que parece bastante preocupado com a vida pessoal do jogador, envolvido em um escândalo com travestis no Rio de Janeiro.
Muito explorada pela imprensa brasileira e internacional, a controvérsia entre o jogador e os travestis chegou até a paróquia de Dom Antonio, na Itália, que conhece Ronaldo e aproveitou a oportunidade para dar seu sermão ao jogador do Milan.
“Eu esperava que a queda de Maradona tivesse ensinado que a transgressão da moral não paga. Por outro lado, de campeões, de símbolos, de jovens, se vive. Mas, com campeões e símbolos fajutos, o risco é de morrer, culturalmente e socialmente”, ensina o sacerdote, através da revista Família Cristã que será publicada nesta quarta-feira.
Os três travestis cariocas acusam Ronaldo de não ter pago pelos serviços e de ainda ter encomendado drogas ao grupo (que seriam usadas durante a noite).
O jogador nega e alega que iniciou o encontro sem perceber que eram travestis. Ao notar o detalhe, Ronaldo tentou ir embora, quando teria sido vítima de tentativa de extorsão e ameaças, segundo sua versão.
Já os travestis reclamam da falta de credibilidade recebida pela sociedade brasileira, que não acreditaria na versão deles. De qualquer modo, Dom Antonio diz estar muito decepcionado.
Ele lembra que conhece Ronaldo há muitos anos e sabe que o jogador possui “as qualidades para virar um verdadeiro atleta, jovem, autêntico e símbolo de um novo futebol”.
O sacerdote conta que foi conquistado por sua história e sensibilidade. “Hoje, você me deixa com raiva, e me deixam ainda mais nervosos aqueles que exploram e extorquem você. Mas se um pedacinho do menino que eu descobri em Bormio norte da Itália ainda estivesse aí dentro, eu apostaria na sua recuperação”, continua Dom Antonio Mazzi, sempre se dirigindo a Ronaldo.
E por fim, um aviso: “Você está desperdiçando seu talento. Como você conseguiu se destruir assim? E como aqueles que sempre lhe estiveram perto permitiram isso? Os jovens precisam ver atletas que não desperdiçam assim o talento”.
Fonte: Terra