O assassinato de quatro ativistas em um morro de Chittagong, em Bangladesh, provocou pânico entre os cristãos e desencadeou protestos em toda a região. Os ativistas mortos, incluindo um de seus líderes, eram da Frente Democrática Povo Unido (UPDF) e foram assassinados a tiros.

O incidente, mais uma vez, põe em risco o processo de paz que daria sequência ao acordo, assinado em 1997, entre os partidos políticos do país, que encerrou 22 anos de guerrilhas na região.

A UPDF, no entanto, foi formada por um grupo que se opõe ao acordo assinado, pois o vê como um “documento de rendição”. O grupo acusou um dos partidos que organizou o documento pelos assassinatos ocorridos.

A manifestação, que ameaça tornar-se violenta a qualquer momento, se espalhou através das comunidades cristãs da região. “Tememos que ocorram mais atos de anarquia e agitação nas colinas. A UPDF, muitas vezes, nos ameaçou, dizendo que as atividades religiosas vão parar e isso está nos deixando desesperados”, disse Birbadan Chakma, 32 anos, líder do Clube das Igrejas Batistas de Bangladesh (BBCF).

Chakma acrescentou que a UPDF muitas vezes acusa os cristãos de converter budistas, o que é negado pela igreja. Ele ainda disse que em 2009 alguns cristãos foram agredidos por ativistas da UPDF e em 2010 uma igreja foi incendiada, quando houve conflitos entre moradores da região de Bengali.

Clinton Chakma, pastor protestante, disse que parou de pregar, pois estava sendo constantemente ameaçado. “Eles (membros da UPDF) dizem que somente budistas e os povos locais podem ficar na região, e os outros deve ir embora”, relatou o pastor.

Relatórios feitos sugerem que estão cogitando seriamente em vetar a UPDF, acusando-a de instabilidades recentes e de agravar problemas.

[b]Fonte: Missão Portas Abertas[/b]

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