“Os cristãos iraquianos sentem-se isolados e esquecidos diante do grande silêncio da comunidade internacional e da própria Igreja, à parte o papa e alguns bispos europeus. Peço às Igrejas do Ocidente que nos confortem, ajudando concretamente a nossa permanência no país”.

O apelo premente é do arcebispo de Kirkuk, no Iraque, Dom Louis Sako, que sábado próximo, dia 31, receberá em Milão o Prêmio “Defensor Fidei”, promovido pela “Fundação Fides et Ratio” e pelo mensal “Il Timone”.

Comentando a notícia, o arcebispo se diz “honrado por este reconhecimento” e denuncia “os extremismos étnicos e religiosos”, “uma política que olha freqüentemente para os próprios interesses” e “a corrida aos armamentos”.

Falando da perseguição dos cristãos, Dom Sako lembra que “estes sempre defenderam a integridade do país de modo corajoso, junto com seus irmãos muçulmanos”. Infelizmente, acrescenta, “nestes últimos tempos, os cristãos são alvejados, como “bodes expiatórios” a eliminar.

Em certas zonas do Iraque, eles sofrem por emigração, estupros, seqüestros e assassinatos perpetrados com motivações religiosas. Este comportamento contradiz os valores do povo iraquiano e os valores morais do Islã. Um Iraque sem cristãos será desastroso para todos os iraquianos”, diz o arcebispo de Kirkuk.

Fonte: Rádio Vaticano

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