A manhã desta segunda-feira, 30, foi marcada por atentados a bomba em várias cidades do Afeganistão. Na capital, Cabul, dois homens-bomba deixaram pelo menos 60 feridos e 30 mortos após detonarem os explosivos em volta do corpo.
No local, próximo as sedes de várias instituições de ajuda humanitária e imprensa, muitas crianças brincavam próximas a um comboio da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), possível alvo do ataque. Onze crianças morreram.
Os ataques também vitimaram nove jornalistas que trabalhavam na cobertura da violência que o Estado Islâmico (EI) e outros grupos infligem no país nos últimos meses.
Um dos principais alvos do EI tem sido as minorias religiosas, principalmente os cristãos, que vivem em diversas regiões do país. Aliás, viver como cristão no Afeganistão tem sido um desafio que muitos dos nossos irmãos enfrentam diariamente.
O país é o 2º na Lista Mundial da Perseguição (que classifica os 50 países em que seguir a Cristo pode custar a vida), atrás somente da Coreia do Norte. Listado também pela Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos, em 2015, como uma nação que viola gravemente padrões de liberdade religiosa, a situação da igreja afegã é cada vez mais difícil.
Devido a tamanha insegurança, é muito difícil cristãos se reunirem abertamente em comunidade. Por isso, não há igrejas públicas no Afeganistão. Assim, se encontram em secreto, o que faz a Igreja Perseguida necessitar de instrução bíblica e líderes preparados. Os cristãos, em sua maioria, ficam sozinhos ou em pequenos grupos. Mesmo assim, muitos permanecem firmes em meio à perseguição e, apesar de todos os perigos, o cristianismo continua a crescer.
Os cristãos locais e missionários pedem orações pela segurança dos cristãos secretos no Afeganistão, em meio a ataques de grupos extremistas que agem no país. Que a paz do Senhor os alcance e que os mantenha firmes na fé; para que Deus levante uma liderança forte e compromissada em ensinar a palavra nesse país em que não ser muçulmano é uma afronta e pode ser considerado crime; e que Deus console as famílias que perderam seus entes durante os ataques.
Fonte: Missão Portas Abertas