Um atentado suicida no Paquistão matou pelo menos 52 pessoas e feriu mais de 50 nesta sexta-feira, em uma reunião religiosa para marcar o aniversário do profeta Maomé em uma província agitada que faz fronteira com o Afeganistão, disseram autoridades de saúde e a polícia.
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelas explosões, que ocorrem em meio a uma onda de ataques de grupos militantes no Paquistão, aumentando os riscos para as forças de segurança antes das eleições nacionais programadas para janeiro do próximo ano.
Os muçulmanos no Paquistão e em todo o mundo celebram o aniversário do profeta Maomé com reuniões públicas, data conhecida como Mawlid an-Nabi. Durante as celebrações, que duram o dia todo, eles também distribuem refeições gratuitas às pessoas.
Horas após a explosão suicida na província de Baluchistão, outra explosão destruiu uma mesquita na província de Khyber Pakhtunkhwa, que também faz fronteira com o Afeganistão, segundo as autoridades, matando pelo menos duas pessoas.
O teto da mesquita desabou com a explosão, informou a emissora local Geo News, acrescentando que cerca de 30 a 40 pessoas ficaram presas sob os escombros.
Desde o ano passado, o Paquistão passa por um novo período de ataques. O conflito foi revivido quando um cessar-fogo entre o governo e o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), uma organização que reúne vários grupos islâmicos sunitas de linha dura, foi rompido. O TTP negou ter realizado o ataque desta sexta-feira.
Em comunicado, o ministro interino do Interior, Sarfraz Bugti, expressou tristeza e pesar pela perda de vidas. Ele disse que foi um “ato hediondo” atingir as pessoas na procissão de Mawlid an-Nabi.
O governo declarou feriado nacional para o aniversário de nascimento do profeta Maomé, e o presidente Arif Alvi e o primeiro-ministro interino Anwaarul-haq-Kakar, em massagens separadas, apelaram à unidade e à adesão das pessoas aos ensinamentos do profeta do Islã.
Fonte: G1 e Terra