A Anatel publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 30, a autorização para que a Alô Serviços atue como operadora virtual de telefonia móvel (MVNO, na sigla em inglês), usando a rede da Vivo.
A operadora tem licença de credenciada, ou seja, será revendedora de chip, mas poderá agregar algum valor com prestação de serviços que não sejam de telecomunicações, segundo afirmou o superintendente de Competição da agência, Carlos Baigorri.
A nova operadora virtual nasce com muito potencial de sucesso. Isto porque a Alô Serviços é ligada à igreja evangélica Assembleia de Deus, que conta com mais de 18 milhões de fiéis. O modelo de negócio foi assinado por Ricardo Knoepfelmacher, que foi presidente da Brasil Telecom.
Esta é a primeira licença concedida a uma igreja no país.
Atualmente quatro empresas têm outorga de MVNO, todoas sob a forma de autorizada. São a Porto Seguro e Datora Telecom, incorporada pela Vodafone do Brasil, que atuam na rede da TIM e da Vivo e a Terapar, que atua na rede da CTBC.
A britânica Virgen também já tem sua licença para atuar no Brasil, e anunciou no ano passado que ingressaria no mercado no começo deste ano, mas até agora, não revelou, de fato, sua estrutura no país. Os Correios foram autorizados a atuar como MVNO, mas os planos não andaram como o esperado e, por enquanto, seguem apenas no papel.
As MVNOs autorizadas têm muito mais obrigações, pois usam as redes da incumbents, mas têm operações completamente distintas, possuindo, inclusive, numeração própria para os seus serviços. O que não é o caso da Alô Serviços.
A ideia, segundo reportagem do Jornal Valor Econômico, é vender chips entre R$ 8 e R$ 10. No primeiro ano de operação, a nova MVNO planeja atrair 1,2 milhão de assinantes. Toda a estratégia de operação foi desenhado por Ricardo Knoepfelmacher, ex-presidente da Brasil Telecom.
[b]Fonte: Convergência Digital[/b]