Em decorrência da pandemia de gripe suína –a gripe A (H1N1)– a Igreja Católica recomenda que os fiéis fiquem atentos e modifiquem algumas práticas comuns durante as celebrações religiosas. As mudanças têm o intuito de evitar o contato entre as pessoas e a possível transmissão do vírus.
O arcebispo da Arquidiocese de Brasília, dom João Braz de Aviz, orientou que se evite o abraço da paz, que a comunhão seja feita nas mãos, e que, durante a oração do Pai Nosso, os que quiserem, não deem as mãos.
“São pequenas coisas, mas que podem ajudar”, afirmou. Dom João disse que já orientou alguns padres, mas que no próximo domingo (16) fará o anúncio oficial em seu programa de rádio.
Na catedral Rainha da Paz, da Arquidiocese Militar de Brasília, o padre Silas afirmou que essas práticas já estão sendo evitadas. “Estamos aconselhando as pessoas a manterem as mãos limpas e, na hora da comunhão, dar a comunhão na mãos, preferencialmente” afirmou.
No Santuário Nossa Senhora de Fátima, algumas recomendações do arcebispo estão sendo seguidas há dois domingos. “Antes a gente deixava pegar a hóstia na mão e pôr no cálice, agora a gente não dá o vinho, só o pão, e dá a hóstia na mão”, afirmou Frei Odolir. De acordo com o frei, as mudanças estão sendo bem aceitas pelos fiéis. “As pessoas aceitaram sim. Mas ainda tem pessoas doentes, com Mal de Parkinson por exemplo, que a gente dá [a hóstia] na boca”.
Em carta às igrejas de São Paulo, no último dia 23, o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, recomendou que nas celebrações litúrgicas seja evitado o gesto de dar as mãos durante a oração do Pai Nosso e a saudação da paz e que a Sagrada Comunhão seja recebida preferencialmente nas mãos.
Fonte: Folha Online