Depois da prisão de 3 pastores da Igreja Mundial do Poder de Deus, de Três Lagoas, com fuzis que seriam levados ao Rio de Janeiro, o vice-presidente do Conselho de Pastores do Município, Doralício Delgado, saiu em defesa da congregação.
Em entrevista à rádio de Três Lagoas, onde os presos atuavam na evangelização, Doralício disse que o envolvimento dos pastores com facções criminosas cariocas “é um caso isolado”.
Os pastores Sebastião Braz da Fonseca Neto, de 42 anos, e Francisco Ferreira Moura, de 36, foram presos está semana pela Polícia Rodoviária Federal, em Miranda.
Sebastião estava em Três Lagoas já há um ano, mas não tinha envolvimento no Conselho, garante Doralício. Na cidade, cerca de 73 % das igrejas estão filiadas ao conselho, que já existe há 10 anos.
Segundo ele, no município “há pastores honestos, sérios, honrados, e dignos de confiança”.
O 1º templo da Igreja Mundial do Poder de Deus foi criado em Sorocaba (SP) e em Três Lagoas já existe há mais de 10 anos.
Na quarta-feira passada, a PRF flagrou os membros da igreja em Miranda, com sete fuzis que tinham como destino São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Segundo a PRF, o armamento tinha como destino o morro do Martins. No mesmo lugar eles realizavam cultos à comunidade.
Um dos pastores seria amigo de infância de um dos chefões do tráfico do morro, onde também existe um templo da Igreja Mundial.
As armas estavam em um Vectra, escondidas em compartimento de fundo falso nas portas dianteira e traseira e assento traseiro do carro.
Quando abordados, eles disseram que tinham ido à Bolívia, para fazer uma pregação aos fiéis.
As armas estavam desmontadas para que pudessem ser acondicionadas e envolvidas por material adesivo plástico, são de fabricação norte-americana, marca Bushmaster, Modelo M-15.
Depois da prisão dos dois, em Campo Grande a PRF localizou um terceiro homem, Felipe Jorge da Silva Freitas, de 36 anos, que também se identificou como pastor. Ele foi preso no bairro Nova Bandeirantes.
Com Sebastião e Felipe Jorge foram apreendidos R$ 2,5 mil, que teriam recebido do entregador das armas para despesas da viagem, e R$ 4 mil, arrecadadoa de fiéis nas cidades de Corumbá e Ladário.
O trio contou que ainda receberia R$ 20 mil para levar o armamento até o Rio e foi levado para a Superintendência da PF (Polícia Federal) em Campo Grande.
Fonte: Pantanal News