Os esforços de grupos terroristas para islamizar a República Democrática do Congo têm levado cristãos à morte no país. (Foto: World Watch Monitor)
Os esforços de grupos terroristas para islamizar a República Democrática do Congo têm levado cristãos à morte no país. (Foto: World Watch Monitor)

Os cristãos continuam sob a mira de rebeldes na República Democrática do Congo (RDC) desde o fim de 2019. Mesmo a pandemia da COVID-19 não foi capaz de deter os ataques dos extremistas.

A Portas Abertas contabilizou a morte de 66 cristãos em maio, 55 em junho e 21 em julho. Mas o número pode ser maior no trimestre e chegar a 170 vítimas fatais.

De acordo com o relatório do Escritório Conjunto de Direitos Humanos da ONU (UNJHRO, sigla em inglês), 800 civis foram assassinados nos últimos 18 meses, na província de Kivu do Norte.

As ações dos extremistas alcançaram a região de Ituri e demais áreas como as vilas de Mighende, Mitembo, Kabugeja, Mugwanga e Abalago.

Quem são os responsáveis pelos ataques?

Os responsáveis pelos ataques são integrantes das Forças Democráticas Aliadas (ADF), que têm como objetivo expandir o islamismo. O grupo iniciou os ataques em Uganda e agora atua na RDC.

A princípio, eles costumam a atacar pessoas sozinhas e vulneráveis em fazendas ou durante viagens. Mas há casos em que aldeias e empresas foram saqueadas, escolas e clínicas destruídas e cristãos sequestrados.

Segundo o documento da ONU, a maneira que os jihadistas atuam indica uma intenção clara de não deixar sobreviventes. Por isso, famílias inteiras são perseguidas e mortas.

“O grande número de mortes torna fácil esquecer que, por trás de cada nome nas listas de vítimas, há uma família e uma comunidade que perderam um membro e um colaborador essencial”, comenta um porta-voz da Portas Abertas.

Outros inimigos da população de RDC

Os extremistas islâmicos são apenas mais uma ameaça à população local, que já enfrenta os surtos de ebola, COVID-19, sarampo, malária e tuberculose.

Porém, os ataques às clínicas e farmácias aumentam a vulnerabilidade dos habitantes da região. Além do difícil acesso, a insegurança constante torna impossível a assistência aos cristãos e deslocados no território.

Fonte: Portas Abertas 

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