Capelães da Equipe de Resposta Rápida da Associação Evangelística Billy Graham estão desde a semana passada na calçada na Quinta Avenida oferecendo oração e esperança aos nova-iorquinos.
Nova York tornou-se o principal foco da pandemia nos Estados Unidos, com quase 5.500 mortes e 140 mil casos. O país registrou 1.939 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 12.844 mortes e 398.185 casos, segundo boletim da Universidade Johns Hopkins divulgado na noite desta terça-feira (7).
“Conseguimos ministrar a muitas pessoas”, disse o capelão Tim Denmark, que serviu a cidade de Nova York como policial do Departamento de Trânsito do Metrô por 29 anos.
Ele e sua esposa, Yvonne, fazem parte de uma equipe de seis capelães treinados em crises que escolheram compartilhar o amor de Deus no epicentro do surto nos EUA.
Desde que chegaram ao East Meadow do Central Park para servir junto ao hospital de campanha da organização Samaritan’s Purse, Tim e Yvonne andam pelo parque todos os dias, orando pela cidade.
“Quando fazemos nossas caminhadas, oramos para que a luz brilhe fora deste lugar, porque há escuridão na cidade”, disse Tim. “Há um espírito em ação na cidade, e agora há medo e ansiedade, e oramos para que haja esperança e paz, que isso flua sobre elas enquanto elas passam por aqui”.
Yvonne passa horas dentro do hospital de campanha, usando equipamentos de proteção individual (EPIs), da cabeça aos pés, ao lado de pacientes com Covid-19 que precisam de apoio extra. Como os pacientes não podem estar perto da família e amigos no momento, os capelães esperam preencher parte desse vazio.
A tenda de oração fica a poucos metros do The Neapolitan Express, um food truck que distribui pizzas gratuitas para médicos, enfermeiros e moradores. Reunidos ali durante o almoço e jantar, eles são atraídos por uma faixa com a frase “Compartilhando Esperança na Crise”.
“Muitas pessoas que normalmente percorrem esse caminho, todos os dias, passam por nós e depois voltam”, disse Kevin Williams, que lidera a equipe de capelães em Nova York. “Muitos deles são como Nicodemos. Eles têm uma ideia do que se trata, eles querem saber, mas estão olhando quem os observa”.
Já outros não hesitam em abordar um capelão, como uma profissional de saúde do Hospital Monte Sinai, que conversou com o capelão Charlie Clark.
“Estou lá parado, já que alguns pegaram pizzas, ela se aproxima e diz: ‘Preciso de oração’”, contou Clark. “A amiga dela estava um pouco de lado. Depois que eu orei com ela, a amiga veio até mim e disse: ‘Eu sou a próxima’. Nós oramos por paz, segurança, por bênçãos e por seu serviço’”.
Jennifer Armitage vive em Nova York há quase 30 anos. O apartamento dela fica do outro lado da rua do hospital de emergência. No sábado (4), quando estava indo ao parque para sua caminhada diária, ela parou para agradecer aos capelães por estarem lá.
“Fiquei emocionada ao ver todos vocês”, disse ela. “Sabe, é tão fácil em nossas vidas normais simplesmente desprezar Senhor, especialmente em Nova York. Temos muito contra nós aqui, mas há muitos cristãos ativos ao mesmo tempo. Eu realmente espero que isso dê a mais nova-iorquinos tempo para pensar sobre isso”.
O marido de Jennifer, David, tornou-se cristão oito anos atrás, depois de seguir outra fé por toda a vida. Ele ficou impactado ao ver o hospital de campanha ser levantado enquanto passeava com os dois cachorros.
“Ele subiu as escadas e disse: ‘Sabe, sinto muito orgulho de ser cristão, porque a ajuda está disponível para todos, Jesus ama todos’”, conta Jennifer. “Apesar de oito anos, acho que por causa dessa situação horrível, ele está tendo um segundo encontro com Cristo. Isso o fez entender a mensagem cristã na prática. Uma coisa é ler sobre isso na Bíblia, mas este é o melhor exemplo”.
Fonte: Guia-me com informações de Billy Graham Evangelistic Association